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    CREF16/RN lança livro com artigos de educadores físicos de todo o Brasil

    Ficar parado não é uma opção! É com esse pensamento que os Conselhos Federal e Regionais de Educação Física promovem, pelo terceiro ano consecutivo, o Abril Verde: mês de combate ao sedentarismo. A campanha também acontece em alusão ao Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril) e ao Dia Mundial da Saúde (7 de abril).

    Dentro da programação na capital potiguar, o Conselho Regional de Educação Física da 16ª Região (CREF16/RN) realizará no próximo dia 08 de abril, na sede do CREF16/RN, a partir das 20h, o lançamento do livro “Educação Física: Uma profissão da saúde”. A publicação reúne artigos de 25 Profissionais de Educação Física de todo Brasil, tendo como organizador o professor Doutor Leônidas de Oliveira (CREF 002514-G/RN). A obra terá distribuição gratuita e contará também com versão para dispositivos móveis.

    Abril Verde

    A campanha traz, durante todo o mês de abril, informações sobre o sedentarismo e os seus impactos em diversos aspectos da saúde física, mental, social e financeira do país. O cidadão pode acessar os conteúdos através dos perfis www.instagram.com/cref16rnoficial e www.instagram.com/confef.

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), associado a outros fatores de risco, o sedentarismo é causa para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares, cânceres e doenças respiratórias crônicas. Juntas, elas representam mais da metade das mortes no Brasil. Além disso, uma pesquisa do SESI de 2023 revelou que os problemas de saúde quase dobram entre os sedentários. Em contraponto, 72% das pessoas que se exercitam com frequência, não tiveram problemas de saúde no ano anterior em que a pesquisa foi realizada.

    O fator financeiro também é um ponto importante. Um estudo calculou que o gasto do SUS apenas com internações decorrentes do sedentarismo é de R$300 milhões ao ano. Por outro lado, investir 1 dólar por pessoa em saúde pode salvar 7 milhões de vidas até 2030, indica a OMS.

    Para o presidente do CREF16/RN, Francisco Borges de Araújo (CREF 001001 G/RN), é fundamental promover a importância de incorporar a atividade física nas rotinas diárias. “É necessário encorajar a adoção de hábitos saudáveis, como caminhar, correr, praticar esportes, ou mesmo dedicar tempo a atividades que nos movimentem. Renovamos nosso compromisso de combater o sedentarismo e promover uma cultura de movimento e saúde. Juntos, podemos criar um mundo onde todos tenham a oportunidade de viver vidas ativas, saudáveis e plenas. Mas lembrem-se: os exercícios físicos, para sua segurança, devem ser sempre acompanhados por um Profissional de Educação Física”, destacou Borges.

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    Escola de Saúde da UFRN abre processo seletivo para ingresso nos cursos técnicos

    A Escola de Saúde da UFRN (ESUFRN) oferece 242 vagas para cursos técnicos com ingresso em 2024, distribuídas entre as seguintes capacitações: Agente Comunitário em Saúde; Técnico em Cuidados de Idosos; Técnico em Enfermagem; Técnico em Massoterapia; e Técnico em Vigilância em Saúde. As inscrições vão até o dia 23 de novembro e podem ser realizadas pelo formulário de inscrição, que está disponível no site da Comperve.

    Para inscrever-se, basta apresentar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e pagar a taxa de inscrição no valor de R$30,00, com possibilidade de isenção, que pode ser solicitada até esta quinta-feira, 9. Para participar do processo seletivo para os cursos de Técnico em Enfermagem e Técnico em Agente Comunitário em Saúde, é necessário ser portador de certificado de conclusão do Ensino Médio ou curso equivalente (subsequente); ter idade mínima de 16 anos, na data da matrícula; além de outros requisitos descritos no edital.

    A ESUFRN também divulgou o programa de estudos com os conteúdos de cada prova. Poderão participar da seleção para os cursos de Técnico em Massoterapia, Técnico em Cuidados de Idosos e Técnico em Vigilância em Saúde os candidatos que sejam portadores de certificado de conclusão do ensino médio ou curso equivalente e que tenham idade mínima de 18 anos, na data de matrícula. 

    As provas serão aplicadas no dia 3 de dezembro, às 14 horas. Os candidatos que desejarem interpor recurso contra gabarito devem acessar o site da Comperve, preencher o requerimento e enviá-lo eletronicamente em até 48 horas após a divulgação do gabarito oficial preliminar das provas objetivas. O resultado final será divulgado no dia 26 de dezembro.

    Para mais informações, basta consultar o edital do processo seletivo. 

    DOS CURSOS

    Técnico em Agente Comunitário em Saúde (presencial):

    O curso terá duração mínima de 20 meses, constando de aulas teóricas e práticas. As aulas ocorrerão de segunda a sexta-feira. As aulas práticas poderão ocorrer, eventualmente, no turno matutino ou vespertino.

    Técnico em Cuidados de Idosos (presencial)

    O curso terá duração mínima de 18 meses, com uma carga horária de 800 horas, contando com aulas teóricas e teórico-práticas, que ocorrerão no turno noturno, de segunda a sexta-feira.

    Técnico em Enfermagem (presencial):

    O curso terá duração mínima de 24 meses, constando de aulas teóricas, práticas e estágios supervisionados. As aulas ocorrerão de segunda a sexta-feira. Os estágios supervisionados poderão ocorrer, eventualmente, no turno matutino ou vespertino.

    Técnico em Massoterapia (presencial):

    O curso terá duração mínima de 20 meses, constando de aulas teóricas e práticas integradoras de formação que ocorrerão no turno matutino. As aulas ocorrerão de segunda a quinta-feira.

    Técnico em Vigilância em Saúde (semipresencial):

    O curso terá duração mínima de 20 meses, constando de aulas teóricas e práticas, sendo 50% da carga horária total do curso realizada presencialmente e 50% a distância, em plataforma de ensino on-line da Instituição. As aulas presenciais ocorrerão uma vez por semana nos turnos matutino e vespertino, nas dependências da ESUFRN. Os estágios obrigatórios do curso ocorrerão presencialmente, durante toda a semana, nos serviços de saúde, sendo realizados no turno matutino. 

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    Centro de fissura labiopalatal do RN realiza semana de educação e conscientização

    De 02 a 06 de outubro o Centro de Reabilitação de Fissuras Labiopalatais do Rio Grande do Norte (CREFIRN) do Hospital Infantil Varela Santiago realiza a semana Cleft Week. Na ocasião, serão promovidas atividades de educação e conscientização sobre a fissura, com dinâmicas e temas voltados para o cuidado com a higiene oral e combate ao bullying, em alusão ao dia mundial do sorriso, comemorado no dia 06 de outubro. 

    A programação acontecerá durante toda a semana, das 8h às 10h30, no Crefirn, localizado na Av. Deodoro da Fonseca, 518, Centro, e é aberta à comunidade. Para mais informações: (84) 3209-8200.

    O centro do Rio Grande do Norte destinado ao tratamento e reabilitação completa de crianças com fissura labiopalatina é uma parceria do hospital com a Smile Train, a maior organização do mundo dedicada à essa causa. No CREFIRN, uma equipe multidisciplinar composta por dentistas, médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais atuam no tratamento de pacientes com fissura labiopalatal.

    A fissura labiopalatina se dá por falhas na fusão dos processos de formação nasal e da maxila e podem surgir devido a fatores genéticos ou ambientais. As fissuras atingem uma criança a cada 650 nascidas no Brasil. Elas afetam os aspectos estético, funcional e emocional dos indivíduos. Esteticamente, podem deformar as feições do paciente. Funcionalmente, acarretam dificuldades para sucção, deglutição, mastigação, respiração, fala e audição. Do ponto de vista emocional, as fissuras podem comprometer o ajustamento pessoal e social do indivíduo.

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    Inscrições para o Revalida começam hoje (16)

    Estão abertas, a partir de hoje (16), as inscrições para a primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2023.

    Os interessados em participar do exame têm até o dia 20 para e inscrever por meio do Sistema Revalida. O valor da taxa é R$ 410, devendo ser paga até o dia 26 por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU).

    A prova será aplicada no dia 5 de março em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

    Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), podem participar do exame profissionais brasileiros ou estrangeiros em situação legal no Brasil, que tenham diploma de graduação em medicina expedido por instituição de educação superior estrangeira, reconhecida no país de origem ou órgão equivalente.

    O exame é composto por uma etapa teórica e outra prática que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

    A primeira etapa (teórica) é formada pela avaliação escrita, com a aplicação de duas provas: uma objetiva, composta por 100 questões de múltipla escolha, e outra discursiva, com cinco questões.

    Quem for aprovado na primeira etapa estará apto para se submeter à avaliação prática. O edital com o cronograma para a realização da segunda etapa ainda será divulgado pelo Inep.

    Aplicado desde 2011, o Revalida tem por objetivo subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior. O exame avalia as habilidades, competências e os conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Agência Brasil – Foto: Marcelo Camargo

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    Sesap alerta para riscos à saúde no período de queimadas e incêndios no RN

    No Rio Grande do Norte, o período de outubro a janeiro é caracterizado por maior frequência de focos de queimadas e incêndios, além de situações de baixa umidade relativa do ar e de precipitação, provocando diversos riscos à saúde, em virtude da emissão de poluentes atmosféricos e da presença de fogo.

    “A poluição atmosférica é o maior fator de risco ambiental à saúde, causando milhões de mortes evitáveis anualmente, além de contribuir para o adoecimento agudo e crônico da população. Manter boas condições da qualidade do ar que respiramos é fundamental para melhorarmos nossa qualidade de vida. Cuidar do nosso ar é também cuidar da gente”, observou a subcoordenadora de vigilância ambiental da Sesap, Aline Paiva.

    A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (SUVAM), vem atuando de forma intra e intersetorial para reduzir a exposição da população às queimadas e incêndios e minimizar os consequentes efeitos à saúde. Confira aqui algumas orientações à população:

        • Beber bastante líquido, para manter as vias respiratórias úmidas e protegidas;
        • Evitar atividades que emitem poluentes atmosféricos no ar doméstico, como fumar e usar fogão a lenha;
        • Em casos de exposição intensa à fumaça, fazer o uso de máscaras apropriadas (modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100). O uso da máscara facial descartável ou de tecido visa proteger contra a infecção por COVID-19, que pode ser agravada pela exposição aos poluentes da fumaça;
        • Evitar trabalho pesado, atividades e exercícios ao ar livre quando a qualidade do ar estiver prejudicada pela fumaça;
        • Não queimar lixo;
        • Não jogar cigarros ou fósforos acesos em áreas de vegetação;
        • Não acender fogueiras;
        • Não soltar balões ou fogos de artifícios;
        • Não transportar ou manusear líquidos inflamáveis;
        • Manter em fácil acesso os telefones de emergência dos órgãos locais de resgate, atendimento médico e combate às queimadas: Infrações e crimes ambientais – 0800 281 1975 / Bombeiros – 193 / Denúncias – 190

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    Mossoró: Hospital da Mulher tem instalação da artista visual Nôra Aires

    O Rio Grande do Norte terá um marco temporal, de um antes e depois no que diz respeito à saúde da mulher no estado: o Hospital da Mulher de Mossoró. Obra que vai muito além de uma superestrutura de 15 mil metros quadrados e 160 leitos instalados, a unidade de saúde foi pensada para acolher as demandas do que é ser mulher no século XXI. Foi pensando na magnitude que essa obra representa, que a artista visual, Nôra Aires, 61, dedicou meses de sua vida, refletindo, para trabalhar em um de seus projetos denominados de “instalação escultórica” – que já está compondo a paisagem do Hospital da Mulher, logo na entrada.

    Experiente em criar obras permanentes – e públicas – criadora da instalação escultórica “O Bando do Cancão Acrobata”, que fica no Parque Ecológico Municipal Prof. Maurício de Oliveira, em Mossoró, além de várias outras obras espalhadas por sua cidade natal, Nôra Aires percebeu que uma única peça não seria o suficiente para sustentar a importância do Hospital da Mulher. Ela diz que teve muita receptividade por parte do corpo técnico da Engenharia, tanto da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), quanto da empresa contratante e da Gestão de Projetos do Governo Cidadão na hora de apresentar suas cinco ideias iniciais. A partir dessa receptividade, ela diz que começou a juntar as peças e conferir um conceito e assim nasceu a obra, que ela ainda não batizou, mas que em breve contará com uma plaquinha de créditos no local. Segundo explicou, são três figuras principais que exaltam o feminino e mais duas que compõem o total da arte escultórica, que tem em torno de 2,40 metros de comprimento, aproximadamente, 3,5 metros de altura e ocupação de 3 metros quadrados de área.

    Nôra Aires aliou a engenharia agronômica, estudada na atual Ufersa, nos anos 1980, com a inquietação artística que sempre a acompanhou desde as observações da forma delicada e organizada de sua mãe dona Tilinha – uma mulher que compreendia a importância da reciclagem e do reaproveitamento de materiais muito antes de isso virar pauta ambiental – e da irmã mais velha 11 anos, que desenhava divinamente. Essa vivência doméstica ganhou contornos “revolucionários” durante a época da faculdade. Antes de se encontrar como artista visual, Nôra experimentou o teatro, sobretudo na parte de cenografia e figurino; e também na música, tendo participado de Festivais como o do Forte, em Natal, dentre outras atividades artísticas. Essa mistura inusitada fez dela uma pesquisadora do bioma caatinga e uma estudiosa de como levar elementos de sua profissão acadêmica para a criação de suas obras.

    As peças feitas para o Hospital da Mulher – que será a maior unidade hospitalar do Estado – fazem parte dos estudos “seres” que ela cria desde os anos 2000 e que são um olhar seu, particular, sobre o humano. Essas, em especial, representam o feminino. “Sei do momento ímpar que estamos vivendo. Sei da importância desse Hospital para a saúde da mulher, que será referência, será um local de acolhimento para o que é ser mulher em toda nossa diversidade”, reconhece ela.

    O fato de realizar obras que ficam expostas na rua, nas praças, nas fachadas de prédios, faz toda a diferença para a artista. “Não é uma obra silenciosa, ou que fica nas paredes de particulares. Adoro quando ouço as interpretações das pessoas sobre o que faço. A obra reverbera nas pessoas”, diz. As peças foram construídas com ferro e placas cimentícias.

    Nôra queria atrair pela cor e pela forma e, ao mesmo tempo, poder falar de “mil coisas”. “Arte quando você expõe na rua é uma grande responsabilidade, porque você está se conectando com milhares de pessoas.” As peças são multidimensionais. É possível passear o olhar por vários lados e ângulos, bem como por dentro, já que são vazadas. As cores da diversidade foram escolhidas para compor a obra do Hospital da Mulher. “Tivemos a preocupação de não interpretar o ser mulher apenas no olhar convencional. Exaltamos o feminino em todas as suas possibilidades. O útero, por exemplo, se apresenta não como um órgão interno, mas um órgão que está disposto em cima de uma estrutura”, descreve ela, acrescentando que a obra colorida tem um lúdico, mas não foi pensada para distrair e sim para atrair o olhar e os detalhes, que são vários. Indagada sobre o que ela pretendia comunicar com essa obra, Nôra que é uma profusão de ideias, intenções e criatividade, tenta sintetizar: “nesse momento que vivemos, tão delicado, com tanta desinformação, misoginia, homofobia e, ao mesmo tempo, surgindo e emergindo novas possibilidades de viver o feminino, pessoas ganhando visibilidade, eu quis com essa obra que nosso olhar se abrisse para as necessidades dos indivíduos, para mais respeito e igualdade, para todas as mulheres. Todos os seres”, resume.

    Mais detalhes sobre o Hospital da Mulher

    • A última medição realizada estava com 85% da obra executada.

    • Será a maior unidade hospitalar pública do estado.

    • Os recursos investidos na unidade especializada em saúde feminina somam R$ 134 milhões e foram viabilizados pelo Projeto Governo Cidadão a partir do empréstimo estadual com o Banco Mundial.

    • A obra é fiscalizada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) e será gerida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesap).

    • Ao todo, serão mais de 160 leitos focados na atenção materno-infantil, ginecológica e obstétrica de média e alta complexidade. A meta é de 20 mil atendimentos anuais, de pacientes de mais de 60 municípios.

    • Serão 15 mil m² de área construída dividida em quatro andares com oito elevadores. O terreno, que soma 36 mil m², terá quase 200 vagas de estacionamento.

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    Pesquisa da Uern mapeia atendimento de saúde a vítimas de violência doméstica em Mossoró

    Durante a fase de isolamento social ocasionado pela Covid-19, os casos de violências contra a mulher cresceram 258,7% no Rio Grande do Norte, somente no ano de 2020, segundo dados da Rede e Instituto Óbvio de Pesquisa.

    De acordo com o Atlas da violência de 2021, contudo, esses crimes não cresceram apenas no período pandêmico, mas desde 2009 tem registrado alta no estado. Ao mesmo tempo em que a violência doméstica aumenta, os profissionais da área da saúde apresentaram dificuldades em lidar com o acolhimento das mulheres vítimas dessa violência. É o que aponta um estudo feito pela Faculdade de Serviço Social da Uern, coordenado pela profª. Drª. Fernanda Marques.

    O estudo “Serviço de Prevenção e Combate à violência contra a mulher em Mossoró na área de Saúde: Limites e possibilidades” foi uma pesquisa do PIBIC realizada no período de 2020 e 2021, que objetivou realizar um mapeamento analítico das unidades de saúde a nível municipal e estadual, em busca de entender que serviços existem para essa categoria e como os profissionais atuam nos atendimentos dessas mulheres em situação de violência doméstica.

    Participaram da pesquisa quatro estudantes dos cursos de Serviço Social e Pedagogia da Uern. Os colaboradores realizaram entrevistas semiestruturadas com profissionais que trabalham nos serviços mapeados, bem como com questionários eletrônicos. No total, sete instituições participaram da pesquisa, sendo estas: Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró, Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), Unidades de Pronto atendimento (UPAs), Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), Unidade Básica de Saúde (UBS), Centro Clínico Professor Vingt-un Rosado (PAM) e o Centro de Referência para Atendimento de Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Sexual (Projeto Flor de Lótus).

    É comum que as pessoas compreendam a violência doméstica como uma violência física, mas ela se desdobra em muitos outros crimes: na violência psicológica, sexual, patrimonial, moral e institucional (quando a vítima é mal atendida e desacreditada em uma instituição onde procura ajuda).

    Segundo Fernanda Marques, os profissionais das unidades mapeadas têm uma característica em comum: a ausência de uma escuta qualificada para atender as vítimas que chegavam aos consultórios.

    “Existe uma dificuldade grande dos profissionais ao atenderem essas mulheres, falta capacitação. Se chegar uma mulher em situação de violência, vítima de um tiro ou uma lesão corporal, fora o atendimento geral que ela tem, ela precisa também de uma escuta qualificada, feita por um profissional que entenda que situação essa mulher está passando”, esclarece.

    De acordo com a Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal (Coine), só no Rio Grande do Norte houve um aumento de 44,3% nos casos de violência doméstica no 1° semestre de 2021 em comparação ao ano anterior. Esse dado explicita um crescimento do crime no estado.

    Em Mossoró não há serviços de saúde de referência para o atendimento das vítimas de violência doméstica. Não à toa, o Atlas da Violência de 2021 mostrou que o Rio Grande do Norte foi um dos estados com maiores percentuais de violência contra a mulher, estando em 5º lugar entre os estados mais violentos para as mulheres em todo o país.

    Para Fernanda, o serviço de saúde é uma das portas de entrada para as mulheres em situação de violência. “Além das delegacias, essas mulheres também chegam aos serviços de saúde mental e de emergência com adoecimentos, não só com lesões corporais, bem mais que isso. A violência é um problema de saúde pública, que tem que ser enfrentado e visto como tal”.

    A pesquisa relatou que os profissionais enfrentam dificuldades em identificar a que órgãos devem notificar os crimes que chegam até eles, inclusive por desconhecerem quais serviços compõem a rede de proteção.

    Esses profissionais também fizeram apontamentos. Um deles foi justamente a falta de preparo para atender as vítimas e que por isso acabam buscando por interesse próprio uma capacitação extra para lidar da melhor forma com essas mulheres.

    Uern

    Recentemente o Conselho Diretor da Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Fuern) aprovou a política de prevenção e enfrentamento das violências contra as mulheres no âmbito da Instituição. A ação é uma das formas de combate ao problema estrutural presente na sociedade.

    Uma das ações a serem realizadas é a construção de um painel observatório para dar visibilidade à temática e a criação de uma rede estruturada de apoio e combate nos âmbitos do ensino, pesquisa e extensão.

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    TRT-RN: Empresa é condenada por ameaçar cortar plano de saúde de empregada com câncer

    O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) condenou a empresa Regina Indústria e Comércio S.A. a pagar uma indenização por danos morais, no valor de R$ 6 mil, por ameaça de cancelamento de plano de saúde de empregada com câncer em estágio avançado.

    A trabalhadora veio a falecer durante a ação trabalhista, ajuizada por ela  para manter o plano de saúde no período de seu tratamento contra a doença. 

    De acordo com o desembargador Eduardo Serrano da Rocha, relator da ação no TRT-RN, a ameaça de cancelamento do plano de saúde no período de suspensão contratual para tratamento, “momento em que (a empregada) mais precisava da utilização do benefício, configurou ato ilícito e enseja o dever de a empresa reparar os danos”.

    A autora do processo foi afastada do trabalho em maio de 2019 para tratamento contra o câncer, já em estágio avançado.  Em janeiro de 2020, veio a falecer, ainda na vigência do benefício previdenciário.

    Em sua defesa, a empresa alegou que jamais se comportou de modo indevido, desproporcional ou acintoso. Negou também  a existência de qualquer ilegalidade na cobrança dos valores referentes à obrigação da trabalhadora no pagamento de sua cota do plano de saúde.

    Afirmou, ainda, que não  houve qualquer ameaça de cancelamento do plano da empregada. 

    No entanto, para o desembargador Eduardo Serrano da Rocha, ainda que exista a obrigação da trabalhadora de arcar com a sua parte do custo do plano de saúde durante seu afastamento, a empresa não poderia suspender ou cancelar o plano. 

    “O ordenamento jurídico assegura ao trabalhador, durante a suspensão contratual, o direito à manutenção de plano de saúde (…) uma vez que se trata de obrigação/benefício que independe da prestação do serviço e decorre tão somente da manutenção do vínculo de emprego”, explicou o magistrado.

    Ele ressaltou, ainda, “que não se tratou de inadimplemento imotivado”. A empregada esclareceu à empresa que não tinha condições de pagar o plano de saúde por se encontrar em tratamento, sendo o benefício previdenciário de apenas mil reais mensais.

    Como também a empregadora não poderia ameaçar a trabalhadora de cancelar o plano.  Ainda que a empresa negue a ameaça, de acordo com o desembargador, “há prova suficiente nos autos em sentido contrário”. 

    “A empregada  se deparou com o receio de ficar sem os meios de que necessitava para lutar pela recuperação de sua saúde e ainda teve que buscar a tutela jurisdicional para salvaguarda de seu direito, circunstância suficiente a ensejar abalo psíquico e o dano de natureza moral”, concluiu o desembargador.

    A decisão da Segunda Turma do TRT-RN manteve o julgamento original da 10ª Vara do Trabalho de Natal quanto ao tema.

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    Escola de Saúde da UFRN abre inscrições para cursos técnicos

    A Escola de Saúde da UFRN (ESUFRN) abre inscrições, entre os dias 21 de fevereiro e 20 de março, para o processo seletivo dos cursos de Técnico em Massoterapia, Técnico em Enfermagem e Técnico em Agente Comunitário de Saúde. O processo seletivo será executado pelo Núcleo Permanente de Concursos (Comperve) da UFRN. 

    Poderão ingressar no Técnico em Massoterapia, os portadores de certificado de conclusão do ensino médio ou curso equivalente e aqueles que tenham idade mínima de 18 anos na data da matrícula. Nos cursos de Técnico em Agente Comunitário de Saúde e Técnico em Enfermagem, poderão realizar ingresso os portadores de certificado de conclusão do ensino médio ou curso equivalente; os alunos que estiverem cursando o terceiro ano do ensino médio, os candidatos que tiverem idade mínima de 16 anos na data de matrícula e aqueles que comprovarem pendência em até duas disciplinas para conclusão do ensino médio por meio do Exame Supletivo.  

    Os interessados em realizar inscrição devem, obrigatoriamente, ter Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identificação e preencher todos os campos do formulário de inscrição que será disponibilizado no site da Comperve. Também será cobrada, para se inscrever, uma taxa no valor de R$ 30. Ao total, serão ofertadas 120 vagas, sendo 50 vagas para Técnico em Agente Comunitário de Saúde, 30 vagas para Técnico em Enfermagem e 40 vagas para Técnico em Massoterapia.  

    As provas serão aplicadas no dia 10 de abril, às 14h, no município de Natal. Cada caderno de prova terá 50 questões de múltipla escolha e o candidato irá dispor de no máximo três horas para responder as questões e preencher a folha de respostas. 

    Para o Técnico em Massoterapia, as questões serão distribuídas da seguinte forma: Língua Portuguesa (20 questões); Matemática (10 questões) e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Massagem e Terapias afins (20 questões). Já para os cursos de Técnico em Agente Comunitário de Saúde e Técnico em Enfermagem, a distribuição ocorrerá do seguinte modo: Língua Portuguesa (20 questões); Matemática (10 questões) e Ciências (20 questões). 

    Para mais informações sobre o processo seletivo, basta acessar o edital

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    Macaíba recebe 6 mil testes swab rápidos de Covid-19

    A Secretaria Municipal de Saúde de Macaíba recebeu na semana passada 6 mil testes swab rápidos para Covid-19, que detecta o vírus ativo em pacientes com sintomas entre o terceiro e o sétimo dia de infecção. Os testes vão ser usados no combate a nova onda de casos causada pela variante ômicron.

    Os testes estão sendo distribuídos nas 26 unidades de saúde do município, incluindo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e anexos. Para realizar o exame, basta procurar uma das UBSs e solicitar o atendimento.

    Esse tipo de teste apresentando eficácia de 97,6% em relação ao RT-PCR, apresentando resultados em apenas 15 minutos. A expectativa é que mais 5.500 testes sejam recebidos ainda nesta semana.

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    RN não vai exigir receita médica para vacinar crianças contra Covid-19

    A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou em Nota Oficial que, a respeito da vacinação contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos, no Rio Grande do Norte não será exigido qualquer tipo de receita médica para imunização. A decisão foi confirmada em reunião extraordinária da Comissão de Gestores Bipartite (CIB) na tarde desta terça-feira (28), reunindo a gestão da Sesap e representação dos municípios potiguares.

    As crianças que se apresentarem, indistintamente, acompanhadas pelos pais ou responsáveis legais receberão a vacina em todos os pontos de vacinação do SUS no estado. Será exigido documento de identificação oficial da criança, para fins de registro do imunizante e comprovação da faixa de idade, seguindo o procedimento padrão do sistema de imunização consolidado. A medida segue a orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovou a utilização do imunizante da Pfizer para o Brasil. A Sesap e os municípios aguardarão o envio de doses por parte do Ministério da Saúde para iniciar a imunização das crianças no RN.

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    E-book da EDUFRN reúne olhares sobre a saúde da população negra no Brasil

    O novo livro da Editora UFRN (EDUFRN), Raça e saúde: múltiplos olhares sobre a saúde da população negra no Brasil, debate aspectos sociais, políticos, históricos e culturais que permeiam a existência de corpos negros no país. O e-book nasceu da parceria entre Isabelle Barbosa, professora da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN), Kezauyn Miranda, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCOL/UFRN), e Talita Araújo de Souza, doutoranda em Ciências da Saúde (PPGCSA/UFRN).

    Para a elaboração da obra, foi necessária a visão da temática a partir da união de vários saberes e aproximações com os temas da saúde da população negra brasileira, tendo sido construído um esforço conjunto de especialistas de diversas áreas do conhecimento. A massiva participação de pesquisadores da saúde na autoria do livro é um destaque, considerando a invisibilização histórica que a população negra tem recebido por esse campo do conhecimento.

    Ao longo de seus 19 capítulos, o livro se aprofunda em recortes sociais da vivência de pessoas pretas no Brasil, abordando a realidade de mulheres, quilombolas, idosos, povos de terreiros, pessoas com transtornos mentais e outros grupos postos à margem da sociedade. A obra manifesta a prioridade da implementação de uma política de saúde da população negra e enfatiza a importância de ela ser incluída na criação dessas políticas.

    Destaca-se a necessidade de formação e conscientização de gestores e profissionais sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e a problemática do racismo institucional, que é tão influente na vida e na morte da população negra. Na análise feita pelas escritoras, as formas de racismo que subjugam e excluem as pessoas negras da sociedade demonstram a ineficácia do modelo brasileiro de democracia racial, e é justamente dessa falha que nascem as iniquidades em saúde que atingem a população negra brasileira, o que torna a cor da pele um marcador do processo de cuidado.

    A obra levanta um debate minucioso sobre as condições de vida e de saúde da população negra brasileira, enfatizando que não é uma população doente, mas, sim, que o processo saúde-doença-cuidado desse grupo possui outra magnitude e transcendência. Todos os caminhos apontam para o fato de que é necessário, durante a formação de profissionais de saúde, educar sobre questões raciais e incluir pessoas pretas nesse meio.

    Para mais informações e aprofundamento no tema, a leitura já está disponível de forma gratuita e online.

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