Figura central do movimento Mangue Beat, o pernambucano Chico Science (1966-1997) entrou para a história da música brasileira quando criou, ao lado da Nação Zumbi e seus pares, uma música original a partir da fusão de ritmos tradicionais como maracatu, ciranda e coco, com as sonoridades contemporâneas como rock psicodélico,funk e rap. Suas músicas figuram até hoje nas playlists mais antenadas do Brasil e do mundo, mas é no mês de fevereiro que o nome do gênio do mangue é lembrado. A reverência está ligada à morte precoce do artista no auge da carreira, em 2 de fevereiro de 1997, quando sofreu um acidente de carro a caminho de Olinda, às vésperas do carnaval.
Em Natal, o “Tributo a Chico Science” tem uma longa história de homenagens. Começou faz 11 anos na praia de Santa Rita e há 9 edições se reveza entre Redinha, Pipa e Natal. Agora os mangueboys se reencontram para lembrar os 25 anos da morte de Francisco de Assis França. O Tributo acontece dia 5 de fevereiro na rua lateral do Museu Café Filho, adjacências do Beco da Lama, Centro Histórico de Natal.
Na programação estarão a banda Catumbi, discotecagem de Dj Russo Camarão Nativo e Radiola Lunar, além da Orquestra DuMangue, um coletivo de músicos encabeçado pelo guitarrista Jonathan Misack e convidados Chico Bomba, Carcará na Viagem, MaGodaSilva, Vic Kabulosa, Pretta Soul, Mestre Elzo e muito mais. A programação ainda conta com um cortejo levado pelos batuques da Orquestra titular. “Sempre fizemos o tributo na data próxima de seu aniversário de morte, que é também o Dia de Iemanjá. Será o momento da gente celebrar Chico Science e o Manguebeat”, comentou Daniel.
A realização é da Heenalu Cultural e produção da Toca Produções, de Daniel Souza (Russo), O evento tem entrada gratuita, mas o acesso somente com máscara e o passaporte vacinal, com no mínimo as duas doses da vacina contra a Covid.
O repertório terá versões dos hits da Nação Zumbi na era Chico Science: “Da Lama ao Caos”, “Manguetown”, “A cidade”, “Risoflora”, “Maracatu atômico”, “Corpo de lama”, “A praieira”, “Rios, pontes e overdrives”, “Macô”, “Amor de muito”, “Maracatu de Tiro Certeiro”, entre outras canções clássicas. Da era Chico, a Nação deixou dois discos gravados, “Da Lama ao Caos” e “Afrociberdelia”.
SERVIÇO:
11º Tributo a Chico Science e 25 anos de morte. Ao lado do Museu Café Filho, Centro Histórico, a partir das 15h. Acesso somente com passaporte vacinal contra Covid e máscara.
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