Com o depoimento da advogada Bruna Morato, que representa 12 profissionais da operadora de saúde Prevent Senior, à CPI da Covid nesta terça-feira (28), eu finalmente entendo a expressão: “é de cair o c* da bunda!”.
É assombroso, horripilante, completamente inexplicável, desumano, estarrecedor que um plano de saúde – DE SAÚDE – tenha brincado de Deus e acabado com a vida de tantas pessoas.
Fazer um pacto para validar uma medicação que não tem eficácia sobre a doença para evitar um lockdown, obrigar médicos – sob ameaça de demissão – a receitar esses medicamentos ineficazes para a Covid-19 e causadores de sei lá quantos efeitos colaterais, tirar idosos doentes de UTI e desligar o oxigênio do paciente que chegava a 14 dias de internado para falsear dados, considerar morte como “alta hospitalar”, conduzir um tratamento experimental com uma droga contra o câncer sem que os pacientes soubessem que eram cobaias… A única palavra que me vem à cabeça para qualificar tudo isso que a gente está começando a saber que eles fizeram é CRIME.
Crime contra a Humanidade, crime contra a Medicina, crime contra o Idoso, crime contra o Consumidor. É crime e todos os envolvidos têm que ser presos e julgados.
Não está se falando aqui de um Clube de Idosos – o que também seria crime. Mas, de uma empresa que tem mais de 500 mil assegurados e que distribuiu medicamentos em massa. E quando a gente fala em remédio, é sempre bom lembrar que a diferença deles para o veneno são as doses.
Segundo o relato de Bruna Morato, a Prevent Senior produziria informações para convergir com a teoria do governo federal de tratamento precoce, com uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid.
“Existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo. Eles desenvolveram uma estratégia: através do aconselhamento de médicos, esses médicos eu posso citar de forma nominal – Anthony Wong, Nise Yamaguchi, Paolo Zanotto – e que a Prevent Senior ia entrar para colaborar com essas pessoas. É como se fosse uma troca, a qual chamamos na denúncia de pacto, porque assim me foi dito. O que eles falavam eram em alinhamento ideológico. Tinha que dar esperança para as pessoas irem às ruas, e essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina”, disse a advogada Bruna Morato.
De acordo com a advogada, cada médico teria uma atribuição específica dentro desse “pacto”. A Anthony Wong caberia “desenvolver um conjunto medicamentoso atóxico”, enquanto a médica Nise Yamaguchi “deveria disseminar informações a respeito da resposta imunológica das pessoas”.
Já o virologista Paolo Zanotto deveria trabalhar na comunicação, falando a respeito do vírus e do tratamento “de forma mais abrangente” e “evocando notícias”.
A advogada afirmou ainda que a “aliança” com esse conjunto de assessores do Governo Federal transferiu “certa segurança” à Prevent Senior de que não sofreria fiscalizações por parte do Ministério da Saúde ou de órgãos vinculados à pasta.
Quem deu garantias de impunidade a essas pessoas? Quem deu voz a essas ideias? Até quando teremos que conviver com esse circo de horrores? Ainda existe Justiça neste país?