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    Exposições “Muirakytan: o pixador de livros” e “Mitos enredados” começam nesta quinta-feira (22) na Pinacoteca do Estado

    A Editora da UFRN (EDUFRN) realiza, a partir desta quinta-feira, 22 de dezembro, às 16h, as exposições dos livros intitulados Muirakytan: o pixador de livros, de Ana de Santana, e Mitos enredados, de Angela Almeida. A exposição acontece até 4 de março, na Pinacoteca, localizada na Cidade Alta, em Natal. 

    A obra Muirakytan: o pixador de livros foi publicada com o intuito de ser uma homenagem a Muirakytan Macêdo, professor do Departamento de História (DHC), do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), falecido em 2021. O livro é um conjunto de ilustrações realizadas por ele sobre folhas de rosto dos livros lidos pelo docente. 

    A transposição das obras originais para o livro foi realizada a partir de montagens de fotografias. A autora Ana de Santana, professora aposentada da UFRN, ressalta a abundância de cores nas intervenções realizadas e explica que estão desenhadas formas assimétricas de diversas figuras.

    Já o livro Mitos enredados apresenta expressões artísticas realizadas nas interpretações de Angela Almeida, professora do Centro de Educação (CE) da UFRN, acerca de figuras de mitos analisadas por ela. Na publicação, a autora se apoia nas obras O livro dos seres imaginários, de Jorge Luis Borges, O cru e o cozido: Mitológicas 1, de Claude Lévi-Strauss, e Geografia dos mitos brasileiros, de Câmara Cascudo.

    A Editora

    A EDUFRN foi fundada em 1962 e se tornou referência no estado por suas publicações impressas ou em formato digital, estas disponíveis no Repositório Institucional da UFRN, e pela divulgação do conhecimento científico, além dos títulos de natureza artístico-cultural. Em 2022, a editora completou 60 anos de atividade. A curadoria do evento é realizada por Rafael Campos, Angela Almeida e Helton Rubiano

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    “Exposição Moderno – Pra contemplação dos olhos de hoje” segue até outubro na Pinacoteca do Estado

    A curadoria de Manoel Onofre Neto resgata o Modernismo a partir das obras de Ângela Almeida e Selma Bezerra, professoras da UFRN, na Exposição Moderno – Pra contemplação dos olhos de hoje. A exposição, que traz exemplares das obras dos artistas modernistas do Rio Grande do Norte, conta também com duas obras exclusivas de Newton Navarro, pintadas em 1948. O evento acontece na Pinacoteca do estado, aberta ao público de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos, das 10h às 14h, até o dia 2 de outubro. 

    Ilustração da exposição modernista – Foto: Ângela Almeida

    Em uma estratégica apropriação do título de um poema do modernista potiguar Jorge Fernandes, Moderno… (com reticências), as autoras procuram traduzir a diversidade e pluralidade que foi o movimento modernista brasileiro. O curador construiu uma estrutura que conecta as obras de expoentes das artes plásticas do Rio Grande do Norte, como Dorian Gray, Newton Navarro, Erasmo Xavier e Ivon Rodrigues, às obras de Ângela e Selma. “Ele criou um diálogo entre os meus trabalhos (são quatro séries) e os trabalhos de Selma Bezerra”, conta a artista e professora do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo da UFRN, Ângela Almeida.

    A mostra dá um salto de 60 anos no Modernismo a partir de outra estrutura e outro pensamento estético. Na seleção ainda cabem Palmyra Wanderley, José Bezerra Gomes, Oswaldo Lamartine e Zila Mamede. Essa seleção de artistas visuais e da literatura potiguar modernista, ou que flerta com o Modernismo, é homenageada por Ângela e Selma Bezerra Jerônimo, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT/UFRN) e professora titular do Departamento de Bioquímica da UFRN. O curador conta que Ângela passeia por diferentes suportes, técnicas e paletas, quase sempre saturadas, com texturas e representações simbólicas intrincadas. Sua criação, contemporânea e com remanescência modernista, é concebida em três atos: Paisagens Originárias – Bordados, Vaqueiros em Flores e Eu Como Somos.

    Nas comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 22, Selma Bezerra mergulhou na obra de Tarsila do Amaral e, a partir dela, apropriando-se de referências estéticas da fase pau-brasil da artista, concebeu a série Tarsilianas, em que apresenta, de forma elegante e com forte apelo poético, um sertão solar, verdejante e florido, como registrado magistralmente no poema modernista Não gosto de sertão verde, de Câmara Cascudo. A artista explora as possibilidades estéticas de um sertão pouco revelado, ancorando sua criação em produções literárias dos nossos primeiros modernistas, igualmente homenageados na obra de Ângela, traduzindo-se em uma rara experiência, ao mesmo tempo pictórica e literária, para contemplação dos olhos de hoje.