Medicina avança no tratamento do Mal de Parkinson e neurocirurgião alerta para importância do diagnóstico precoce

Caracterizada basicamente por tremor de repouso, tremor nas extremidades, instabilidade postural, rigidez de articulações e lentidão nos movimentos, a Doença de Parkinson apresenta também outros sintomas não motores, como a diminuição do olfato, distúrbios do sono, alteração do ritmo intestinal e depressão.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema.

A cura ainda não foi alcançada, mas há estudos em nível experimental sobre outras alternativas de tratamento. De acordo com o neurocirurgião Dr. Thiago Rocha (CRM 6233-RN), houve vários avanços nas técnicas cirúrgicas indicadas para os casos onde o tratamento medicamentoso não consegue controlar os sintomas da doença. “A cirurgia com o implante de DBS, a chamada estimulação cerebral profunda é um marco para o tratamento da doença de Parkinson. É um procedimento seguro, eficaz e que pode ajudar a melhorar a qualidade de vida destes pacientes”, diz o neurocirurgião.

Dr. Thiago continua: “Este procedimento consiste na implantação de eletrodos cerebrais que são conectados a um marca-passo e que tem como objetivo modular aquela região cerebral e melhorar os sintomas da doença”, explica. Atualmente, os dispositivos de estimulação cerebral profunda estão cada vez mais modernos sendo que os atuais trazem eletrodos direcionais onde conseguimos direcionar o campo eletromagnético criado e existem geradores que conseguem identificar o período do dia que o paciente necessita mais da terapia, isso é importante para maximizar resultados e economizar mais a bateria.

No Brasil, medicamentos para Parkinson são disponibilizados gratuitamente pelo SUS através do Programa de Medicamentos Excepcionais. Pacientes com incapacidade funcional causada pelos sintomas parkinsonianos também podem se beneficiar de programas terapêuticos de reabilitação, envolvendo fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e suporte psicológico e familiar, buscando evitar e/ou retardar a perda de suas funcionalidade e habilidades motoras.

Dr. Thiago Rocha, fala sobre a importância de exames e o diagnóstico precoce, “O diagnóstico precoce é importante para que a doença impacte menos na qualidade de vida do paciente, e nos casos onde são refratários ao tratamento medicamentoso, a cirurgia não pode ser postergada, pois ela faz parte do arsenal terapêutico que pode ajudar estes pacientes”, ressalta. O diagnóstico é clínico, mas exames específicos como ressonância de encéfalo e SPECT com trodat podem são realizados como complementação diagnóstica”, afirma o neurocirurgião.

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