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    Mulheres passam a ter direito a acompanhante em atendimento de saúde

    Todas as mulheres agora têm direito a um acompanhante maior de idade, sem que haja necessidade de aviso prévio, durante as consultas médicas, exames e procedimentos realizados em unidades públicas e privadas de saúde. O direito foi ampliado pela lei 14.737/2023, publicada nessa terça-feira, no Diário Oficial da União.

    A nova legislação altera a Lei Orgânica da Saúde (8.080/1990) e determina ainda que – em casos de procedimento com sedação que a mulher não aponte um acompanhante – a unidade de saúde será responsável por indicar uma pessoa para estar presente durante o atendimento. A renúncia do direito deverá ainda ser assinada pela paciente, com um mínimo de 24 horas de antecedência.

    Informação

    As mulheres também devem ser informadas sobre esse direito tanto nas consultas que antecedam procedimentos com sedação, quanto por meio de avisos fixados nas dependências dos estabelecimentos de saúde.

    Para centros cirúrgicos e unidade de terapia intensiva em que haja restrição por motivos de segurança à saúde dos pacientes, o acompanhante deverá ser um profissional de saúde.

    O direito de acompanhamento da mulher só poderá ser sobreposto nos casos de urgência e emergência, pela defesa da saúde e da vida. Isso só poderá acontecer quando a paciente chegar desacompanhada à unidade de atendimento.

    Antes, a Lei Orgânica da Saúde garantia o direito a acompanhamento somente nos casos de parto ou para pessoas com deficiência. E esse direito alcançava apenas o serviço público de saúde.

    Agência Brasil

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    Rio Grande do Norte abre inscrições para nova edição do programa Startup Nordeste

    O Sebrae no Rio Grande do Norte (Sebrae-RN) está com inscrições abertas para a segunda edição do Startup Nordeste, um programa dedicado a fortalecer o Ecossistema de Inovação no estado. A iniciativa oferece capacitação, aceleração e apoio financeiro para projetos inovadores e/ou startups que estejam no estágio inicial de negócios de base tecnológica, com o propósito de transformar ideias inovadoras em empreendimentos escaláveis. As inscrições estão disponíveis até 17 de dezembro e devem ser realizadas exclusivamente por meio da plataforma Sebrae Startups no seguinte endereço: http://bit.ly/inscricaostartupnordeste23.

    O novo edital do Startup Nordeste prevê um investimento de R$ 39.000,00 por startup, concedido na forma de subvenção econômica através de bolsas sócios-empreendedores. Este investimento é direcionado para acelerar negócios em estágios muito iniciais, incluindo aqueles que estão na fase de ideação.

    “A segunda edição do Startup Nordeste é uma nova oportunidade de fomentar negócios inovadores em formato de startups no Rio Grande do Norte. Nosso objetivo é incentivar empreendedores a desenvolver negócios que solucionem problemas reais, oferecendo suporte que vai desde capacitação até fomento financeiro, permitindo que os empreendedores foquem no crescimento de seus negócios.”, afirmou a Analista da Unidade de Negócios Inovação e Tecnologia do Sebrae-RN, Jéssica Sena.

    Projetos inovadores e/ou startups de pequeno porte, formais ou informais, em estágio inicial, com ideias inovadoras em qualquer temática ou setor de atuação, poderão participar do Startup Nordeste Rio Grande do Norte. Na primeira fase, serão selecionadas até 200 startups e/ou iniciativas com inovação aplicada ao processo/produto/serviço e/ou ao modelo de negócios, com alto potencial de crescimento e impacto na sociedade.

    A V-Safe, uma startup nascida nas salas de pesquisa da UFRN, é um exemplo das empresas que estão emergindo no Nordeste graças ao impulso de programas como o Startup Nordeste. A empresa promove os testes de novas substâncias em ovos de peixes, substituindo os métodos tradicionais que envolvem o uso de mamíferos. “O Startup Nordeste foi um divisor de águas para a V-Safe, fornecendo não apenas recursos financeiros, mas também acesso a mentorias e consultorias essenciais. Isso possibilitou a evolução de uma ideia acadêmica para uma startup com potencial de impactar significativamente a sociedade.”, destacou o fundador da empresa, Augusto Monteiro.

    Sobre as fases do Programa

    O processo de submissão, avaliação e seleção das startups e/ou iniciativas do Startup Nordeste é composto por três fases distintas:

    Fase 1 – Pré-Aceleração: Nesta fase, até 200 projetos de ideação e/ou startups em fases iniciais são selecionadas para participar de capacitações e mentorias online e/ou presenciais, com foco na modelagem de negócios, e avaliação das oportunidades e potencial do negócio.

    Fase 2 – Aceleração: Nesta fase, até 100 projetos de ideação e/ou startups em fases iniciai selecionadas na fase 1, continuam no Programa e receberão capacitações e mentorias para desenvolver e validar suas soluções.

    Fase 3 – Investimento: Nesta fase, cerca de 50 startups selecionadas na fase 2 recebem uma bolsa Sócio Empreendedor e participam de uma oficina de pitch e um demoday.

    As startups e/ou iniciativas interessadas em participar do programa Startup Nordeste 2° Edição – RN devem submeter suas inscrições por meio do endereço: http://bit.ly/inscricaostartupnordeste23.

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    Edital vai apoiar cientistas negros e indígenas no pós-doutorado

    O Instituto Serrapilheira lançou a segunda edição do edital exclusivo para cientistas negros e indígenas. O foco são pesquisadores que tenham projetos na área de ecologia e que desejam obter, a médio prazo, uma posição formal como professor ou pesquisador. 

    Segundo o Instituto, o objetivo é aumentar a participação desses grupos sub-representados na carreira científica.

    Podem participar pesquisadores que tenham concluído o doutorado entre janeiro de 2013 e junho de 2024, prazo que se estende em até dois anos no caso de mulheres com filhos. Os interessados não devem ter vínculo formal com nenhuma instituição de ciência e tecnologia no momento da assinatura do contrato.

    Serão selecionados até 12 candidatos. Os aprovados vão fazer pós-doutorado em grupos de pesquisa nos quais não tenham se formado nem atuado antes, nos estados das fundações parceiras do edital: Mato Grosso do Sul (Fundect), Pará (Fapespa) e Rio de Janeiro (Faperj).

    Além de bolsa mensal de R$ 8 mil, os selecionados vão receber entre R$ 550 mil e R$ 700 mil para o financiamento da pesquisa durante três anos, renováveis por mais dois anos. O pagamento das bolsas virá das fundações. Já o auxílio à pesquisa será custeado por essas entidades em parceria com o Serrapilheira.

    “Em nossa primeira chamada exclusiva para grupos sub-representados na ciência, lançada em parceria com a Faperj, selecionamos 12 cientistas negros e indígenas de excelência, e outros tantos ficaram de fora. Ficamos felizes em repetir a experiência, agora com mais FAPs parceiras e incorporando nosso aprendizado ao longo do processo”, disse, em nota, Cristina Caldas, diretora de Ciência do Instituto Serrapilheira. “Se não mudarmos a forma de seleção, cientistas negros e indígenas de excelência seguirão sendo excluídos do fazer científico, e todos os candidatos continuarão parecidos.”

    As inscrições vão de 4 de janeiro a 25 de janeiro de 2024. O Instituto Serrapilheira é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que promove a ciência no Brasil. 

    Cientistas com vínculo

    Além do edital para cientistas negros e indígenas, o Serrapilheira lançou hoje outra chamada voltada a cientistas com vínculo permanente em instituições de ensino e pesquisa e com projetos nas áreas de ciências naturais, matemática e ciência da computação.

    Ao todo, serão selecionados até 42 pesquisadores nos dois editais, que ocorrem em parceria com FAPs (fundações de amparo à pesquisa) de diferentes estados.

    Juntas, as iniciativas preveem investimento de no mínimo R$ 21 milhões, entre pagamento de bolsas e financiamento de pesquisas. O valor total, que deve crescer, dependerá da quantidade de recursos que cada FAP disponibilizará – o que, por sua vez, só será definido depois que a seleção dos candidatos estiver concluída e os estados dos escolhidos forem conhecidos.

    O objetivo dos dois editais é criar condições para jovens cientistas do Brasil desenvolverem suas pesquisas com recursos financeiros e autonomia na escolha dos projetos.

    Os editais completos podem ser acessados no site do Serrapilheira.

    Agência Brasil

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    Inscrições Abertas para a 13ª Mostra Ecofalante de Cinema

    Estão abertas até 15 de janeiro as inscrições para a 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerado o mais importante evento audiovisual da América do Sul focada nas questões socioambientais. 

    Podem participar filmes de curta, média e longa-metragem finalizados a partir de 2022. As inscrições são gratuitas.

    Uma realização da OSC Ecofalante, o evento tem três seções competitivas: a Competição Latino-americana, a Competição Territórios Brasileiros, novidade desta edição que prioriza discussões específicas a localidades do Brasil e o Concurso Curta Ecofalante.

    Para a Competição Latino-Americana podem se inscrever produções ou coproduções de países da América Latina e do Caribe. 

    A Competição Territórios Brasileiros é destinada a produções ou coproduções brasileiras que abordam diferentes visões e aspectos do país e que trazem uma perspectiva socioambiental em relação aos temas tratados.

    Já o Concurso Curta Ecofalante é voltado a obras com duração máxima de 30 minutos realizadas por estudantes.

    Os filmes brasileiros inscritos (exceto os estudantis) podem ser selecionados para a seção Competição Latino-Americana ou para a seção a Competição Territórios Brasileiros. 

    Todos os filmes inscritos devem abordar temas ligados a questões socioambientais, tais como energia, água, emergência climática, consumo, trabalho, povos tradicionais, questões étnico-raciais, questões de gênero, direitos LGBTQIA+, desigualdade social, ativismo, políticas públicas, cidade, mobilidade, mobilidade, habitação, alimentação, resíduos sólidos, contaminação, poluição, saúde, economia, globalização, vida selvagem e sustentabilidade, entre outras.

    O regulamento e o formulário de inscrição para a Competição Latino-Americana e a Competição Territórios Brasileiros estão disponíveis no site ecofalante.org.br/competicao/latina-territorios. As inscrições para o Concurso Curta Ecofalante podem ser feitas através do link ecofalante.org.br/competicao/curta.

    Os filmes selecionados para a Competição Latino-americana concorrem aos seguintes prêmios:

    * Melhor Longa-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 15.000,00;

    * Melhor Curta-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 5.000,00; e

    * Melhor Filme pelo Público.

    Para a Competição Territórios Brasileiros, as premiações são as seguintes:

    * Melhor Longa-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 15.000,00;

    * Melhor Curta-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 5.000,00; e

    * Melhor Filme pelo Público.

    Por sua vez, as premiações oferecidas pelo Concurso Curta Ecofalante são as seguintes:

    * Melhor Curta Ecofante pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 4.000,00; e

    * Melhor Filme pelo Público.

    Circuito Tela Verde

    Parceiro da Mostra Ecofalante de Cinema, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – MMA anuncia a abertura da chamada pública para 13ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente do Circuito Tela Verde. 

    Podem participar trabalhos de temática socioambiental com duração de até 30 minutos. O Circuito Tela Verde promove exibições nas cinco regiões do país – em 2022, compuseram a rede do evento 327 espaços de exibição.

    As inscrições vão até 15 de janeiro e podem ser efetuadas aqui.

    Sobre a Mostra Ecofalante de Cinema

    Inaugurada em 2012 e dirigida por Chico Guariba, a Mostra Ecofalante de Cinema é um evento cinematográfico anual, inteiramente gratuito e sua 13ª edição acontece em São Paulo em junho de 2024. É realizado pela Ecofalante, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo a educação para o desenvolvimento sustentável.

    A Mostra Ecofalante de Cinema contribui para a difusão de importantes e premiadas obras cinematográficas raras ao público brasileiro. Através de filmes e debates, ela visa ampliar e enriquecer o cenário cinematográfico nacional, o acesso aos filmes e às discussões socioambientais que envolvem de forma ampla a nossa sociedade. 

    O festival é composto por sete seções. Além das três mostras competitivas – Competição Latino-americana, Competição Territórios Brasileiros e Concurso Curta Ecofalante –, compõem a programação o Panorama Internacional Contemporâneo, que apresenta filmes de abordagem socioambiental realizados nos últimos dois anos e que circularam nos principais festivais de cinema do mundo; o Panorama Histórico, com filmes clássicos e redescobertas históricas sob um olhar socioambiental atual; a Homenagem, sempre a uma figura de relevância para o cinema e/ou para a causa socioambiental; e o Programa Ecofalante Universidades, que leva filmes e debates para dentro de ambientes de ensino. Durante o evento, também são organizados debates que partem dos filmes exibidos e contam com a participação de especialistas, pesquisadores, críticos e convidados especiais.

    Serviço

    inscrições para a 13ª Mostra Ecofalante de Cinema

    até 15 de janeiro de 2024

    grátis

    Competição Latino-Americana e Competição Territórios Brasileiros: https://ecofalante.org.br/competicao/latina-territorios

    Concurso Curta Ecofalante: 

    https://ecofalante.org.br/competicao/curta

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    Igualdade racial: Lula lança ações; titula terras quilombolas e reconhece cultura hip hop

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta segunda-feira (20), o segundo pacote do governo pela igualdade racial. O conjunto de 13 ações estruturantes inclui titulações de territórios quilombolas, programas nacionais, bolsas de intercâmbio, acordos de cooperação, grupos de trabalho interministeriais e outras iniciativas que visam garantir ou ampliar o direito à vida, à inclusão, à memória, à terra e à reparação.

    Neste 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra. Em seu discurso, Lula afirmou que as medidas anunciadas são o pagamento de uma “dívida histórica que a supremacia branca construiu nesse país desde que ele foi descoberto”. O presidente também homenageou a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).

    “Eu acho que um jeito de homenagear o dia de hoje é colocar uma pessoa que eu tenho um profundo amor, respeito, carinho, uma figura que nasceu na política junto comigo, ajudou a construir esse partido, já foi vítima de dezena de maldades pregadas por esse país, uma mulher que eu conheci na favela, onde morou muito tempo, criou seus filhos, seus netos, uma mulher que ainda hoje continua intacta, mais bela do que quando tinha 40 anos de idade”, disse, destacando que a população negra é responsável pela construção e pela identidade nacional do Brasil.

    A ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco, destacou que um país que enfrenta o racismo e promove a igualdade racial é um país mais desenvolvido, mais justo e democrático.

    “Reconhecer e contar a nossa história é um dos pilares da consciência negra. Foi ocupando as ruas e os espaços de poder que os movimentos deram passos necessários para que chegássemos até aqui. Essas sementes foram plantadas para garantir a responsabilidade do Estado da promoção de direitos para as pessoas negras, que somam 56% da população”, disse. “Enfrentar o racismo é combater as raízes das desigualdades e da exclusão social”, acrescentou, elencando as ações do governo.

    O primeiro pacote pela igualdade racial foi apresentado em março, com a titulação de terras, a reserva de vagas para pessoas negras na administração pública, medidas para a redução da letalidade da juventude negra e a criação de grupos interministeriais para elaboração de ações.

    Em setembro, em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o presidente Lula também anunciou a adoção voluntária de um 18º objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS) para alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira. A Agenda 2030 da ONU possui 17 ODS, e, segundo o presidente, pode se tornar o maior fracasso da entidade.

    Titulação de terras

    Cinco terras quilombolas foram tituladas hoje, sendo duas delas federais: comunidade da Ilha de São Vicente, que fica em Araguatins (TO) e conta com 55 famílias, e Lagoa dos Campinhos, de Amparo de São Francisco e Telha (SE), com 89 famílias. Os títulos foram entregues pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

    O Instituto de Terras do Maranhão também entregou três títulos de terra, para a Associação dos Moradores do Povoado Malhada dos Pretos, que conta com 45 famílias, e a Associação dos Moradores do Povoado Santa Cruz, com 50 famílias, ambas de Peri Mirim; e para a Associação da Comunidade Negra de Trabalhadores Rurais Quilombolas de Deus Bem Sabe, do município de Serrano do Maranhão, que tem 80 famílias.

    O governo avalia que as medidas contribuem para a valorização e o reconhecimento da cultura quilombola, dos seus modos de vida, dos bens materiais e imateriais, além de resultarem em ganhos para a conservação da biodiversidade e para a estabilidade climática.

    Segundo o Ministério da Igualdade Racial, a insegurança territorial é a principal causa dos conflitos vividos hoje pela população quilombola e está na raiz dos altos índices de violência e precariedade social de muitas comunidades. O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que apenas 5% da população quilombola vive hoje em territórios titulados no Brasil.

    Nesse sentido, a pasta tem atuado em conjunto com o Incra para que todos os processos de titulação em andamento sigam adiante. A meta é que mais de 1,8 mil processos avancem.

    Política nacional

    O presidente Lula assinou hoje o decreto que institui a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PNGTAQ), que pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios quilombolas, aliando conservação ambiental, efetivação de direitos sociais e geração de renda.

    Com uma previsão orçamentária de mais de R$ 20 milhões, a política deve beneficiar as 3.669 comunidades quilombolas certificadas pelo poder público.

    Alguns governos estaduais já anunciaram que vão aderir à política, como Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins. Juntos, esses estados têm 1.875 comunidades certificadas, que representa 51% das comunidades quilombolas certificadas do país.

    Outras ações

    Também foi instituído o Programa Nacional de Ações Afirmativas que busca formular, promover, articular e monitorar políticas voltadas para mulheres e pessoas negras, quilombolas, indígenas, ciganas ou com deficiência, com investimento de R$ 9 milhões.

    Foi criado ainda o Grupo de Trabalho Interministerial de Comunicação Antirracista, responsável por criar políticas para uma comunicação mais inclusiva e respeitosa dentro da administração pública. Além de elaborar o Plano Nacional de Comunicação Antirracista, caberá ao grupo propor estratégias de fortalecimento de mídias negras, de promoção da diversidade racial em publicidades e patrocínios do Estado, de diálogo com a sociedade e veículos de comunicação, de formação para porta-vozes, servidores e prestadores de serviço.

    Um acordo de cooperação técnica assinado entre os ministérios da Igualdade Racial e do Desenvolvimento Social reafirmou o compromisso do governo com a construção de uma agenda de combate à fome, à insegurança alimentar e à pobreza, a partir da qualificação de serviços e equipamentos da assistência social. A medida integra o Plano Brasil Sem Fome, que busca promover a equidade de raça e gênero por meio da inclusão socioeconômica e da promoção da segurança alimentar e nutricional.

    Primeira Infância Antirracista é o tema do memorando de entendimento que oficializa a intenção do Ministério da Igualdade Racial e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em trabalharem juntos para combater o racismo e atenuar seus impactos na infância de crianças negras, quilombolas e indígenas. As estratégias, a serem criadas e implementadas em cooperação mútua, serão voltadas para a capacitação de profissionais da saúde, da assistência social e da educação, para a realização de seminários e eventos, para a produção de pesquisas, assim como para a disseminação de materiais relacionados a práticas antirracistas nos serviços de atendimento às gestantes, crianças negras e indígenas.

    O governo federal destinará R$ 8 milhões na qualificação do atendimento psicossocial para mães e familiares de vítimas de violência, com a elaboração de protocolo para o fluxo de atendimento e definição de diretrizes para supervisionar a rede socioassistencial. O projeto-piloto ocorrerá na Bahia e no Rio de Janeiro, com apoio de cinco universidades federais: da Bahia, Fluminense, de São Paulo, do Ceará e do Rio de Janeiro.

    O segundo pacote de ações pela Igualdade Racial também inclui projeto, executado pelo Instituto Federal do Maranhão, que visa impactar positivamente as comunidades quilombolas de Alcântara (MA), que desde a década de 1980 são expostas a situações de extrema pobreza e violação de direitos. Estão previstos investimentos de R$ 5 milhões em cursos de capacitação com ênfase em tecnologias sociais para garantia de alimentação e geração de renda, ações de transferência de tecnologia e, ainda, instalação de usinas fotovoltaicas.

    O presidente Lula também assinou decreto de reconhecimento do hip hop como referência cultural brasileira, estabelecendo as diretrizes nacionais de valorização da cultura hip hop.

    O governo anunciou um investimento de R$ 4,4 milhões em uma chamada pública de incentivo à produção cultural, economia de axé e agroecologia. A ação é voltada para povos e comunidades tradicionais, quilombolas e ciganos. Serão financiados os projetos que se propuserem a valorizar a cultura desses povos e a produzir representações distintas do que está hegemonicamente estabelecido no imaginário social brasileiro.

    A chamada pretende ainda fomentar a agroecologia, reafirmando práticas sustentáveis de desenvolvimento nos territórios, sem perder de vista a preservação da biodiversidade e dos saberes tradicionais. Além disso, serão contempladas iniciativas voltadas à economia criativa, por meio da geração de renda a partir da cultura de axé, uma forma de valorização da identidade negra e da ancestralidade.

    Um acordo de cooperação técnica foi assinado entre o Ministério da Igualdade Racial e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a implementação de projetos culturais e ações em prol da preservação e valorização da herança africana, como o fortalecimento das instituições culturais na região da Pequena África e do sítio arqueológico Cais do Valongo, no Rio de Janeiro.

    Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o Cais do Valongo é Patrimônio Mundial da Unesco. Estima-se que de 1 milhão de africanos tenham desembarcado ali. Próximo a ele também estão o Jardim Suspenso do Valongo, o Largo do Depósito, a Pedra do Sal, o Centro Cultural José Bonifácio e o Cemitério dos Pretos Novos. As obras de valorização do Cais do Valongo foram concluídas e o sítio arqueológico será entregue para a comunidade na quarta-feira (23).

    Educação e pesquisa

    O governo também lançou o Caminhos Amefricanos, um programa de intercâmbios que visa promover o diálogo, a pesquisa, a produção científica, a educação antirracista, as trocas culturais e a cooperação entre Brasil e países da África, América Latina e Caribe. O programa se destina a pessoas pretas, pardas e quilombolas da rede pública de ensino, que estejam regularmente matriculadas em cursos de licenciatura ou sejam docentes da educação básica do Brasil, e a estudantes e docentes de grupos sociais historicamente vulnerabilizados nos países parceiros.

    Com um investimento de R$ 4,5 milhões por ano, e R$ 22,5 milhões no total, o Caminhos Amefricanos pretende alcançar 15 países ao longo dos próximos cinco anos. A cada edição, 50 bolsistas do Brasil e dez bolsistas do país parceiro serão beneficiados por intercâmbios de 15 dias. Os primeiros países a receberem o programa serão Moçambique, Colômbia e Cabo Verde. O edital de seleção para a primeira edição, que conectará São Luís e Maputo, capital de Moçambique, será lançado amanhã (21). Todas as pessoas beneficiadas terão direito a auxílio de R$ 24,7 mil para custear deslocamento, diárias, seguro-saúde, solicitação de visto e emissão de passaporte.

    O segundo pacote de ações pela igualdade racial inclui ainda investimentos em pesquisa, monitoramento e avaliação de dados.

    Uma parceria com o IBGE vai viabilizar um bloco sobre ações afirmativas e gestão dos municípios dentro do âmbito racial em uma das maiores pesquisas do país (a Pesquisa de Informações Básicas Municipais, Munic, e a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais, Estadic). Com isso, será possível a coleta de mais dados sobre ciganos, quilombolas, povos de terreiro e uma análise mais assertiva sobre como as políticas públicas têm sido implementadas.

    Já o monitoramento em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) permitirá mapear nacionalmente temas pouco debatidos, mas relevantes para embasar políticas, como a assistência de cuidado a pessoas idosas negras ou acidentes de trabalho para pessoas negras.

    Outra iniciativa, junto ao Instituto Federal de Brasília, fomentará a construção do Observatório de Políticas Públicas em Igualdade Racial e o fortalecimento dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, que resultará em conscientização sobre os povos de terreiro, oportunidades para jovens participarem de projetos de igualdade racial e criação de novas políticas voltadas para essa pauta.

    Agência Brasil

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    Inmetro e Ipem/RN dão dicas para economizar na conta de luz

    O fim do ano está chegando e com ele as temperaturas sobem gradativamente, obrigando muita gente a recorrer aos eletroeletrônicos como ar-condicionado, ventilador e refrigeradores para driblar o calor. Isso impacta diretamente na conta de luz no final do mês, mas com ações simples é possível diminuir em até 40% esse impacto no orçamento, como orienta o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do qual o Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte – Ipem/RN é órgão delegado..

    O Inmetro criou o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para ajudar as famílias a terem um consumo mais racional de energia. A etiqueta classifica os aparelhos de acordo com sua eficiência energética, auxiliando o consumidor a fazer uma compra mais consciente. Os produtos classificados com a letra A são os mais eficientes. Dependendo do eletrodoméstico, essa classificação pode chegar a G para os menos eficientes, no caso dos refrigeradores.

    “No momento da compra de um novo eletrodoméstico, além do preço, da qualidade, da durabilidade e da aparência, considere também a eficiência energética. Afinal, uma maior eficiência energética reduzirá o custo de usar o eletrodoméstico, com uma conta de luz menor”, ressaltou o presidente do Inmetro, Márcio André Brito.

    Considerar informações das etiquetas do Inmetro nos eletrodomésticos é muito importante, mas mudanças sutis de hábito também podem evitar desperdícios e melhorar os gastos com energia elétrica.

    Confira as dicas do Inmetro

    O tamanho da residência e as necessidades familiares são determinantes para escolher os eletrodomésticos. O ideal é ter a metragem de cada cômodo de sua casa e verificar se tem a instalação elétrica adequada antes de receber os novos eletrodomésticos, com quantidades de tomadas disponíveis e, para caso de instalação de ar-condicionado, recomenda-se verificar com um eletricista se a fiação está compatível para receber o equipamento.

    Além desses cuidados, você deve escolher o eletrodoméstico mais adequado ao seu perfil e a sua necessidade de uso. Não esqueça que a voltagem do eletrodoméstico deve ser compatível com a da sua residência.

    Ar-condicionado ou ventilador, qual o mais econômico?

    Sem dúvida, os ventiladores consomem menos energia, comparados aos aparelhos de ar-condicionado. Cabe ressaltar que os aparelhos de ar-condicionado oferecem o conforto térmico e a estabilidade na climatização do ambiente, enquanto os ventiladores apenas circulam o ar e não refrigeram.

    Vamos às dicas para cada equipamento:

    Ar-condicionado

    – Antes de comprar, escolha o tipo de aparelho de ar condicionado de acordo com seu perfil, necessidade e tamanho do seu cômodo.

    Os aparelhos de ar-condicionado mais conhecidos são:

    – Split: É o mais encontrado na atualidade, por ser o mais silencioso e econômico. Isto é possível, pois ele está dividido em duas partes, uma interna e uma externa. Sendo a parte externa a única que emite ruídos, garantindo um conforto total na parte interna do ambiente. A desvantagem é o custo da instalação.

    – Janela: Ele é mais barato e compacto, já que possui apenas uma parte. Outra vantagem é que a sua instalação é mais simples e se precisar mudar basta retirar aparelho e levar para outra residência. Já o ponto negativo é que são bem mais barulhentos que os modelos split.

    – Antes de comprar, calcule o efeito na economia de energia, pela etiqueta do Inmetro que está colada no equipamento, informando o consumo anual de energia por ano. (kWh/ano)

    – Para saber o consumo multiplique a energia consumida pelo aparelho em kWh (kilowatts hora) pela tarifa de energia praticada na sua região. Por exemplo: a tarifa residencial no valor de R$ 0,754 por kWh. Assim, se o ar-condicionado consome, por exemplo, 600 kWh por ano, o gasto anual será 600 x 0,754, que resultará em R$ 452,4 por ano.

    –  Na dúvida entre dois modelos compare o consumo de ambos e dê preferência ao que consome menos energia. Eventualmente, se esse produto for um pouco mais caro, pode ser que a diferença de preço se pague ao longo dos meses pela economia na conta de luz.

    –  Evite o abre e fecha de portas dos ambientes refrigerados e só deixe ligado enquanto você estiver no ambiente.

    –  Feche as janelas e isole bem o ambiente para que o ar frio não escape.

    –  Cortinas e toldos diminuem a incidência do calor do sol no ambiente, o que também contribui para o isolamento térmico.

    –  E não acredite no mito de que ao configurar o aparelho de ar-condicionado para 17ºC ele vai gelar o ambiente mais rapidamente. A velocidade de refrigeração será a mesma, com a diferença que o compressor do seu aparelho trabalhará mais até atingir a temperatura de 17ºC. O Inmetro recomenda manter a temperatura em 23ºC que, em geral, é a de melhor trabalho do ar-condicionado.

    Ventilador

    –  Tradicional item nos lares brasileiros, os ventiladores podem ser um bom aliado para aplacar o calor gastando menos do que ao usar o ar-condicionado.

    –  No chão, no teto ou na parede são sempre uma opção mais em conta para refrescar os ambientes.

    –  Observe a quantidade de vento que o ventilador é capaz de produzir. Na Etiqueta do Inmetro, você é informado quanto à vazão do ventilador. Assim, se dois modelos consomem a mesma quantidade de energia, opte por aquele de maior vazão, porque certamente será capaz de ventilar mais do que o outro.

    –  O índice de eficiência energética constante na etiqueta traz essa relação entre vazão (quantidade de vento) e energia consumida: assim, opte pelos produtos de maior eficiência!

    –   Seja qual for o modelo do ventilador, é importante fazer a limpeza e manutenção para facilitar a circulação do ar.

    –  Os parafusos devem estar sempre firmes, as hélices balanceadas e, no caso do modelo de teto, verifique se a lâmpada é a indicada pelo fabricante.

    – Dimensione adequadamente o aparelho para o tamanho do ambiente e só deixe ligado enquanto você estiver no espaço.

    Refrigerador

    Outro equipamento que demanda muito no verão é o refrigerador, o Inmetro, em 2022, criou novos índices de eficiência energética para os refrigeradores, as novas etiquetas do Inmetro possuem as classificações A+++ (mais eficientes) até classificação C (menos eficientes).

    Confira algumas dicas para economizar:

    – Na hora de escolher o tipo de refrigerador, dê preferência pelo equipamento mais eficiente de acordo com a etiqueta do Inmetro. Nela contém a informação de consumo mensal de energia (kWh/mês).

    – Para saber o consumo, multiplique a energia consumida pelo aparelho em kWh (kilowatts hora) pela tarifa de energia praticada na sua região. Por exemplo: a tarifa residencial no valor de R$ 0,754 por kWh. Assim, se o refrigerador consome, por exemplo, 60 kWh por ano, o gasto mensal será 60 x 0,754, que resultará em R$ 45,24 por mês.

    –  Fique atento ao distanciamento recomendado pelo fabricante ao colocar o refrigerador nas paredes. É preciso que haja espaço suficiente para que ocorra a troca de calor – isso também vale para refrigerador cujo condensador é embutido nas laterais.

    – Evitar a entrada de ar quente também é uma boa dica porque, toda vez que isso ocorre, o refrigerador tem que trabalhar mais para manter as temperaturas adequadas para conservar os alimentos.

    – Evite abrir e fechar a porta o tempo todo, pois isso evita a entrada de ar quente do ambiente para o interior do refrigerador.

    – Organize os itens do refrigerador para já saber onde eles se encontram e não precisar fazer escolhas com a porta aberta.

    – Nunca coloque alimento quente no refrigerador. Espere a comida esfriar fora até chegar à temperatura ambiente.

    – Verifique as borrachas (gaxetas) das portas do refrigerador periodicamente. Sujeira e ressecamento comprometem o isolamento que ela deve proporcionar.

    – Não coloque roupas para secar no condensador (aquela serpentina preta que em geral fica atrás do refrigerador), pois isso impacta diretamente no maior consumo de energia.

    Sobre o IPEM/RN

    O Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (IPEM/RN) é um órgão delegado do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e também uma autarquia do governo estadual, vinculada administrativamente à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação(Sedec/RN).

    Possui equipes de fiscalização formadas por especialistas e técnicos em que realizam diariamente, em todo o Rio Grande do Norte, verificações periódicas visando garantir o correto e seguro funcionamento de balanças, bombas de combustíveis, esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial), taxímetros, medidores de velocidade (radares), brinquedos, bicicletas infantis, produtos têxteis, extintores de incêndio, produtos pré-medidos, entre outros materiais.

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    Diabetes é responsável por mais de 28 amputações por dia no Brasil

    O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, entre janeiro e agosto deste ano, 6.982 amputações de membros inferiores (pernas e pés) causadas por diabetes, o que equivale à média de mais de 28 ocorrências por dia.

    Os casos vêm crescendo ano a ano, conforme mostram os dados do Ministério da Saúde. O número de amputações em 2022 (10.168) foi 3,9% superior ao total de 2021 (9.781), o que representou média de 27,85 cirurgias por dia, no ano passado, em unidades públicas.

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença já figura como a principal causa de amputação não traumática em membros inferiores, no país. As amputações traumáticas são as que ocorrem, por exemplo, em acidentes de trânsito ou de trabalho.  

    “Hoje, nós temos um número de grande de amputações sem ser por acidente. E a principal causa é justamente o diabetes, além do cigarro. Então, a gente tem que combater esses males”, reforça o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Levimar Araújo, portador de diabetes tipo 1.

    A SBD aponta também que 13 milhões pessoas com diabetes têm úlceras nos pés, os chamados pés diabéticos, que podem resultar nestas amputações.

    Preocupada com o cenário, a Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) alerta para essa complicação que pode atingir tanto pacientes com diabetes mellitus do tipo 1, como do 2. O presidente da ABTPé Luiz Carlos Ribeiro Lara, dimensiona a situação.

    “Entre todas as suas complicações, o pé diabético é considerado um problema grave e com consequências, muitas vezes, devastadoras em razão das úlceras, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas.”

    O alerta sobre as complicações que afetam as pessoas com a doença ocorre no Dia Mundial do Diabetes, celebrado neste 14 de novembro. Em 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu como tema da campanha: Educação para Proteger o Futuro. O objetivo é destacar a necessidade de melhorar o acesso à educação de qualidade sobre a doença a profissionais de saúde e pessoas com a doença.

    Pé diabético  

    A neuropatia periférica provocada pelo diabetes causa a perda das funções dos nervos do pé. Com isso, ficam prejudicados o tato e a sensibilidade para a dor. Essa redução da sensibilidade relacionada ao diabetes dificulta a percepção do paciente em notar lesões ou feridas.

    A diretora da ABTPé, a endocrinologista Jordanna Maria Pereira Bergamasco, relaciona a sensibilidade dos pés com um fator de proteção à pessoa com diabetes. “Esse pé não tem a sensibilidade protetora, então, sem perceber ocorrem feridas e infeccionam. O paciente não consegue resolver e estas acabam em amputações menores ou maiores, ou seja, desde uma pontinha de dedo até uma perna. Tudo por causa das feridas. E o número de ocorrências é grande.”

    Jordanna confirma também ser inevitável que, em até dez anos após o desenvolvimento do diabetes, comecem a surgir os sintomas da neuropatia periférica, mesmo com a doença controlada, esses pacientes vão ter algum grau de neuropatia. Porém, segundo ela, a saída é o controle da glicose no sangue, que pode adiar as alterações neurológicas, principalmente, dos membros inferiores, e consequentemente, evitar mutilações.

    “A doença leva à neuropatia, a gente não consegue evitar. O único jeito de conseguir postergar isso é com controle glicêmico. E para evitar as amputações é com cuidado”, conta a endócrino.

    Na família

    A professora de uma escola pública do ensino fundamental do Distrito Federal, Amanda Pereira, conhece bem várias das rotinas de prevenção às complicações do diabetes. Em dezembro de 2021, ela perdeu a mãe Marilena Pereira, aos 64 anos, devido a uma infecção generalizada que começou com uma ferida no pé e chegou a atingir o osso.  

    Amanda contou que a mãe ficou diabética em 2007, aos 40 anos, e se revoltou com as restrições na alimentação impostas pela doença. Marilena seguiu fazendo uso de bebidas alcoólicas, cigarros e refrigerantes. Continuou a ingerir doces desregradamente e se recursou a fazer atividades físicas.

    Até que, em 2015, a doença não perdoou as extravagâncias de Marilena que perdeu a visão do lado esquerdo e parte do lado direito. A consequência contribuiu para que a mãe de Amanda desenvolvesse depressão e não quisesse mais ir às consultas médicas.

    Em 2019, após fraturar o fêmur, em uma queda no banheiro, Marilena ainda perdeu a autonomia para se deslocar e, na sequência, teve uma trombose. “Tenho a impressão que minha mãe envelheceu 30 anos em seis. Ela desistiu de viver,” lamentou Amanda.

    Apesar dos cuidados dos familiares, o simples atrito dos pés da mãe no lençol da cama rendeu à Marilena a ferida derradeira no pé, que não cicatrizou e a levou a óbito. Hoje, aos 44 anos, Amanda voltou a sentir os assombros das consequências do diabetes: ela convive com o sogro e um aluno com acometidos pela doença. O sogro já está, gradativamente, perdendo a visão.

    As experiências negativas, no entanto, também lhe ensinaram sobre a doença. “O importante do diabetes é estar se cuidando, porque, com o tempo, vai consumindo o organismo da pessoa. A doença é silenciosa. Ela não avisa. Quando chega, já vem estragando tudo. Mas, se a pessoa vai cuidando, é mais difícil de acontecer algo, principalmente se ela é acompanhada por médicos, se tem uma alimentação saudável e pratica uma atividade física regular. A diabetes, para mim, é uma doença terrível”, conclui a professora. 

    Cuidados

    Jordanna explica que os pés de pessoas com diabetes exigem cuidados especiais:

    • Exame visual periódico dos pés pela própria pessoa, familiar ou profissional de saúde;
    • vestir meias brancas ou de cor clara, principalmente de algodão, para observar possíveis manchas de sangue no tecido;
    • em situações de baixa mobilidade ou sobrepeso, usar um espelho para verificar a sola dos pés;
    • evitar calçados apertados, duros, de plástico, de couro sintético, com bicos finos, saltos altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos;
    • escolher sapatos confortáveis;  
    • não usar calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios;
    • evitar andar descalço para não se machucar em batidas e topadas;
    • cortar as unhas dos pés com um profissional e não retirar calos ou cutículas;
    • manter os pés sempre aquecidos;  
    • verificar a temperatura da água com o cotovelo antes de colocar os pés;
    • não usar bolsas de água quente;
    • hidratar os pés para evitar rachaduras que podem servir de acesso a infecções oportunista;
    • enxugar a umidade entre os dedos para evitar frieiras;
    • não andar descalço no chão quente para evitar queimaduras; e
    • em caso de lesões, procurar um médico.

    Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que desenvolve estratégias para promover a saúde e prevenir as condições crônicas que decorrem do diabetes. Entre as ações listadas estão o acompanhamento nutricional e alimentar, estímulo à adoção de hábitos saudáveis, além dos guias alimentares para a população brasileira:

    “A pasta também credenciou novos polos da Academia da Saúde, espaços próprios para a prática de atividade física, essencial para um estilo de vida mais saudável”

    O Ministério da Saúde informou ainda que, em 2023, investiu mais de R$ 870 milhões no custeio de equipes multiprofissionais, compostas por especialistas de diferentes áreas da saúde – entre elas nutrição e educação física, para atuar na Atenção Primária à Saúde, considerada a porta de entrada da saúde pública no Brasil.

    Agência Brasil

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    Pessoas com deficiência defendem inclusão no mercado criativo

    Artistas com deficiência que participam do Terceiro Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) em Belém, no Pará, querem estimular o convívio entre eles para inclusão no mercado criativo. O encontro terminou nesse domingo (12).

    O cearense João Paulo Lima, da área de dança e ativista dos direitos das pessoas com deficiência, ressalta a importância de pensar a acessibilidade não como um produto, mas como um direito humano. 

    “O grande desafio é perceber a acessibilidade como um direito humano, para todos. Ela facilita a relação de pessoas com e sem deficiência, de entendimento da política, da arte, da cultura em si. A luta precisa ser em conjunto”. Para ele, defender a acessibilidade a essas políticas de editais, de espaços e inserir as pessoas com deficiência é necessário para melhorar a inclusão”, afirma. 

    João Paulo Lima lembra que o preconceito nunca vai deixar de ser uma barreira, que se soma à falta de recursos – até porque dependendo da deficiência é preciso recurso diferenciado.

    Ariadne Andico, que vive no interior de São Paulo, tem paralisia cerebral e trabalha com a atividade de palhaço. Ela conta que foi convidada, pela primeira vez, para falar sobre seu processo criativo no MICBR. Para ela, é fundamental a convivência, o encontro acessível para todos, pessoas com e sem deficiência.

    “É uma mudança de perspectiva, que parte de uma pessoa que convive com artistas com deficiência, então é pequena, ainda há muito chão para afirmar que é uma mudança. É uma fagulha de mudança, porque é muito necessário ainda falar sobre [pessoas com deficiência]. Eu entendo o fato de a gente ser convidado sempre para falar sobre a deficiência porque a gente está neste momento de processo de mudança, ao mesmo tempo de convivência. Acredito muito no encontro como possibilidade de transformação. E nesse sentido estou feliz demais de ocupar esse espaço, mesmo frente às limitações. É muito gostoso estar falando da minha arte e não só da minha deficiência”.

    Invisibilidade

    Socorro Lima, professora, pesquisadora e artista da dança de Belém (PA), tem deficiência visual. Ela diz que mesmo que as pessoas com deficiência estejam produzindo, ainda há grande invisibilidade do segmento.

    “A gente é invisível, como se não existisse. Não tem um olhar como pessoas mesmo. E somos pessoas capazes. Temos a nossa história, os nossos trabalhos, nossos projetos. Mas não somos vistas como pessoas e sim como empecilhos, como o que dá trabalho”, afirma Socorro.

    MICBR

    Os artistas com deficiência reclamaram da pouca acessibilidade do MICBR, realizado no Centro de Convenções do Hangar, em Belém, o maior da capital paraense. O Ministério da Cultura afirma que a mesa de debate sobre acessibilidade foi realizada com objetivo de escutar as pessoas.

    Andrea Guimarães, diretora de Desenvolvimento Econômico da Cultura do ministério, afirma que houve preocupação da organização do evento de se preparar para receber as pessoas com deficiência.

    “Reconhecemos que há um processo de melhorar essas questões, mas existe uma lacuna. Os espaços não são construídos pensando nisso, às vezes eles são adaptados posteriormente. Nossa intenção de trazer uma mesa de debates, trazer essas pessoas, de dar voz, é justamente nos prepararmos para recebê-las cada vez melhor”, diz Andrea.

    Segundo o ministério houve avaliação para prever as necessidades específicas das pessoas com deficiência no evento, reuniões com o Centro de Convenções Hangar para analisar as condições de acessibilidade, como elevador, rampas, espaços adaptados e tradução de libras, por exemplo.

    Agência Brasil

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    Congresso aprova R$ 15 bilhões para compensar perda de estados e municípios

    O Congresso Nacional aprovou nessa quinta-feira (9) o projeto de lei (PLN) 40/2023, que libera R$ 15 bilhões para compensar a perda de arrecadação de estados, Distrito Federal e municípios. O texto também abre crédito especial de R$ 207,4 milhões para pagar despesas de oito ministérios.

    O texto original, apresentado em outubro pelo Poder Executivo, previa apenas a liberação de recursos para os ministérios. Duas semanas depois, a Presidência da República enviou uma nova mensagem para incluir os R$ 15 bilhões destinados a estados, Distrito Federal e municípios.

    Desse total, R$ 8,7 bilhões vão cobrir perdas de arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Os R$ 6,3 bilhões restantes compensam redução nas transferências aos Fundos de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e dos Municípios (FPM) em 2023.

    O repasse para compensar as perdas com o ICMS está previsto na Lei Complementar 201, de 2023, sancionada em outubro. De acordo com o texto, a União deve repassar um total de R$ 27 bilhões a estados e ao DF até 2025.

    O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) decidiu antecipar para este ano a transferência de parte dos recursos, o que deveria começar apenas em 2024. Isso foi possível porque, segundo o MPO, há um espaço fiscal de R$ 74,9 bilhões em relação à meta de resultado primário estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

    ‘Projeto crucial’

    Os R$ 15 bilhões liberados neste ano devem ser rateados de forma proporcional à perda de arrecadação de cada ente. O redução da receita foi provocada pela Lei Complementar 194, de 2022. A norma limitou a 17% ou 18% a alíquota do ICMS cobrada sobre combustíveis e outros produtos considerados essenciais.

    A presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), classificou o PLN 40/2023 como “um projeto crucial”.

    — É um momento fundamental para o país. Esta medida é vital para garantir que estados e municípios possam continuar a fornecer serviços essenciais à população, mesmo em tempos de adversidades econômicas — afirmou.

    Para a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) a compensação é uma questão de justiça.

    — Isso é a garantia dos recursos para estados e municípios. A situação não é simples. Se não tiver essa recomposição do governo federal, a maioria dos municípios brasileiros não vai ter condições de cumprir com seus compromissos, inclusive com folha de pagamento. No caso do ICMS, 25% vai para as prefeituras. Sabe o que é chegar para um gestor e dizer: “a partir do próximo mês você não tem mais 25% dos seus recursos”? O Estado brasileiro deve isso para a educação, a saúde e a assistência social dos municípios — disse.

    Com relação aos fundos constitucionais, o objetivo do PLN 40/2023 é minimizar o impacto financeiro verificado em 2023. No caso do FPM, a União deve transferir às prefeituras a diferença entre os valores creditados em 2023 e 2022 no período de julho a setembro, com correção financeira. Para o FPE, o montante corresponde à diferença entre os valores creditados em 2023 e 2022 nos meses de julho e agosto, sem atualização monetária.

    Com informações da Agência Senado

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    Potiguar Tanda Macêdo marca presença no Prêmio Multishow

    A cantora e compositora potiguar, Tanda Macêdo, marcou presença na cerimônia de entrega do Prêmio Multishow 2023. O evento foi realizado nesta terça-feira (7), na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro.

    A artista representou o Rio Grande do Norte como uma das indicadas na primeira etapa da nova categoria “Brasil”, e aproveitou para acompanhar de perto a maior premiação da música brasileira, realizada pela Rede Globo.

    Nas redes sociais, Tanda mostrou um pouco do viu e também compartilhou o encontro com artistas como João Gomes e Joyce Alane.

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    Deputada Federal Fernanda Melchionna lança livro “Tudo isso é feminismo?”

    “Graças a este pequeno grande livro e a sua recuperação da História sob a perspectiva das mulheres, chegamos a compreender melhor o presente, a tentar responder aos novos desafios e a procurar as ferramentas teóricas e práticas para construir um futuro de igualdade e solidariedade”. Porque, como diz Fernanda Melchionna, “este livro é um convite ao estudo e à ação”.

    Trecho da orelha de “Tudo isso é feminismo?”

    “Tudo isso é feminismo?” – uma visão sobre histórias, lutas e mulheres” marca a estreia da bibliotecária, militante e atual deputada federal pelo PSOL do Rio Grande do Sul Fernanda Melchionna (@fernandapsol) no universo do livro. A partir da experiência de anos da autora em debates sobre gênero, feminismo e luta das mulheres nos mais diferentes espaços sociais, sua primeira obra trabalha a história de luta por direitos das mulheres numa perspectiva classista, histórica e de combate às opressões. Publicada pela Editora de Cultura (@editoradecultura), como parte da Coleção Inquietações Contemporâneas, a obra será lançada na Feira do Livro de Porto Alegre/RS, no dia 11 de novembro, sábado, às 19h, com a presença da autora.

    Guiada pela vontade de vocalizar demandas populares e a fim de compartilhar o conhecimento adquirido como feminista, Fernanda aceitou o convite da Editora de Cultura para criar um ensaio para a nova coleção de não-ficção da casa. Segundo ela, parte da vontade de fazer este livro acontecer surgiu da crença de que todo o material com contribuições para a criação de ferramentas para as lutas das mulheres é válido. 

    Desbravar a história não contada das mulheres fez parte da trajetória ativista da deputada. Sua formação como feminista e política de esquerda passou pelo combate ao apagamento das mulheres e das suas reinvindicações, em paralelo à descoberta de novas referências ao longo de seus estudos e pesquisas. Nessa lida, ela também pôde conhecer diferentes vertentes do feminismo e diversas correntes de pensamento. Daí ter abraçado o desafio de escrever este, que é seu primeiro trabalho.

    “Penso neste livro como uma narrativa que busca desnaturalizar o apagamento das mulheres da História, de suas várias lutas e dos desafios enfrentados em tempos passados. E tem como objetivo ajudar a pensar as lutas do presente e a conquistar novos futuros”, afirma a autora.

    Para Fernanda Melchionna, escrever e referenciar outras mulheres é um ato político

    Fernanda Melchionna nasceu em Alegrete (RS) em 1984 e se mudou definitivamente para a capital do estado para cursar biblioteconomia na UFRGS. Além de bancária licenciada do Banrisul, chegou a trabalhar em biblioteca escolar e considera esse espaço parte essencial do processo de ensino e de aprendizagem. Também é pós-graduada em História do Brasil Contemporâneo.

    Seu percurso político se iniciou nos movimentos estudantis e culminou na eleição, em 2008, para o cargo de vereadora de Porto Alegre, e uma atuação na vereança por dez anos, tendo sido três vezes eleita durante o período. Atualmente, exerce o segundo mandato como deputada federal e, para o qual foi reeleita em 2022 como a mulher mais votada do estado. 

    As principais referências para a escrita do ensaio “Tudo isso é feminismo? – uma visão sobre histórias, lutas e mulheres” foram escritoras que pensam o feminismo como prática e teoria. Além de “O feminismo é para todos”, da estadunidense bell hooks, e “Calibã e a bruxa” da italiana Silvia Federici, a militante cita as pensadoras brasileiras Heloisa Buarque de Holanda, Sueli Carneiro e a ativista Angela Davis, também dos EUA, como referências em uma extensa bibliografia, seguida de sugestão de filmes e de séries de TV sobre o tema na seção “Saber mais”, que é um convite aos leitores para se aprofundar mais nas temáticas exploradas na obra.

    Confira um trecho do livro:

    “Se as mulheres sentem mais as opressões e explorações de um modelo que tem condenado o futuro da humanidade, também pode nascer de nós um novo caminho. Sem modelos acabados, mas com a convicção de que é a luta que muda a vida e de que a saída é coletiva. Lutem como uma mulher!”

    Adquira “Tudo isso é feminismo?” nas livrarias ou no site da Editora de Cultura: https://encurtador.com.br/cemrH 

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    Caixa e Banco do Brasil começam renegociações de dívidas do Fies nesta terça (07)

    A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BB) começam, nesta terça-feira (7), a renegociar as dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os débitos em atraso poderão ter até 100% de desconto em juros e multas e, no caso de liquidação integral do contrato, o desconto chega a 99% do valor consolidado da dívida. 

    Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou lei que autoriza as renegociações. Nesta segunda-feira (6), o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a preocupação do presidente é dar celeridade aos procedimentos. 

    “São mais de 1 milhão e 240 mil pessoas no Brasil que terão direito e o presidente tem chamado de Desenrola da Educação. Significa R$ 54 bilhões de dívidas desses brasileiros e brasileiras que muitas vezes estão com seu nome comprometido, o nome sujo, né, como se diz, no Serasa, e que terão oportunidade de renegociar suas dívidas. Inclusive, com condições muito favoráveis, podendo chegar até 99% do principal e 100% dos juros e multa, ou seja, a pessoa pode pagar 1% da dívida dependendo da condição que ela esteja”, disse após reunião com Lula, no Palácio do Planalto.  

    No Rio Grande do Norte são 22.343 contratos inadimplentes do Fies.

    06.11.2023, Contratos Inadimplentes do Fies - Dados por UF. Foto: Mec/ Gov.br
    Contratos Inadimplentes do Fies por unidade da federação – Mec/ Gov.br

    Vantagens 

    De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o estudante beneficiário que tenha débitos vencidos poderá liquidá-los nos seguintes termos:   

    • Estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 90 dias em 30 de junho de 2023, com desconto de até 100% sobre encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento) e de 12% sobre o valor financiado pendente, para pagamento à vista; ou parcelamento em até 150 parcelas mensais e sucessivas do valor financiado pendente, com desconto de 100% dos encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento), mantidas as demais condições do contrato (ou seja, ficam mantidas as condições de garantia e eventuais taxas de juros do contrato).  

    • Estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias em 30 de junho de 2023, que estejam inscritos no Cadastro Único ou que tenham sido beneficiários do Auxílio Emergencial 2021, com desconto de até 99% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas.  

    • Estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias em 30 de junho de 2023, que não se enquadrem na hipótese prevista no item anterior, com desconto de até 77% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas.  

    A lei sancionada pelo presidente Lula também estabeleceu um teto de contribuição ao Fundo Garantidor do Fundo de Financiamento Estudantil (FG-Fies), de 27,5%, referente aos aportes sobre as obrigações financeiras das universidades que aderem, voluntariamente, ao programa, após o quinto ano de sua adesão.  

    Segundo o MEC, a medida visa contornar o quadro de elevada contribuição pelas mantenedoras ao Fundo Garantidor, o que onera as mantenedoras e prejudica sua capacidade de oferta de vagas ao Fies. 

    Mudanças no Fies 

    Camilo Santana reafirmou ainda que o governo estuda mudanças no programa. Segundo ele, o Fies “se burocratizou demais” e precisa deixar de ser um programa econômico, para ser um programa social. 

    “É uma coisa que nós estamos reavaliando para o novo Fies, é saber quem é que não paga porque não quer e quem é que não paga porque não tem dinheiro, não tem condições de pagar. Então fazer essa diferenciação para que a gente possa melhorar o controle do programa, que consideramos importante para dar acesso àqueles que querem fazer uma universidade, um curso superior”, disse hoje. 

    Com informações da Agência Brasil

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