Horta orgânica dentro do Hospital João Machado integra projeto de sustentabilidade

Em outubro do ano passado as primeiras sementes foram plantadas e hoje o Hospital Geral Dr. João Machado, em Natal, literalmente colhe os frutos de um trabalho de investimento na sustentabilidade e gestão ambiental, através de uma horta orgânica criada dentro da instituição.

São pés de alface, couve, coentro, quiabo, tomate cereja, berinjela, abobrinha e melão, cultivados de forma orgânica, livre de agrotóxicos, e que são utilizados como parte das refeições produzidas na cozinha do hospital e servidas aos pacientes, acompanhantes e servidores.

Com quase 5 hectares, o terreno onde funciona o hospital João Machado precisa de uma manutenção constante. Dentro do processo de reforma administrativa da unidade – que desde setembro de 2021 mudou seu perfil de atendimento para hospital geral – foi detectada a importância de uma equipe de gestão ambiental, integrando os serviços de apoio e manutenção.

“O nosso desafio era usar esse grande terreno de modo produtivo e com uma baixa manutenção e baixo custo. A horta veio dessa necessidade. Foi montada com restos de telhas que já existiam no hospital, recebemos doações de caixas da Unicat, o adubo vem da compostagem dos restos de alimentos e a rega é feita através de um temporizador de irrigação. Recebemos dois servidores com conhecimento técnico em gestão ambiental e vigilância sanitária e estamos organizando toda nossa área externa”, explicou a diretora geral do hospital João Machado, Leidiane Queiroz.

Os dois servidores são Ozias Alves e João Maria Barbosa, gestores ambientais, responsáveis pela implantação da horta orgânica e também pelo gerenciamento dos resíduos sólidos e lixo hospitalar.

“Temos esse olhar mais aguçado com relação aos riscos sanitários e ambientais, controle de pragas e vetores, do lixo hospitalar e da água para consumo, sempre buscando trazer a sustentabilidade, diminuindo o que se gasta”, explicou Ozias.

Os técnicos já deram palestras e orientaram a equipe da cozinha sobre o descarte dos resíduos, além de orientações de como podem também manter uma horta em casa. “Nosso objetivo é fornecer um alimento saudável e sem gastar com insumos, promover a sustentabilidade. Aqui no hospital temos uma alta oferta de folhas das árvores para usar como adubo, restos de comida para uma compostagem linear orgânica, fizemos os canteiros com telhas. Além disso a horta ainda serve como local para o desenvolvimento de atividades terapêuticas para os pacientes e servidores também”, disse João Maria Barbosa.

Nas segundas, quartas e sextas as hortaliças e folhosos são colhidos e entregues para o setor de nutrição do hospital. Todos os legumes vão direto para a cozinha, o que contribui para que o cardápio dos pacientes tenha maior variabilidade. A expectativa é em breve expandir o cultivo e iniciar também a criação de um pomar, com árvores frutíferas, como acerola e limão.

“Além da gestão do ambiente, estamos em busca desse custo zero, que é usar o resto de comida da cozinha e as folhagens para virar adubo, integrar uma rede de hortas urbanas em Natal, onde um setor doa o adubo, o outro doa sementes, materiais. É uma cadeia de estímulo à produção de hortas urbanas que a gente está fazendo parte. Tudo isso influi no meio ambiente e até no leito, tanto na questão da alimentação do paciente, quanto no espaço ao redor dele, que ele vê que está sendo bem cuidado, além da integração dos pacientes e servidores. A horta está interligada a um projeto maior do hospital que é de torna-lo referência nessa questão de meio ambiente e sustentabilidade”, concluiu a diretora do hospital.

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