Discutir a ancestralidade indígena no Seridó e as retomadas de territórios ancestrais na região. Esse é o objetivo da 2ª Roda de Conversa Seridó e Território Indígena, que acontece no dia 18 de abril no anfiteatro do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), em Caicó. As inscrições serão realizadas presencialmente no evento, das 8h às 11h.
A conversa é conduzida pela ativista Taciana Akripe Y’Wán, pelo músico Julhin de Tia Lica e pelo professor da educação básica Veranilson Santos Pereira, que debaterão a história indígena no Seridó. A ação foi organizada com o apoio de pessoas indígenas e de pesquisadores dos cursos de História, de Pedagogia e de Geografia do Ceres.
O evento marca o Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril, e o Abril Indígena, um conjunto de atividades voltadas para dar visibilidade e valorizar a cultura, a história, a diversidade e a resistência dos povos indígenas do Brasil.
Para Leandro Cavalcante, professor do Ceres e coordenador da roda de conversa, a ação é uma forma de lançar luz aos desafios na demarcação da territorialidade indígena. “O evento é importante para evidenciar a existência e a resistência das populações indígenas do Seridó, uma região marcada por séculos de opressão, violência, extermínio e invisibilização de seus povos originários”, declara.
Já Helder Macedo, professor do Ceres que será o mediador do evento, afirma que a roda de conversa é relevante para o Seridó por ser uma região que teve sua história construída a partir do apagamento das sociedades nativas e que, recentemente, vem se atentando mais à presença indígena no território. Para o pesquisador, fatores chaves para essa mudança são as pesquisas desenvolvidas no Ceres acerca da história indígena durante o período colonial e o crescente número de pessoas autodeclaradas indígenas no Seridó.
Para mais informações, acesse o Instagram do evento.