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    Balsa alia lazer e gastronomia na paradisíaca Lagoa de Guaraíras, em Tibau do Sul (RN)

    Um visual de tirar o fôlego e delícias de dar água na boca. Os turistas que visitam o município de Tibau do Sul (distante 77 quilômetros de Natal), onde fica a famosa Praia da Pipa, têm um motivo a mais para desfrutar e apreciar as belezas naturais da paradisíaca Lagoa de Guaraíras. O lugar ganhou uma balsa fixa, que funciona como um bar flutuante especializado em pratos à base de ostra natural, com todo o cuidado para a preservação ambiental do manancial.

    A iniciativa foi idealizada pela Associação de Produtores de Ostras do Rio Grande do Norte (Aproostra) com apoio do Sebrae no Rio Grande do Norte e Fundação Banco do Brasil como forma de aumentar o volume das vendas dos pequenos produtores do molusco, cuja produção até pouco tempo era comercializada à beira mar e nos bares e restaurantes da região, incluindo as praias do Madeiro, da Pipa, além das orlas de demais praias do litoral sul do estado. O equipamento deve incrementar o número de visitantes da cidade, que ganham mais uma opção de lazer e entretenimento sustentável.

    Atualmente 17 produtores integram a Aproostra e produzem em torno de 75 toneladas de ostras por ano em 550 mesas fixas espalhadas em aproximadamente 1,5 hectares na região de Tibau do Sul. A balsa Ostra da Pipa, como é denominada pelos produtores, mede 35 metros quadrados e foi construída com recursos do Projeto Produção Sustentável de Ostras Nativas no RN com preservação dos estoques naturais, através do Convênio entre o Sebrae do Rio Grande e a Fundação Banco do Brasil.

    “O nosso propósito é receber aqui, na balsa, os turistas e divulgar o nosso produto, que tem como maior diferencial o fato de ser orgânico e de excelente qualidade. Inicialmente o atendimento será feito durante o dia até o por do sol, que é muito bonito visto daqui”, explica o presidente da Aproostra, Érico José da Silva.

    Sabor e natureza

    Além de apreciar as ostras em diversas receitas de petiscos e bebidas que serão oferecidas pela Aproostra, os turistas poderão fazer passeios na Lagoa de Guaraíras, de onde se descortina um cenário maravilhoso. “Isso aqui é um paraíso e a instalação dessa balsa está sendo um divisor de águas para a nossa associação, que há nove anos tem uma produção sustentável e vem avançando desde o início da sua criação com o apoio do Sebrae-RN. E atualmente avança mais ainda com os investimentos do convênio com a Fundação Banco do Brasil”, comemora Rafael Amaro Pereira da Silva, ex-presidente da Aproostra.

    O diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, lembra que a instituição sempre acreditou no potencial dos produtores de ostras, tendo contribuído para a constituição da Aproostra. “A partir do momento em que o Sebrae, juntamente com a Fundação Banco do Brasil, e parceiros municipais se juntam para apoiar e fomentar a Aproostra, o resultado é a transformação de vida das famílias de produtores. Esses ostreicultores são exemplos para os que apostam no associativismo e no cooperativismo como meios para o desenvolvimento social e econômico”, afirma, lembrando o trabalho realizado com outros grupos de ostreicultores em Canguaretama e Georgino Avelino.

    As pérolas do lugar

    O primeiro presidente da Aproostra, Sergio Melgarejo, lembra com emoção do início da atividade de ostreicultura em Tibau do Sul, quando enfrentou muitos obstáculos para identificar a melhor semente e consolidar o cultivo das ostras. Além disso, foi um desafio fazer com que os associados acreditassem na consolidação da atividade.

    “A gente reconhece o apoio do Sebrae desde o início e de vários parceiros, que começaram esse trabalho conosco. E mais recentemente passamos a contar com o apoio da Fundação Banco do Brasil, através desse convênio que nos fez chegar até aqui onde estamos e queremos avançar cada vez”, afirma Sergio.

    Para o gestor estadual do projeto de Ostreicultura do Sebrae-RN, Marcelo Medeiros, a balsa possibilitará um local físico para a degustação e aquisição das ostras, em vez do trabalho itinerante pela orla. “Trata-se de um novo equipamento que pode contribuir para o fortalecimento do turismo da região, e um ponto de referência para o consumo de ostras. A expectativa é que a produção aumente e principalmente as vendas”, enfatiza o gestor.

    O consultor credenciado do Sebrae-RN, Rui Trombeta, afirma que os produtores de ostra de Tibau do Sul atingiram um excelente nível de gestão da associação pelo perfil empreendedor, buscando sempre o fortalecimento do cultivo de ostra de forma sustentável ambiental e economicamente. O secretário de Agricultura, Pesca e Pecuária de Tibau do Sul, Silvino Frades, destacou a parceira da Prefeitura Municipal com o Sebrae para fomentar a Aproostra, prometendo melhorar o ambiente para a produção de ostras, respeitando a legislação ambiental.

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    Projeto vai impulsionar ostreicultura em Senador Georgino Avelino (RN)

    A experiência exitosa para impulsionar a produção de ostras nos municípios de Canguaretama e Tibau do Sul levou o Sebrae no Rio Grande do Norte e a Fundação Banco do Brasil a firmarem nova parceria para desenvolvimento de um projeto de ostreicultura em mais uma cidade potiguar, o município de Senador Georgino Avelino, distante 55 km de Natal. A iniciativa vai promover a inclusão produtiva para geração de renda por meio do cultivo de ostras de forma sustentável, minimizando o extrativismo predatório da espécie. O projeto beneficiará 45 famílias, podendo alcançar de forma indireta cerca de 200 produtores da região com capacitações, assistência técnica, acompanhamento e aplicação de tecnologias sociais.

    A parceria entre Sebrae e Fundação Banco do Brasil vai investir R$ 1,2 milhão para o aumento da capacidade de produção das associações por meio da doação dos materiais específicos para o cultivo das ostras, a ampliação do acesso ao mercado e a formação continuada de micro produtores familiares nas regiões de estuários nos municípios de Senador Georgino Avelino, além de Canguaretama, Tibau do Sul.

    A ação faz parte do Projeto de Desenvolvimento Setorial nos Territórios – Aquicultura Potiguar e beneficiará 45 famílias, podendo alcançar de forma indireta cerca de 200 produtores daquela região, ao longo de dois anos. Para o diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, a parceria representa um esforço conjunto para a consolidação da cadeia de produção da ostra no Rio Grande do Norte, por meio do aumento da capacidade de produção das associações produtoras, estabilidade no fornecimento de sementes e ampliação de mercados.

    “Temos firmado parceria com a Fundação Banco do Brasil desde 2005 para atender várias cadeias produtivas ligadas ao agronegócio. Com esse novo projeto, queremos fomentar a geração de renda, inclusão produtiva, promover a sustentabilidade dessa atividade e estimular a adoção de tecnologias sociais, obtidas em experiências anteriores, e aplicá-las junto a esses ostreicultores”, diz o diretor. A produção das áreas acompanhadas é de aproximadamente 1 milhão de ostras por ano. Com o incremento previsto no projeto, espera-se chegar a 2 milhões, dobrando a capacidade atual.

    De acordo com o gerente da Unidade de Desenvolvimento do Rural do Sebrae-RN, Angelo Baeta, os estuários do Rio Grande do Norte possuem um potencial ímpar para a produção de ostras nativas. A Lagoa de Guaraíras possui um dos melhores índices de crescimento de ostras nativas do país e o rio Curimataú, um extenso estuário para se produzir e com um grande estoque natural.

    Além disso, o estado possui o único laboratório de produção de sementes de ostras nativas, que tende a funcionar regularmente com o projeto. Segundo Baeta, a posição geográfica do RN favorece o acesso a mercados consumidores vizinhos dos estados da Paraíba, Ceará e Pernambuco.

    A cadeia de produção de ostras no estado estava em declínio e a atuação do Sebrae, a partir de 2012, deu um impulso à atividade. O trabalho foi decisivo para a regularização das áreas de produção, consolidação do fornecimento de sementes, implementação e ampliação dos cultivos, formação continuada dos produtores e acesso ao mercado.