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    Parque das Dunas promove Semana da Mata Atlântica de 25 a 27 de maio

    O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), por meio do Parque Estadual Dunas do Natal “Jornalista Luiz Maria Alves”, promoverá a Semana Estadual da Mata Atlântica de 25 a 27, na sede da Unidade de Conservação.

    No próximo sábado (27), comemora-se o Dia Nacional da Mata Atlântica. Esse bioma abriga uma grande diversidade de espécies de fauna e flora, incluindo várias ameaçadas de extinção. Sua preservação é essencial para manter a biodiversidade local, garantindo a sobrevivência de espécies importantes para o equilíbrio dos ecossistemas e para o potencial de pesquisa científica e bioprospecção.

    Nos dias 26 e 27, ocorrerá o minicurso Observação de Aves, ministrado pelo biólogo Jonas Filho. Como observador de aves desde maio de 2020, ele registrou mais de 350 espécies no Wikiaves, em 8 estados e 45 municípios diferentes. Os interessados podem se inscrever gratuitamente AQUI.

    A gestora do Parque das Dunas e presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CN-RBMA), Mary Sorage, destaca a importância desse bioma para o nosso estado. “A preservação da Mata Atlântica é um investimento no nosso futuro e do planeta. É um compromisso com a proteção da biodiversidade, a mitigação das mudanças climáticas, a segurança hídrica e a qualidade de vida das gerações presentes e futuras. Preparamos uma programação voltada para crianças e adultos, com uma variedade de atividades que buscam sensibilizar e envolver as pessoas na conservação desse bioma”, afirmou a gestora.

    Parque das Dunas

    A Unidade é reconhecida pela UNESCO como parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira. Essa Unidade é considerada o maior parque urbano sobre dunas do Brasil e desempenha um papel fundamental na qualidade de vida da população natalense, contribuindo tanto na recarga do lençol freático da cidade quanto na purificação do ar. Seu ecossistema de dunas é rico e diversificado, abrigando uma fauna e flora de grande valor bioecológico, incluindo diversas espécies em processo de extinção.

    Programação

    • Trilha dos sentidos

    Dias: 25 a 27/05 (quinta a sábado)

    Horário: 08h às 11h e 14h às 16h30

    • Minicurso Observação de Aves

    Dia: 26/05 (sexta-feira) – 14h – Curso teórico

    Dia: 27/05 (sábado) – 6h30 – Atividade prática

    Ministrante: Jonas Filho

    – Inscrições – AQUI

    • Trilha de Observação de Aves – Perobinha

    Dias: 25 e 26 (quinta e sexta-feira)

    Horário: 08h

    • Palestra do Ibama: o papel do Cetas com aves da Mata Atlântica

    Dia: 25/05 (quinta-feira)

    Horário: 08h às 11h

    • Roteiros pedagógicos com escolas do entorno do Parque

    Dias: 25 e 26 (quinta e sexta-feira)

    Horários: 08h às 11h e 14h às 16h30

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    Apenas 7% dos rios da Mata Atlântica apresentam água de boa qualidade

    Levantamento da organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica revelou que somente 6,8% dos rios da Mata Atlântica do país apresentam água de boa qualidade. A pesquisa não identificou corpos d’água com qualidade ótima. Mais de 20% dos pontos de rios analisados apresentam qualidade de água ruim ou péssima, ou seja, sem condições para usos na agricultura, na indústria ou para abastecimento humano, enquanto em 72,6% dos casos as amostras podem ser consideradas regulares.

    Os dados constam da nova edição da pesquisa O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, realizada pelo programa Observando os Rios da SOS Mata Atlântica. A entidade avalia que o Brasil ainda está distante de atingir o ideal de água em quantidade e qualidade para os diversos usos. O levantamento é divulgado no Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22).

    “Os resultados de 2021 nos mostram que a gente continua numa situação de alerta em relação à água, aos nossos rios, já que menos da metade da população brasileira tem acesso ao serviço de esgotamento sanitário. E os rios vão nos contar o que está acontecendo”, disse o coordenador do programa Observando os Rios, Gustavo Veronesi.

    Ele explicou que o retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica é um alerta para a condição ambiental da maioria dos rios nos estados do bioma. A inadequação da água para usos múltiplos e essenciais pode ser, segundo a entidade, consequência de fatores como a poluição, a degradação dos solos e das matas nativas, além das precárias condições de saneamento. 

    Veronesi acrescentou que as populações mais pobres são as mais afetadas pelas deficiências de estrutura de atendimento ao fundamental, que são água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos e manejo de águas de chuva, pilares do saneamento básico.

    Os indicadores foram obtidos entre janeiro e dezembro de 2021 por 106 grupos voluntários de monitoramento da qualidade da água. Foram realizadas 615 análises em 146 pontos de coleta de 90 rios e corpos d’água de 65 municípios em 16 estados do bioma Mata Atlântica. Esses estados são Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

    De acordo com a SOS Mata Atlântica, houve pouca alteração em relação aos resultados do período anterior de monitoramento, no ano passado, com alguns casos localizados. As análises comparativas dos anos de 2020 e 2021 consideram os indicadores aferidos em 116 pontos fixos de monitoramento. Em 2021, foram nove pontos com qualidade boa (em 2020 eram 12); 84 com qualidade regular (80 em 2020); 22, ruins (21 no ano anterior) e apenas uma péssima, enquanto em 2020 foram três.

    Sobre o fato de não haver grandes avanços de um ano para outro, Veronesi ressaltou que o processo de recuperação é muito mais lento que a ocorrência da poluição. “Um serviço de saneamento é muito demorado para dar resultado, vide o projeto de despoluição do Rio Tietê, são 30 anos para a gente conseguir aferir melhoras em alguns pontos, em alguns rios das bacias do Alto e Médio Tietê”.

    “Sujar um rio é questão de segundos, é fácil. Agora limpar, despoluir, é muito mais demorado, porque depende do tempo de a natureza também se autodepurar e a gente parar também, a nossa natureza humana parar de sujar. O Rio não é sujo, quem suja somos nós. Somos os responsáveis pela sujeira e também pela limpeza, então é um esforço de toda a sociedade e, óbvio, o poder público tem papel central”.

    Para Veronesi, uma das soluções passa por conter o desmatamento ilegal. “Isso é uma questão que deveria ser de primeira ordem, de primeira necessidade, até por questões de emergência climática, e a Mata Atlântica é um dos biomas mais importantes para a gente conter o aquecimento global”, disse. Ele citou a necessidade de políticas públicas mais efetivas relacionadas ao reflorestamento, à preservação das áreas de proteção permanente e à restrição do uso de agrotóxicos.

    No Rio Grande do Norte, a água dos rios Jaguaribe e Potengi foi considerada regular.

    Clique aqui e acesse o estudo completo

    Com informações da Agência Brasil