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    “A Edição do Nordeste”: Novo filme de Pedro Fiúza estreia nesta quarta (21) na Mostra de Cinema de Ouro Preto

    “Esse filme é uma homenagem ao cinema brasileiro e também um manifesto”, assim o diretor e roteirista potiguar Pedro Fiuza resume sua nova produção, o curta “A Edição do Nordeste” que estreia dia 21 de junho no CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto.

    A obra, com 20 minutos de duração, é uma colagem de cenas de 28 longas e curtas brasileiros, de 1938 a 1980, que retratam o Nordeste sob diferentes aspectos. O filme se propõe a ser uma jornada visual aberta, provocadora e propositiva sobre como o cinema brasileiro foi essencial na construção de uma identidade nordestina.

    Pedro Fiuza explica que os filmes selecionados “representam não só uma memória da cinematografia nacional, mas um momento importante da história do país, pois o cinema, com sua força simbólica e imagética, ajudou a inventar uma região inteira”.

    A aproximação de Fiuza com o tema se deve a sua participação no Grupo Carmin e no espetáculo teatral “A Invenção do Nordeste”, também inspirado no estudo de Durval. A peça do grupo, idealizada e dirigida por Quitéria Kelly e escrita por Henrique Fontes e Pablo Capistrano, conquistou o Prêmio Shell de Melhor Dramaturgia e motivou o cineasta a se debruçar sobre a filmografia apresentada no livro e o papel do cinema na construção do imaginário sobre o Nordeste.

    O curta é resultado de pesquisa realizada pelo diretor, em conjunto com Matteus Cardoso, Henrique Fontes e Pablo Capistrano, num intenso processo de decupagens, roteirização e montagem ao longo dos últimos seis anos com base no  livro “A Invenção do Nordeste e outras artes” do professor e historiador Durval Muniz de Albuquerque Júnior.

    O filme “A Edição do Nordeste” tem “a intenção de revisitar a origem desta criação para propor a possibilidade de que tudo que pode ser inventado também pode ser desinventado e novamente reinventado”, afirma Fiuza. Deste modo, a obra mostra como o cinema tem força de transformação social.

    Além desse sentido político, o curta é um convite à apreciação da produção cinematográfica brasileira. Ele é repleto de “imagens espetaculares desses incríveis e importantes filmes do cinema brasileiro”, afirma o diretor.

    Alguns dos títulos presentes são parte fundamental da história do cinema nacional, como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” de Glauber Rocha, “O Pagador de Promessas” de Anselmo Duarte, “Os Fuzis” de Ruy Guerra, “Maioria Absoluta” de Leon Hirszman, “O Cangaceiro” de Lima Barreto, “Menino de Engenho” de Walter Lima Jr., “Vidas Secas” de Nelson Pereira dos Santos e o potiguar “Boi de Prata” de Augusto Ribeiro Jr.

    O filme “A Edição do Nordeste”, selecionado no edital Cine Natal 2018, da Prefeitura do Natal, foi produzido por Fiuza e Mariana Hardi e montado por Aristeu Araújo, com Desenho de Som e Mixagem de Luiz Lepchak e Design Gráfico de Vítor Bezerra. Conta ainda com uma canção da cantora potiguar Juliana Linhares e com a parceria da Cinemateca Brasileira e apoio do Canal Brasil, entre outros acervos, no que diz respeito às imagens de arquivo.

    Lançamento

    A estreia mundial da obra ocorre na 18ª edição do CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, importante festival brasileiro que tem a história, o patrimônio e a preservação cinematográfica como temas centrais. O curta poderá ser visto gratuitamente de forma online entre os dias 21 e 26 de junho pelo site oficial do festival www.cineop.com.br. A mostra é organizada pela Universo Produções, responsável também pela Mostra de Cinema de Tiradentes, a Mostra CineBH – BH International Film Festival e o Brasil CineMundi – Encontro Internacional de Coprodução Audiovisual, dentre outros projetos.

    Diretor

    Pedro Fiuza é natalense. Estudou Rádio & TV na UFRN, onde também especializou-se em Cinema.

    É sócio-fundador da Casa da Praia Filmes, empresa potiguar responsável pela produção de “Sideral”, concorrente à Palma de Ouro em 2021 no 74º Festival de Cannes e integrante da “shortlist” do Oscar 2023, e pela distribuição na América Latina de “Big Bang”, premiado com o Leopardo de Ouro de Melhor Curta de Autor, no 75º Festival de Locarno, ambos filmes dirigidos por Carlos Segundo.

    Fiuza é diretor e roteirista de “Vai Melhorar”, indicado na edição do primeiro semestre do 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2021. Trabalha ainda no teatro assinando dramaturgia audiovisual, principalmente pelo Grupo Carmin.

    FICHA TÉCNICA “A EDIÇÃO DO NORDESTE”

    GÊNERO: Documentário (experimental; imagens de arquivo)

    DURAÇÃO: 20 minutos

    CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

    LOCAL DE PRODUÇÃO: Natal/RN

    DATA DE LANÇAMENTO: 21/06/2023

    SINOPSE: Para se inventar uma região é preciso criar sua cultura, de preferência com ajuda do cinema. Inspirado no livro e peça “A Invenção do Nordeste”, esta é uma reedição de filmes brasileiros essenciais para a fundação do imaginário nordestino.

    ESCRITO E DIRIGIDO POR: Pedro Fiuza.

    INSPIRADO na obra “A Invenção do Nordeste e outras artes” de Durval Muniz de Albuquerque Júnior e no espetáculo “A Invenção do Nordeste” do Grupo Carmin de Teatro (espetáculo dirigido por Quitéria Kelly com dramaturgia de Henrique Fontes e Pablo Capistrano).

    PRODUZIDO POR: Pedro Fiuza e Mariana Hardi.

    PESQUISA: Henrique Fontes, Matteus Cardoso, Pablo Capistrano e Pedro Fiuza

    PRODUÇÃO EXECUTIVA: Mariana Hardi.

    MONTAGEM: Aristeu Araújo.

    ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO: Larissa Sales e Rodolfo Holanda.

    ASSISTÊNCIA DE MONTAGEM: Raíssa Castor.

    DESIGN GRÁFICO: Vítor Bezerra.

    DESENHO DE SOM E MIXAGEM: Luiz Lepchak.

  • Sobre

    “Sideral” pode ser visto gratuitamente pela internet até segunda-feira (16)

    Presente na pré-lista de Melhor Curta Live-Action do Oscar 2023, ‘Sideral’, curta potiguar de Carlos Segundo, estará disponível de forma gratuita até a próxima segunda-feira (16/01) no The Animation Showcase: https://watch.animationshowcase.com/landing/63b711b6e9dc7e3ae5068beb….

    Sideral foi filmado nas cidades de cidades de Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim. O filme concorreu à Palma de Ouro, em Cannes, em 2021, e foi exibido no festival – se tornando o primeiro filme potiguar a conseguir esse feito.

    “Sideral” é uma ficção que se desenvolve no futuro, em torno do histórico dia do lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro na Base Aérea de Natal e como isso afeta a vida da faxineira Marcela, do mecânico Marcos e seus dois filhos que moram perto do centro espacial.

    Com produção brasileira de Mariana Hardi e Pedro Fiuza, através da Casa da Praia Filmes, “Sideral” é um filme genuinamente natalense com equipe e elenco de profissionais potiguares, estrelado por Priscilla Vilela e Enio Cavalcante.

    Com informações da Oxente, Pipoca? e G1RN