Qual seria sua reação ao encontrar uma cadeira de rodas “estacionada” em uma vaga de carro numa das principais ruas do comércio? A maioria das pessoas fica surpresa, sem entender o que está acontecendo. E há quem fique chateado, por não poder parar o veículo e descer. “É isso que nós passamos com frequência nos estacionamentos da cidade. Seja ele público ou privado, sempre tem algum carro ocupando indevidamente as vagas reservadas. A ação de hoje tem o objetivo principal de fazer as pessoas refletirem, e entenderem que essas vagas não são privilégios, elas são necessárias. Falo em nome dos cadeirantes, idosos, grávidas, pessoas com baixa mobilidade. E todo mundo conhece uma pessoa dessa, então é só ter um pouco de empatia e deixar a vaga para quem realmente precisa”, diz o vereador de Natal, Tércio Tinoco, que realiza esse movimento dentro do Setembro Verde. O mês é de luta pelos direitos e inclusão das pessoas com deficiência.
Hoje cedo, com apoio da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal, várias vagas de estacionamento na Rua Leonel Leite, no Alecrim, foram ocupadas com cadeiras de rodas. Em todas elas, o mesmo cartaz: “É rapidinho, volto já!”. Frase muito ouvida por quem tem direito à essas vagas: “as pessoas param sempre com a justificativa de que é rapidinho e voltam logo, mas elas precisam entender que aquela vaga não deve ser ocupada por quem não tem direito nem por um minuto”, apela Dário Gomes, cadeirante e presidente da Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN).
A Lei Brasileira de Inclusão prevê que 30% das vagas de estacionamentos, em estabelecimentos públicos e privados, sejam destinadas a idosos e pessoas com mobilidade reduzida, identificadas com o cartão de identificação fornecido pela STTU. A multa para quem usa essas vagas indevidamente é de R$ 293,47 e 7 pontos na carteira de habilitação.