Espaço do Sebrae na 29ª Fiart vai destacar artesanatos tradicionais e remanescentes

Os artesãos potiguares se preparam para a 29ª edição da Feira Internacional de Artesanato (Fiart), que começa no dia 19 de janeiro. Em 2024, o Sebrae no Rio Grande do Norte terá novamente um espaço para destacar o melhor do que é produzido em termos de manualidades no estado. Representantes de 16 grupos produtores de todas as regiões do estado estarão expondo para comercialização peças em diversas tipologias. Uma das novidades é o enfoque dado a tipologias que correm risco de se extinguirem. O trabalho de grupos que participam da ação inédita de consultoria especializada na área de Resgate de Tipologias, aplicada entre 72 artesãos de cinco cidades do estado. A 29ª Fiart será realizada entre os dias 19 e 27 de janeiro, no Centro de Convenções de Natal.

O visitante poderá encontrar no Espaço do Sebrae na Fiart uma diversidade de peças utilitárias e decorativas em tipologias variadas, como bordados, arte em crochê e em MDF, pintura em materiais reciclados, cerâmica e fibras. Serão 11 artesãos que tiveram as peças selecionadas por meio de edital de curadoria. Todos os trabalhos inscritos passaram por uma avaliação levando em conta critérios, como criatividade, originalidade, referência à cultura popular, linguagem própria, tradição, inovação, expressão, contemporânea e apresentação do produto. 11 trabalhos melhores avaliados foram escolhidos para compor o acervo do espaço, durante o evento.

De acordo com o gestor do projeto de Economia Criativa do Sebrae-RN, Ítalo Bruno, além da área dedicada somente ao artesanato, que compreende 98 metros quadrados, outros itens específicos do Rio Grande do Norte também estarão presentes na 29ª Fiart. “O espaço do Sebrae terá novas atrações além do artesanato, em estandes voltados para a Rota da Cerveja Potiguar, a Rota da Cachaça e a Rota do Queijo, com as queijeiras do Programa do Empreender, o Empreleite”, adianta o gestor.

O Sebrae também pretende chamar a atenção do público para a questão de artes que estão desaparecendo do meio artesanal do Rio Grande do Norte. O Sebrae vai levar à principal feira de artesanato do Nordeste exemplares de peças, oriundas de grupos produtores que atuam com artes remanescentes. São 72 grupos produtores de cinco cidades potiguares.-

“Estaremos com cinco artesãos que são oriundos de uma consultoria que estamos desenvolvendo denominada de Resgate de Tipologias. Esse trabalho está sendo implementado em cinco cidades de várias regiões, como Carnaúbais, Lajes Pintadas, Baraúna, Tibau e Assú – com exceção desta última, todas fazem parte do projeto Cidades Empreendedoras. Esses cinco artesãos representarão todo o grupo do projeto no evento”, explica Ítalo Bruno.

A ideia é justamente fazer um resgate dessas tipologias que eram potenciais dessas dessas regiões, como a palha de carnaúba, o sisal e palha da bananeira, reinserindo essas tipologias no mercado, estimulando o empreendedorismo e a preservação de atividades que fazem parte da cultura desses municípios.

A expectativa é que cada um dos expositores do espaço tenha um faturamento de pelo menos R$ 6 mil cada, durante os dias da Fiart. Expectativas são o que não falta para a artesã Delza Medeiros, uma veterana em participações na feira. A cada ano ela se prepara para ampliar a produção voltada para o principal evento de artigos artesanais do Rio Grande do Norte.

“É a melhor feira de artesanato do nosso estado e uma das melhores da região Nordeste. Participar desta feira em um espaço do Sebrae é de extrema importância para qualquer artesão porque, além da gente mostrar nossa arte, a gente também se apresenta como empreendedores que somos. Esse incentivo e apoio do Sebrae É muito relevante principalmente pela visibilidade e pelo retorno que nos traz a cada edição”, diz a artesã, qe produz arte em papel reciclado.

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