O Projeto de Monitoramento de Praias do Litoral dos estados do Rio Grande no Norte e Ceará (PMP-BP), estruturado pela Petrobras, em parceria com o Projeto Cetáceos da Costa branca da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN) e a Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio Grande do Norte – FUNCITERN, realizou nessa sexta, 28, na Praia de Diogo Lopes, em Macau (RN), a segunda soltura de peixe-boi-marinho nesse estado.
Carinhosamente chamada pelos veterinários de Rosa, o animal é uma fêmea com 5 anos e 9 meses, que mede aproximadamente 2,90 metros e pesa 410Kg. O peixe-boi retornará à natureza após treze meses de permanência no Recinto de Aclimatação, em Diogo Lopes/RN. Nesse período, o animal pôde se adaptar às condições naturais das correntes marinhas, da temperatura das águas e dos movimentos e oscilações das marés. A soltura será realizada por equipe especializada do PCCB-UERN, com acompanhamento de técnico do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
A soltura é a última etapa na reintrodução de um peixe-boi marinho ao meio ambiente. Após encalhar na Praia do Rosado, em Porto do Mangue/RN em outubro de 2017, Rosa foi resgatada por técnicos do PCCB-UERN e encaminhada para o Centro de Reabilitação de Fauna (CRF) em Areia Branca. No CRF, ela permaneceu em recuperação sob a supervisão de equipe multidisciplinar do PCCB-UERN. Depois de estabilização clínica e alta médica, o animal tornou-se apto para aclimatação e, finalmente, soltura.
O Programa de Monitoramento de Praias faz parte do licenciamento ambiental da Bacia Potiguar e compreende o serviço de registro, resgate, necropsia, reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas. Além de Rosa, há atualmente quatro peixes-bois-marinhos em aclimatação no cativeiro em Diogo Lopes e nove em reabilitação no CRF de Areia Branca. A Petrobras atua desde 2010 no resgate da espécie, uma das mais ameaçadas do país.
Para Eulina Ferreira, gerente setorial na Petrobras de Manutenção e Pós Licença para Amazonas, Rio Grande do Norte e Ceará, a reabilitação e soltura de animais valida o compromisso histórico da companhia com a preservação e conservação da biodiversidade marinha. “Estamos contribuindo para a manutenção da fauna marinha”, diz, “e ao mesmo tempo permitindo que o peixe-boi-marinho se mantenha no seu habitat natural, na costa do Rio Grande do Norte”.