O avanço da variante ômicron tem mexido com o dia-a-dia de todos que acharam que a pandemia já acabou. Não acabou. O cancelamento de festivais de música e do carnaval de rua em várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Olinda estão aí provando que os cuidados devem ser redobrados.
Não é porque a maioria dos brasileiros já tomou, pelo menos, duas doses da vacina contra a Covid-19 que pode liberar geral. Não pode e as aglomerações das festas de fim de ano comprovam isso. Para onde se olhe, hospitais e unidades de saúde lotados, filas e mais filas para exames e testes em laboratórios e farmácias.
O surto de gripe não melhora o quadro. Aliás, só confunde. Como a ômicron tem se apresentado no mundo, com sintomas menos graves e diferentes de variantes anteriores, é comum ficar em dúvida em relação a sintomas como febre, dor de cabeça, mal estar e coriza. Isso porque as doenças respiratórias, que também incluem resfriado e gripe, costumam apresentar sinais bem parecidos, por afetarem as mesmas regiões do corpo. Alguns especialistas dizem que “covid e gripe ‘derrubam’. O resfriado só ‘atrapalha’ a rotina”.
Para a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, diante do que já se verificou em países do Hemisfério Norte, onde a variante se espalhou em grandes proporções, o momento é de retroceder. “É preciso que a população entenda que mudou. Não podemos mais relaxar de maneira nenhuma”, disse.
Para tentar entender um pouco, o Blog traz as características das doenças que assustam nossos dias:
Ômicron
A nova variante costuma provocar sintomas com menor intensidade em comparação com as demais cepas que já se espalharam até então. Estudos apontam que a ômicron costuma causar coriza, dor de cabeça, cansaço, espirros e dor de garganta. Os sintomas melhoram, em média, cinco dias após o início. A febre também pode surgir, mas com menos frequência.
Gripe
De acordo com o Instituto Butantan, os principais sintomas da gripe são: febre súbita, tosse (geralmente seca), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. Os sinais da gripe costumam durar de cinco a sete dias, sendo que a tosse pode levar duas semanas ou mais para desaparecer.
Resfriado
Tem sintomas mais leves que a gripe e se parece bem mais com os sinais dados pela ômicron. Os principais sintomas do resfriado são: coriza (nariz escorrendo com secreção aquosa e transparente), nariz entupido, espirros, dor de garganta e febre baixa (mais comum em crianças — adolescentes e adultos não costumam apresentar). Os sinais costumam durar de três a quatro dias, mas podem se prolongar em fumantes, chegando a até dez dias.
Prevenir é o melhor remédio
Há medidas que ajudam a prevenir as três doenças, como uso de máscaras, higienização recorrente das mãos e distanciamento social. Com os estudos apontando a maior transmissibilidade da ômicron, especialistas recomendam o uso de máscaras mais filtrantes, como a PFF2 ou N95. Caso não seja possível, a orientação é usar duas máscaras: a cirúrgica por baixo e a de pano por cima, ou usar uma máscara de pano com camada dupla.
Mas, nada se compara à vacina, que é o método mais eficaz de prevenção. Elas não impedem totalmente o contágio, mas reduzem drasticamente a gravidade, mesmo se não tiverem sido desenvolvidas especificamente para a variante dominante no momento.
Se mesmo assim, você adoecer, mantenha a calma. Observe os sintomas, tente repousar e se hidrate bem. Água, sucos, chás e sopas ajudam bastante. Verifique a temperatura e, se o quadro se agravar, com febres acima de 39º, vômitos e dificuldade para respirar, procure o serviço médico de emergência.
Com informações das Agências Brasil e Globo.