Coletivo CIDA recebe coreógrafo francês para realizar sua nova montagem cênica 

Foto: Brunno Martins

Após sucesso de temporada no Rio de Janeiro, o  Coletivo CIDA prepara-se para receber o coreógrafo francês Abdoulaye Konaté, da ATeKa Compagnie, em Natal a fim de realizar sua nova montagem cênica, o espetáculo Sucre: Si Proche du Paradis (Açúcar: Tão Perto do Céu).

Esta é uma iniciativa da ATeKa Compagnie e do Coletivo CIDA, apoiada  pela  “La Fabrique des Résidences” do Instituto Francês e Programa “Cruzamentos” da Villa Tijuca. Uma união entre as Alliances Francesas com Chaillot – Teatro Nacional da Dança – Paris, França e o MC2: Casa de Cultura de Grenoble, na França, em cooperação com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), Ministério da Cultura e Governo do Brasil. O projeto possui apoio institucional do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Fundação José Augusto e da Aliança Francesa de Natal.

“Esta residência ainda é um verdadeiro salto para o meu trabalho: Uma língua estrangeira, uma companhia que desempenha um excelente trabalho em Natal, outro povo, outro contexto em torno do tema internacional: AÇÚCAR. Descobriremos juntos outros contextos e outras narrativas em torno do Açúcar, que para nós é “tão perto do céu”. Trazemos um tema político, afinal, fazemos política”, declara Abdoulaye Konaté.

Para  René Loui, coreógrafo, intérprete e fundador do Coletivo CIDA, essa residência artística é muito significativa. “O Coletivo CIDA em seus sete anos de existência e resistência, vem estabelecendo laços e criando redes de conexões com artistas das mais diversas realidades, nos quatro cantos do planeta. Isso é muito significativo para nós: Uma companhia de dança internacional se atrai pelo nosso trabalho nas redes sociais e anos depois nos propõe uma parceria. Não posso deixar de citar a grande oportunidade de ocupar a Maison de La Culture em Grenoble, na França. Sem dúvida este novo projeto representa uma grande jornada para o Coletivo CIDA”, pontua René Loui.

Conexão Coletivo CIDA e ATeKa Compagnie 

Foi através das redes sociais que o Coletivo CIDA e Ateka Compagnie iniciaram o contato, que agora rende uma colaboração artística graças a editais de fomento.

“Acredito que essa residência artística seja algo muito significativo tanto para o Coletivo CIDA quanto para a ATeKa Compagnie. Fomos um dos cinco grupos do Brasil aprovados e o único do nordeste, ou seja, é de suma importância para nós podermos compartilhar nossas metodologias de produção em dança com a ATeKa Compagnie, assim como sermos atravessado por eles. Aproximar ainda mais nossas pesquisas e metodologias, através dos trabalhos corporais, durante esse primeiro mês de residência será algo muito gratificante”, comenta Arthur Moura, produtor e fundador do CIDA. 

“O acaso obviamente não existe. Todas as coisas tem um propósito. A ATeKa Compagnie e o Coletivo CIDA começaram a se seguir nas redes sociais no ano de 2019, ano em que foi criado o espetáculo “Sucre – um sorvete para um crime legal”. E agora, em 2023, o  Edital Bolsa Funarte e Aliança Francesa de Residências Artísticas em Artes Cênicas Brasil/França – 2022 possibilita essa residência de pesquisa em colaboração com o Coletivo CIDA, me trazendo de volta a questionar sobre esse tema. Tudo foi planejado a partir das  conexões, e agora estou ansioso para finalmente encontrá-los para que possamos pensar juntos no possível rumo de uma história agridoce, salgada, ácida, contraditória”, aponta o francês Abdoulaye.

Etapas Brasil e França

A residência entre o Coletivo CIDA e a ATeKa Compagnie. se realizará em duas etapas, uma no Brasil e a outra na França. A primeira etapa inicia no mês de agosto com a vinda do coreógrafo Abdoulaye Konaté para a cidade de Natal/RN.   

De acordo com René Loui essa residência é também sobre uma conexão ancestral.”Ao longo de minha jornada nas artes me envolvi em inúmeras residências artísticas. Cada uma delas com suas características e singularidades foram ponto de partida para a construção de uma obra cênica. Aqui, com a Residência Sucre, temos nas nossas mãos uma folha de papel negro onde escreveremos em traços também negros. Uma residência artística para relembrar e para reviver as dores e as memórias de nossos antepassados”, pontua René Loui. 

Serão 30 dias de imersão no processo criativo da obra, além da realização de atividades de formação com instituições e grupos da cidade.A segunda etapa, será realizada na cidade de Grenoble, na França, onde os dois grupos ocuparão a MC2: Casa de Cultura de Grenoble para a finalização da montagem, assim como para uma temporada de estreia. 

Ainda na França o Coletivo CIDA exibirá o espetáculo Corpos Turvos, como grupo convidado para a Table Ronde: Spectacle Vivant et Handicap, evento sobre Artes Cênicas e Inclusão e Acessibilidade.  

Sobre o CIDA

O Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA ) é um núcleo artístico de dança contemporânea, fundado no ano de 2016 por artistas emergentes, pluriétnicos, com e sem deficiências, oriundos das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.

Todas as informações sobre o CIDA podem ser acompanhadas através dos canais de comunicação do coletivo. Acesse: www.coletivocida.com.br ou acompanhe o Coletivo no Instagram em: @coletivocida.

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