O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou 2021 a 10,06% Esse é o maior nível para um ano desde 2015, quando foi de 10,67%. Em 2020, a inflação foi de 4,52%.
O resultado ficou bem acima do centro da meta estabelecida pelo BC (Banco Central) para o ano passado, que era de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Os dados foram divulgados nessa segunda-feira, 10, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.
O resultado da inflação de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo de transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no acumulado do ano. A categoria foi afetada principalmente pela alta dos combustíveis.
O preço dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%) também foi destaque.
A inflação do ano passado também foi puxada pelo grupo habitação (13,05%). De acordo com o IBGE, a alta foi influenciada pelo aumento da energia elétrica (21,21%).
Já o gás de botijão (36,99%) subiu todos os meses de 2021 e teve o segundo maior impacto no grupo.