O Coletivo CIDA (RN), formado por artistas com e sem deficiências, foi premiado pela segunda vez em editais da Fundação Nacional de Artes – Funarte e nomeado nos editais de Dança Acessível – Prêmio Festival Funarte Acessibilidança 2021 e Funarte Circulação das Artes – Edição Centro-Oeste, ambos com o novo trabalho da companhia intitulado Corpos Turvos.
O edital Dança Acessível premiou em âmbito nacional, 25 companhias de dança que trabalham como concepção cênica Dança, Acessibilidade & Inclusão. Já o edital de Circulação das Artes, selecionou 15 iniciativas artísticas para executar apresentações de Artes Cênicas em espaços urbanos das capitais da região Centro-Oeste (Brasília-DF, Goiânia-GO, Cuiabá-MT e Campo Grande-MS), neste edital, apenas três espetáculos de dança foram selecionados no Brasil todo. Os contemplados devem executar os trabalhos em 2022.
“Ter sido contemplados pela segunda vez no Dança Acessível – Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual, por exemplo, para nós é sinônimo de reconhecimento, de trabalho bem feito. Estamos mais uma vez, em meio a grandes artistas pensadores da dança que relacionam as diferenças em seu modo de fazer, profissionais que sem dúvida foram em algum momento referências para nossos percursos para com a dança e a acessibilidade. E não para por aí! Tivemos outra grande premiação, o Edital Funarte Circulação das Artes – Edição Centro-Oeste! Sinto que nossa dança alça novos e mais desafiadores voos. Nosso percurso enquanto coletivo tem se ampliado a cada nova realização”, comenta René Loui, um dos integrantes do Coletivo CIDA e coreógrafo de Corpos Turvos.
Para comemorar a aprovação nos editais da Funarte, o Coletivo apresenta novamente Corpos Turvos no próximo domingo (12) às 20h através do canal do CIDA no Youtube.
CORPOS TURVOS
Pensado coreograficamente de modo a não excluir a pessoa com deficiência, contrariamente, se constrói a partir das possibilidades de cada corpo que dança, Corpos Turvos problematiza pela linguagem da dança os padrões de invisibilização de corpos pretos, pobres, periféricos, soropositivos, corpos pertencentes da ampla comunidade LGBTQIAP+ e ainda corpos com alguma deficiência, é também uma urgência da sobrevivência, é um pedido por empatia, é um grito de socorro para que esses corpos deixem de ser números.
Corpos Turvos teve pesquisa iniciada no ano de 2019, a partir da residência artística na Odisha Biennale, na Índia. A obra foi inicialmente pensada como um espetáculo solo para os formatos presenciais. A partir de outra residência artística virtual entre René Loui e Jussara Belchior (SC), dois pesquisadores das diferenças na dança, o trabalho se concretiza como obra audiovisual de dança desenvolvida colaborativamente entre o Coletivo CIDA, a Ilha Deserta Filmes e a Astromar Filmes.
COLETIVO CIDA:
Fundado por Arthur Moura, René Loui e Rozeane Oliveira o Coletivo CIDA é um núcleo artístico de dança contemporânea e performance, fundado no ano de 2016 por jovens artistas emergentes das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, com objetivo da profissionalização e subsistência através da dança.
SERVIÇO:
Exibição de Corpos Turvos
Domingo (12) às 20h no Youtube do Coletivo Cida
Classificação indicativa: 18 anos