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    Projeto Cromossomos do Amor celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down

    Para celebrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, o UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Natal realiza, na próxima quarta-feira (30), a partir das 9h30, o projeto Cromossomos do Amor. A programação terá uma série de atividades voltadas para pessoas com a condição genética em Natal e os interessados em participar devem fazer a inscrição pelo site extensao.uninassau.edu.br

    “O projeto Cromossomos do Amor faz parte do calendário de Responsabilidade Social do grupo Ser Educacional, mantenedor da UNINASSAU. O objetivo é realizar ações socioeducativas para jovens com Síndrome de Down e suas famílias, promovendo o bem-estar e a inclusão”, explica o reitor da instituição, André Lemos. 

    A programação será iniciada por uma palestra da presidente da Associação de Síndrome de Down do RN, a neuropsicóloga Glauciane Santana. Ela abordará temas como conscientização dos direitos, inclusão e bem-estar, importância e acompanhamento do atendimento pedagógico, além de dar dicas de atividades que podem ser aplicadas em casa. 

    Em seguida, o evento receberá o ex-aluno do curso de Gastronomia da UNINASSAU Natal e primeira pessoa com Síndrome de Down a empreender na área no RN, Fred Carvalho Filho. Fredinho, como é carinhosamente conhecido, irá ensinar uma receita, acompanhado de sua mãe, Milena Araújo. Ela também conversará com os participantes sobre a trajetória de Fredinho desde a graduação até sua inserção no mercado, quando criou sua própria marca de molhos e antepastos artesanais, a DuFred Gastronomia.

    Ao final das atividades, o Studio de Dança Soraya Lima realizará uma apresentação cultural. O grupo é composto por 15 bailarinos, sendo a maioria pessoas com Síndrome de Down. “O grupo nasceu em 2016 e já participamos de diversos festivais e concursos de dança, concorrendo de igual para igual com bailarinos de todo o Brasil e de outros países”, conta Soraya Lima, diretora do estúdio e especialista em educação Inclusiva. 

    Serviço 

    Evento “Cromossomo do Amor” 

    Quando: 30/03, das 9h30 às 12h 

    Onde: UNINASSAU Natal – Av. Engenheiro Roberto Freire, 1514 – Capim Macio 

    Inscrição: https://extensao.uninassau.edu.br/DetalhesEvento.aspx?EventoId=44931 

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    Inclusão é tema do Dia Mundial da Síndrome de Down

    “O que significa a inclusão?” é o tema escolhido este ano pela organização Down Syndrome International (DSI), do Reino Unido, para marcar o Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado nesta segunda-feira (21). A data foi criada pela instituição em 2006, com o objetivo de celebrar a vida das pessoas com a síndrome e garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades das demais.

    Neste dia, os portadores da síndrome e aqueles que vivem e trabalham com eles em todo o mundo organizam e participam de atividades para aumentar a conscientização pública e defender os direitos, inclusão e bem-estar dessas pessoas. A data foi escolhida em alusão à presença de três cópias do cromossomo 21 nas pessoas com a síndrome, em vez de duas, existentes nas demais.

    Isso significa que a síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo, o que ocorre no momento da concepção. Cromossomos são estruturas biológicas que contêm a informação genética. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Trissomia significa, portanto, a existência de um cromossomo extra.

    A alteração genética conhecida como síndrome de Down está presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita assim há 150 anos, quando o médico inglês John Langdon Down se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria, em 1866. Em 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram, de maneira independente, a origem cromossômica da síndrome. Foi quando ela passou a ser considerada síndrome genética.

    Genética

    A neurologista pediátrica Karly Lagreca, pós-graduada em autismo e psiquiatria infantil, disse que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. “É uma condição genética. Se houver o aconselhamento genético, os pais podem saber a chance de gerar um segundo filho portador da síndrome”. Ela explicou que, ao ter o primeiro filho, o casal pode estudar a genética dele para ver se a síndrome pode ser herdada.

    A médica alertou que a síndrome de Down não é uma doença e nem deve ser tratada como tal. “Devemos apenas saber os cuidados mais necessários para oferecer a essas crianças e adultos fisioterapia para fortalecer o tônus e a investigação de doenças no coração e na tireoide, por exemplo”. Apesar de apresentarem, em sua maioria, deficiência intelectual de gravidade variável, os portadores podem ter vida normal, estudar, trabalhar, casar, ter filhos, afirmou a médica. Para isso, garantiu que “o grau da deficiência, a quantidade de terapias e estimulação recebidas ao longo da vida e o suporte familiar e social serão fundamentais”.

    Conscientização

    O Dia Mundial da Síndrome de Down visa a conscientizar a sociedade global sobre essa alteração genética que acomete uma em cada 700 crianças nascidas vivas no Brasil. Em termos mundiais, a incidência estimada é de uma em mil nascidas vivos, o que sinaliza que, a cada ano, cerca de 3 mil a 5 mil crianças nascem com síndrome de Down. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que cerca de 300 mil pessoas têm síndrome de Down no país. De modo geral, os portadores apresentam olhos amendoados, rosto arredondado, além de alguns problemas, como cardiopatia congênita e deficiência intelectual de gravidade variável.

    A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (Fbasd), associada à Down Syndrome International, está exibindo em suas redes sociais, em alusão à data, lives (transmissões ao vivo na internet) e vídeos mostrando o que é inclusão no entendimento dos jovens com trissomia 21. Os vídeos foram feitos com portadores da síndrome no Brasil e na Espanha, por meio da Federação Iberoamericana de Síndrome de Down (Fiadown), com tradução para o português.

    “É um tema muito importante para que as pessoas possam ter interpretação correta da própria Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU)”, disse o presidente da FBASD, Antonio Sestaro.

    Um desses jovens é Bruno Ribeiro, do Recife, que faz parte do Grupo Nacional de Autodefensoria da FBASD. Para Bruno, inclusão significa “reconhecimento de capacidades, garantia de direitos, respeito, igualdade de oportunidades, amor”.

    A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), da ONU, estabelece a “participação e inclusão plena e efetiva na sociedade” de todos os portadores de deficiência e das pessoas com síndrome de Down. A realidade, porém, mostra que essas pessoas ainda hoje não se beneficiam de uma participação e inclusão plenas na sociedade.

    O presidente da FBASD lembrou que ainda há muito preconceito, não só no Brasil, mas no mundo, em relação às pessoas com síndrome de Down. “Mas avançamos muito. Nos últimos 30 anos, principalmente depois da Convenção da ONU, e mais recentemente, a partir de uma educação que permite que as crianças com Down estejam junto com as demais, a sociedade avançou”.

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    Curso de Gastronomia da Uninassau é referência na inclusão de pessoas com Síndrome de Down

    O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e lutar para que tenham as mesmas liberdades e oportunidades das outras pessoas. A data é reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas desde 2012. 

    Uma das principais formas de garantir a inclusão para qualquer pessoa com necessidades especiais, principalmente no mercado de trabalho, é por meio de uma educação de qualidade. Por isso, o UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Natal faz questão de acolher esses estudantes, garantindo que as aulas sejam pensadas e executadas com base em estratégias que tornem o processo de aprendizagem favorável e compatível com as habilidades do aluno. 

    O curso de Gastronomia da UNINASSAU Natal é referência no RN na inclusão de pessoas com Síndrome de Down, tendo formado, no final do ano passado, pela primeira vez em todo estado, uma pessoa diagnosticada com a síndrome, o jovem Fred Carvalho Filho, Fredinho, como é carinhosamente chamado. Isso só foi possível por meio da adaptação das aulas, pensadas com todo cuidado e dedicação para que o aluno tivesse o total aproveitamento do curso. “As aulas tendem a ser mais dinâmicas. Nas aulas práticas, procuramos ter mais atenção a ele, além das provas serem adaptadas para a realidade dele. Com Fredinho, por exemplo, como ele é bastante expressivo e gosta de redes sociais, nas minhas provas eu procurava cobrar uma gravação de vídeo explicando, por exemplo, como é feito uma guacamole. Assim eu conseguia avaliar se o conhecimento foi adquirido de forma construtiva”, conta o  professor Glauber Soares, gastrônomo e especialista em gastronomia regional brasileira.  

    O pai de Fredinho, o jornalista Fred Carvalho, conta que o desejo do filho de cursar Gastronomia veio desde o ensino fundamental, mas o processo de encontrar uma instituição que estivesse disposta a adaptar seus métodos para acolher um estudante com Síndrome de Down, no entanto, não foi simples. “Nós procuramos mais de uma instituição. Infelizmente, uma faculdade praticamente negou o acesso, fazendo um vestibular que não estava em condições de ser respondido por Fredinho. A UNINASSAU acolheu a família, dando todo o apoio e, mais ainda, se abrindo para achar soluções junto com a gente”, relembra o jornalista. “Todo o processo foi facilitado porque eu também decidi cursar gastronomia, e me formei na mesma turma que Fredinho”. 

    Ainda durante o curso, Fredinho fez história mais uma vez ao se inserir no mercado como profissional da área. Para isso, contou com a ajuda da mãe, Milena Araújo, sócia no “Du Fred Gastronomia”, empresa especializada na produção de molhos artesanais. Para o professor Glauber, essa conquista de Fredinho é um reflexo de como o apoio da família e da comunidade tem o poder de alavancar a vida profissional das pessoas com Síndrome de Down. “Um exemplo simples de como é possível termos um mercado de trabalho mais inclusivo, está na forma como Fredinho já concluiu o curso se apresentando como empreendedor. Nas cozinhas profissionais de um restaurante, podemos ter um auxiliar, cozinheiro ou chef com Síndrome de Down. Esse tabu tem que ser quebrado, pois a cozinha é um local mágico, onde, sem dúvida, esses novos alquimistas da Gastronomia podem trabalhar suas habilidades dando seu próprio show”.