A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – SBACV RN chama atenção para a data 13 de outubro, Dia Mundial da Trombose, uma complicação que preocupa especialistas por ser uma enfermidade silenciosa e que mata um em cada quatro pacientes.
A trombose se manifesta quando ocorre a formação de coágulos potencialmente fatais nas artérias ou veias. Os coágulos de sangue, normalmente, ocorrem nas veias da perna (Trombose Venosa Profunda – TVP), que podem se fragmentar e chegar através da circulação até os pulmões e causar a Embolia Pulmonar (EP).
Estatísticas mostram que a trombose cerebral representa de 10 a 20 casos a cada 1 milhão de pessoas, anualmente, no mundo. Há ainda a trombose que se manifesta em passageiros ou tripulantes de voos com mais de 8 horas de duração, que tem índice de 217 casos para 1 milhão de indivíduos. O uso de anticoncepcional oral é outro fator de risco para o surgimento da trombose: são 5 mil casos a cada 1 milhão de mulheres que usam o medicamento.
Apesar dos altos índices de complicações, o problema pode ser prevenido. Dr. Gutenberg Gurgel, presidente da SBACV-RN, analisa que nunca é demais alertar a população sobre os fatores de risco para a trombose, como as internações hospitalares; o uso de medicações contendo estrógenos; acidentes e traumatismos; histórico familiar; imobilização prolongada; obesidade; cirurgia; câncer; gestação; puerpério e tabagismo.
Saiba identificar os sinais e sintomas
Os sinais e sintomas da trombose devem ser observados, sendo fundamental buscar orientação médica ao se manifestarem. Entre eles, estão dor ou desconforto na panturrilha ou coxa; aumento da temperatura e inchaço da perna; pés ou tornozelos; vermelhidão e/ou palidez; sensações e/ou falta de ar; dor no peito (que pode piorar com a inspiração); taquicardia; tontura e/ou desmaios.
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular alerta para três focos para conscientizar a população e prevenir os eventos trombóticos:
Pacientes hospitalizados: cerca de 60% de todos os eventos trombóticos venosos ocorrem durante, ou nos 90 dias que se seguem a uma internação hospitalar. Por isso, representam uma das principais causas de morte intrahospitalar passível de prevenção.
Pacientes com câncer: apresentam maior risco de tromboses tanto venosas quanto arteriais. Além disso, as tromboses venosas em pacientes com câncer resultam em aumento da necessidade de internações e aumento da mortalidade, além de maior risco de recorrência.
Pacientes com COVID-19: risco aumentado para tromboembolismo venoso, além de alterações ainda não completamente compreendidas no balanço hemostático local (pulmões) e sistêmico. O reconhecimento desse risco é fundamental para o manejo intrahospitalar desses casos.
Para evitar a trombose, algumas medidas preventivas devem ser adotadas, como a hidratação diária; não ficar sentado muito tempo (trabalho, viagens e pós-cirurgias); fazer atividade física, pelo menos, três vezes por semana; preferir roupas e sapatos confortáveis; ter uma alimentação balanceada; evitar fumar e bebidas alcoólicas.