Governo tentar resgatar projeto de recuperação de Casas de Cultura com o BNDES
Recuperar e revitalizar as Casas de Cultura no Rio Grande do Norte foi pauta da reunião do Governo do Estado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que aconteceu nessa terça-feira (9), em Brasília. Acompanhada da secretária extraordinária da Cultura, Mary Land Brito, a governadora Fátima Bezerra tratou do resgate de um projeto de recuperação de um conjunto de 15 espaços culturais com a presidente em exercício do BNDES, Tereza Helena Campelo.
“Uma conversa importante para que nós possamos recuperar esse projeto de apoio ao patrimônio cultural do nosso Rio Grande do Norte. É fundamental ressaltar que as Casas de Cultura Popular foram idealizadas para descentralizar e democratizar as ações do Estado na área da cultura. Na maior parte dos municípios, elas são o único equipamento cultural existente e precisamos dar toda nossa atenção para preservar e revitalizá-las”, ressaltou a chefe do executivo estadual, Fátima Bezerra.
No RN, existem hoje pertencentes à estrutura administrativa da Fundação José Augusto (FJA), 27 Casas de Cultura em funcionamento, espalhadas por todas as regiões do estado. Criadas em 2003 e abrigadas em prédios de inegável valor arquitetônico e histórico, as Casas de Cultura são equipamentos culturais multiplicadores da cultura potiguar. Os prédios, casarões históricos, sobrados neocoloniais, antigas estações de trem e usinas de beneficiamento de algodão estão localizados em 15 municípios: Alexandria, Caraúbas, Cruzeta, Currais Novos, Florânia, Grossos, Janduís, Jardim do Seridó, João Câmara, Lajes, Macaíba, Parelhas, São José do Campestre, Umarizal e Viçosa.
A secretaria extraordinária da Cultura e a FJA têm atuado para retomada do projeto de 2021, que foi aprovado no Edital do BNDES intitulado “Recuperação do Espaço Físico das Casas de Cultura Popular, renovação do mobiliário dos auditórios e aquisição de equipamentos”.
Sobre as Casas de Cultura
Criadas em 2003, na gestão do escritor François Silvestre, muitos prédios que abrigam as Casas de Cultura Popular destacam-se pela singularidade arquitetônica e pelo significado histórico que guardam para a história local. São casarões e locais restaurados para abrigar a produção cultural produzida pela sociedade local, de modo espontâneo ou estimulada pelas políticas públicas formuladas pelo Governo do Estado através da Fundação José Augusto.
Adaptadas em prédios antigos ou já com algumas décadas de construção, todas elas carentes de reformas e de equipamentos que as ajudem a melhor desempenhar sua função, as Casas de Cultura Popular foram idealizadas para descentralizar e democratizar as ações do Estado na área da cultura. Na maior parte dos municípios, elas são o único equipamento cultural existente, lugar que abriga uma ampla gama de atividades culturais. Elas precisam, portanto, de uma estrutura, arquitetônica e de equipamentos, adequada à diversidade das atividades e eventos que podem e devem abrigar.
Complexo da Rampa
A agenda da governadora em Brasília, incluiu ainda uma reunião com a diretoria do Banco do Brasil para apresentação do Complexo Cultural Rampa para possíveis ações de parceria neste equipamento.
O Complexo Cultural Rampa, inaugurado em janeiro de 2023, é um acervo patrimonial do Estado com 11 mil metros quadrados de terreno e 2.800 metros quadrados de área construída, o complexo abriga o “Memorial do Aviador” e o “Museu da Rampa”.
Além do potencial cultural, a governadora Fátima Bezerra ressalta a importância histórica do Complexo, desde sua construção em 1930 até a Conferência do Potengi durante a Segunda Guerra Mundial. O imóvel é reconhecido como parte do conjunto urbanístico e arquitetônico da cidade, sendo um sítio representativo da história da capital potiguar.
“Vamos continuar com uma série de reuniões e planejamento para ver a forma que o Banco do Brasil pode atuar no Complexo Cultural da Rampa e a gente sabe o quanto isso é importante para que a população do Rio Grande do Norte possa ter acesso à uma programação de extrema qualidade e diversidade que o Banco do Brasil tem em seus centros culturais”, afirma a secretária extraordinária da Cultura, Mary Land Brito.