Coletivo CIDA é aprovado com nota máxima em editais nacionais de fomento às artes

O Coletivo CIDA (Coletivo Independente Dependente de Artistas) tem se destacado no cenário cultural norte-rio-grandense e conquista agora aprovação no Prêmio Sesc de Artes Cênicas e também no Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro, duas importantes premiações para o setor das artes cênicas no Brasil. Em ambas, o CIDA obteve destaque alcançando pontuação máxima nacional. 

Fundado por Arthur Moura, René Loui e Rozeane Oliveira, artistas e produtores, o CIDA se destaca no cenário cultural norte-rio-grandense por sua produção experimental e inclusiva. 

As aprovações referem-se à continuidade da trilogia, que estreou sua primeira peça no final de 2020 com Corpos Turvos, que discutiu importantes temáticas, tais como: a estigmatização, desumanização, extermínio e invisibilidade das pessoas pretas, de toda comunidade LGBTQIAP+, de pessoas com deficiência, das mulheres, dos povos originários, das pessoas que vivem e/ou convivem com o HIV/AIDS.

“A proposta de desenvolver uma obra cênica sequenciada surgiu da necessidade de continuar a se discutir importantes temáticas trazidas pelo espetáculo Corpos Turvos. Diante disso, surgiu a ideia de desenvolver uma criação cênica sequenciada composta por 3 obras coreográficas e que abordam, de diferentes formas, as temáticas de Corpos Turvos”, comenta René Loui, um dos integrantes do Coletivo CIDA e coreógrafo de Corpos Turvos.
 

Corpos Turvos estreou com recursos da Lei Aldir Blanc e logo em seguida foi premiada duplamente pelo Prêmio Funarte Acessibilidança e pelo Prêmio Funarte de Circulação das Artes Cênicas. As narrativas autobiográficas trazidas na peça coreográfica foram tão impactantes que provocaram mais desafiadores aprofundamentos. Nas duas obras que completam a trilogia, além das temáticas já abordadas em Corpos Turvos, também serão discutidos os estigmas associados às doenças mentais na sociedade.
 

A segunda obra da trilogia: Reino dos Bichos e dos Animais, esse é o meu nome, tem temporada de estreia para dezembro deste ano, já a terceira: Insanos e Beija-Flores a dois metros do chão, está prevista para ser lançada em julho de 2023. Ambas possuem circulação prevista para o segundo semestre de 2023.

“As aprovações no Prêmio Sesc de Artes Cênicas e Prêmio Funarte de Estímulo ao Teatro são muito importantes para o Coletivo CIDA, pois refletem que o nosso planejamento a médio e longo prazo está indo pelo caminho certo. São dois grandes prêmios nacionais, e sermos o grupo com a nota máxima em ambos demonstra o reconhecimento de uma jornada em produção que já vem sendo construída há anos. Além disso, acredito que as temáticas abordadas nas obras cênicas sejam de uma urgente necessidade de discussão, diante dos acontecimentos sócio-políticos que o Brasil vem passando”, declara  Arthur Moura produtor do Coletivo CIDA. 

Turnê

O Coletivo CIDA acaba de retornar de uma turnê de circulação nacional com apresentações de Corpos Turvos em formato presencial no Festival Nacional de Teatro Toni Cunha, em Santa Catarina, e no Teatro Teatro SESC Garagem em Brasília. Em setembro, o coletivo apresenta o trabalho no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, no Ceará.

UFRN: Curso de Educação Bilíngue de Surdos abre inscrições

Grupo de pesquisa da UFRN debate artes visuais na educação infantil