O mês de setembro é nacionalmente conhecido por ser o mês de combate às doenças cardiovasculares e as ações de conscientização se tornam cada vez mais importantes, afinal, patologias relacionadas ao coração são as que mais matam no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que são mais de 1100 óbitos por dia no país, cerca de 46 por hora e 1 morte a cada 90 segundos.
O Dr. José da Silva Leitão, cirurgião cardiovascular do Sistema Hapvida, afirma que é possível prevenir o aparecimento das doenças cardiovasculares com a adoção de hábitos saudáveis e que é preciso, sobretudo, atuar na prevenção.
Entendendo os fatores de risco
Doença cardiovascular é um termo genérico utilizado para designar patologias que afetam o coração e/ou os vasos sanguíneos. “Existem vários tipos de doenças cardiovasculares, mas as mais comuns são a hipertensão arterial sistêmica, o infarto agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral, a doença arterial obstrutiva periférica e a insuficiência cardíaca”, explica o médico.
Os sintomas podem variar de acordo com cada paciente, mas os mais comuns são falta de ar, dor no peito, palpitações, tontura e cansaço excessivo sem causa aparente.
A maioria das doenças, segundo o Dr. Leitão, pode ser prevenida. Para isso, é preciso ficar atento e conhecer os principais fatores de risco. “São eles: obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse e colesterol alto”.
O médico também recomenda evitar o consumo de carboidratos e alimentos enlatados, com níveis elevados de sódio, e aumentar a ingestão de frutas e vegetais.
O papel da genética
O especialista alerta, também, para a genética, normalmente interligada ao histórico de morte súbita na família. “Neste caso, é preciso redobrar a atenção e ficar ainda mais atento, exigindo, mesmo em pessoas muito jovens ou em atletas, por exemplo, avaliação cardiológica periódica”.
As principais doenças cardiovasculares de origem genética são as cardiomiopatias, condição que se refere ao desgaste progressivo da estrutura e das paredes musculares do coração; as arritmias, caracterizadas pela frequência cardíaca anormal; as doenças da aorta, como o aneurisma; e a hipercolesterolemia familiar, disfunção que causa a elevação significativa do colesterol.