A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e o Fórum Estadual de Educação promoveram, na tarde desta segunda-feira (29), um debate sobre a situação da educação no estado. Uma pesquisa sobre as desigualdades educacionais do estados nos últimos 20 anos foi apresentada e discutida por educadores e pela deputada Isolda Dantas (PT), presidente da comissão. No levantamento, dados sobre evasão escolar, aprendizagem e projeções de vagas foram debatidas, apontando para uma situação preocupante no Rio Grande do Norte. Realizada por professores do Departamento de Administração Pública e Gestão Social da UFRN, o “Diagnóstico das Desigualdades Educacionais no RN” foi apresentada pela professora e pesquisadora Lilia Asuca Sumiya. Com vários números e análises de desempenho dos estudantes, ficou comprovada a necessidade de se buscar a melhoria na educação não somente pública, mas também privada, no Rio Grande do Norte. O estado, por exemplo, está na segunda pior posição sobre o aprendizado de matemática para alunos do 5º ano. Ainda no levantamento apresentado, a professora expôs projeções preocupantes com relação à evasão escolar, além de que em 2040 haverá mais vagas disponíveis do que população na faixa etária para frequentar a escola, com exceção das creches. Ela relatou que é preciso uma discussão ampla para sanar os efeitos negativos da pandemia na Educação. A deputada Isolda Dantas ressaltou que o debate precisa ser feito. Há um ano da revisão do Plano Estadual de Educação, ela também defendeu uma revisão das metas, considerando os efeitos de dois anos da pandemia do coronavírus. “Acho que as metas precisam ser alteradas porque tivemos 2 anos fora da curva, com desafios para os professores, alunos e famílias. Temos um lapso, e precisamos olhar para ele e identificar que desafios são esses”, disse. O professor da UFRN André Silva sugeriu que a Assembleia Legislativa possa iniciar e aprofundar o debate sobre a educação do Rio Grande do Norte, propondo políticas públicas para a melhoria. “Está na hora da gente parar de esperar as discussões do governo federal. É preciso que o governo estadual comece a liderar as discussões também”, disse. Já Ruth Oliveira, representante do Fórum Estadual de Educação, também pediu que o papel do parlamento e da própria entidade seja de buscar melhorias para a educação pública. “Penso que devemos enquanto Fórum Estadual de Educação, juntos aqui, não devemos apenas avaliar e monitorar, mas pensar como podemos melhorar a educação do estado.” |