Clínica Escola da UFRN oferece teleatendimento em Fisioterapia

Com o auxílio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a Telereabilitação promove atendimentos profissionais on-line e permite que pacientes acometidos por problemas como dores crônicas e doenças neurológicas possam recuperar suas capacidades físicas e funcionais. Considerando a importância  dessa atividade, sobretudo para pessoas que moram em regiões afastadas dos serviços de saúde, um projeto da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa/UFRN) oferece teleatendimento em Fisioterapia para pessoas maiores de 18 anos e que apresentam problemas neurológicos, ortopédicos ou reumatológicos.

A iniciativa integra as atividades de extensão desenvolvidas pela Clínica Escola de Fisioterapia (Facisa/UFRN)  e, desde 2020, vem atuando com a colaboração de alunos de Fisioterapia do 5°, 7° e 9° período e profissionais da Unidade. A fisioterapeuta Thaiana Pacheco, coordenadora da ação, observa que, além da importância do teleatendimento na redução das distâncias geográficas e no alcance de pessoas com problemas de deslocamento, esse trabalho fomenta a autonomia do paciente em seu processo de recuperação.   

“A gente faz o atendimento de forma remota e realiza a prescrição do exercício para ele (paciente) ficar fazendo ao longo da sua semana e da sua rotina. E, semanalmente, fazemos o retorno e os  acompanhamentos para ver se precisa ajustar algo na dose do exercício e na intensidade. Então é uma modalidade que estimula muito a autonomia e a independência do paciente, algo que chamamos de autogerenciamento da saúde do paciente”, esclarece. 

A fisioterapeuta adverte que, nesse processo de atividades em domicílio, mesmo com os benefícios citados, há também alguns desafios, como o acesso à internet — considerando a carência no letramento digital e a disposição de redes instáveis — e a dificuldade de adaptar determinadas práticas terapêuticas para a modalidade virtual. No caso desta última, práticas como a  terapia manual (conjunto de técnicas responsáveis por avaliar as dores e problemas no funcionamento do corpo do paciente), por exemplo, não podem ser realizadas on-line. 

“Isso é uma coisa que dificulta, mas não impede de realizar o que é possível.  O paciente consegue ter melhoras. Inclusive, tem alguns que optam por não voltar para o presencial e continuam fazendo on-line. A gente observa que, mesmo diante das limitações, o paciente sempre busca soluções”, reconhece. Por outro lado, ela observa que ainda existe um certa resistência de profissionais de Fisioterapia para iniciar seu trabalho na Telereabilitação,  visto que isso exige sair da zona de conforto para inovar e aprender a manusear determinadas ferramentas que dão suporte ao  teleatendimento. 

Pensando nisso, os alunos de Fisioterapia que colaboraram com o projeto passam por capacitações e treinamentos não só para entender, mas também aplicar a  telereabilitação.  Além disso, as atividades realizadas pelos discentes, com a supervisão de profissionais  de Fisioterapia, acompanham seus níveis de experiência na graduação. Isso significa que o aluno sem muitas vivências na prática em saúde também pode colaborar, seja no desenvolvimento de conteúdo ou na supervisão e acompanhamento de atendimentos realizados por graduandos em estágios mais avançados. 

Para este ano, as expectativas da iniciativa estão na sua permanência on-line, mesmo em um contexto de retomada de atividades presenciais, e no alcance de públicos de diferentes municípios e regiões do Brasil. Os interessados pelo serviço podem realizar a inscrição entrando em contato pelo direct do perfil do projeto no Instagram. Uma vez manifestado o interesse, o paciente  preenche um formulário com dados gerais e, na sequência, passa por uma avaliação on-line e começa a desfrutar dos atendimentos fisioterapêuticos semanais com os alunos e a supervisão das fisioterapeutas coordenadoras.

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