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    “Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural” aporta em Major Sales dia 27

    Nesta quarta-feira, 27, O Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (Sesc RN), por meio do Projeto Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural, uma iniciativa inédita, levará ações culturais gratuitas para a cidade de Major Sales, a 400km de Natal. A programação contará com abertura da exposição Caboclos, às 9h, no Museu Cultural “Francisca Dantas de Morais” e exibição do filme “Uma Pisada Diferente: Na Trilha dos Caboclos de Mestre Bebé”, às 20h, na praça de eventos do município.

    A exposição Caboclos é composta por 35 fotografias e recebe a assinatura de Kécia Andrade (PB) e Diógenes Mendonça (PB) e busca trazer um registro fotográfico e poético desses grupos, aproximando por meio da fotografia as dimensões da festa coletiva e das impressões individuais. Ela permanece em Major Sales/RN até o dia 30 de abril, com visitação gratuita, sempre das 7h às 17h.

    Enquanto que o filme possui direção e roteiro dos produtores audiovisual Carito Cavalcanti (RN) e Fernando Suassuna (RN) e aborda uma vivência cultural realizada no município de Major Sales/RN, com o grupo de cultura popular “Caboclos do Mestre Bebê” que tem como objetivo valorizar e difundir as manifestações culturais locais, preservando a memória e o patrimônio cultural por meio de pesquisas e difusão de conhecimentos.

    O Projeto Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural tem o objetivo de pensar em ações voltadas para a valorização e divulgações de manifestações e expressões culturais, tendo como foco as perspectivas da territorialidade e a relação com os detentores do conhecimento naquela localidade, na qual estão inseridos.

    Serviço:

    O que: Projeto do Sesc RN levará ações culturais gratuitas para Major Sales/RN. 

    Abertura: 27 de março de 2024, 9h.

    Local: Major Sales/RN

    Programação gratuita:

    9h – Exposição Caboclos – Local: Museu Cultural “Francisca Dantas de Morais” (Visitação de 27 a 30 de abril, das 7h às 17h).

    20h – Exibição do filme “Uma Pisada Diferente: Na Trilha dos Caboclos de Mestre Bebé” – Local: Praça de Eventos do Município de Major Sales.

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    Documentário sobre espaços sagrados do RN tem exibição na InterTV Cabugi neste domingo

    Neste domingo (17), a Intertv Cabugi, afiliada TV Globo no Rio Grande do Norte, vai exibir para todo o Estado, após o Fantástico, “Centro Sagrado”, um documentário filmado em locações em Natal e na região metropolitana, abrangendo pontos históricos significativos da região. O trabalho – uma realização da Viva Promoções – explora a história do patrimônio religioso e histórico do Rio Grande do Norte, remontando ao período anterior à chegada dos europeus no século XV.

    Inspirado pelo Projeto Memória Religiosa da Cidade do Natal, da UERN Natal, “Centro Sagrado” tem como objetivo explorar aspectos históricos relacionados ao tema, abrangendo desde o período pré-colonial até os dias atuais. O documentário incorpora uma abordagem única, com influências do movimento antropofágico de Oswald de Andrade e da obra de Tarsila do Amaral, o que adiciona uma camada fascinante à narrativa explorada.

    O filme busca destacar como a influência religiosa desempenhou um papel fundamental na formação da cidade de Natal e na sua sociedade. Para enriquecer o conteúdo, o documentário conta com a expertise de especialistas em História, incluindo o professor pesquisador Alexandre Rocha, que assina a pesquisa e roteiro do projeto, bem como antropólogos, pesquisadores de diversas áreas e especializações em Teologia e História, e principalmente pessoas que vivem cada uma dessas religiões, lideranças importantes. 

    O roteiro e a direção foram conduzidos pelo diretor Athos Muniz, que possui uma sólida trajetória de mais de 18 anos no cenário audiovisual brasileiro. Com cinco anos de presença no mercado audiovisual, a HillsMOV assume a responsabilidade pela produção do documentário. A direção criativa é de Eris Rangel e a realização da Viva Promoções, empresa que atua no entretenimento ao vivo a 17 anos, com larga experiência nos mais diversos tipos de eventos, peças, shows, festivais, eventos culturais, projetos audiovisuais, feiras gastronômicas e esportivos.

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    Os Caminhos da Cidade: Festival Histórico leva conhecimento e reflexão às ruas do Centro

    por Ana Paula Cadengue

    A Cidade Alta em dezembro era certeza de ruas iluminadas e famílias inteiras cheias de pacotes tentando andar de mãos dadas para ninguém se perder. As lojas ofereciam mercadorias para todos os gostos e bolsos. Quando o dia não era de compras, o lazer estava assegurado pelos cinemas e delícias com endereço certo, como um bom suco de frutas nativas, um pastel quentinho ou um sorvete saboroso. Nas calçadas, uma democrática mistura de estudantes, donas de casa, trabalhadores e visitantes.

    Era assim. E já faz um tempo. O que se observa hoje na mesma Cidade Alta é um vazio que dói não só em quem conheceu os ditos tempos áureos, em quem vivenciou o Centro em algum momento de sua história – dos Cafés Grande Ponto e Magestic ao Café São Luiz, à Casa da Maçã, dos movimentos populares no calçadão da João Pessoa às apresentações teatrais do Alegria, Alegria, da escada rolante da Lobras aos cinemas Nordeste ou Rio Grande –, mas também em quem está só de passagem para dar uma olhada. É triste ver lugares outrora tão disputados sendo lacrados com tijolo e cimento.

    Enquanto se revitalizam ou requalificam alguns prédios e espaços, outros se fecham e alguns órgãos e instituições públicas mudam de endereço, comprometendo ainda mais a vitalidade da Cidade Alta. Em contraponto, eventos culturais pululam e movimentam o bairro. O Festival Histórico de Natal, que ao longo do tempo se tornou cada vez mais grandioso e passou a fazer parte do calendário de festividades tradicionais da capital potiguar, é uma dessas iniciativas. “Precisamos resgatar o amor pela cidade, Natal tem um acervo cultural maravilhoso, diz Jarbas Filho, idealizador do evento.

    Praça Sete de Setembro – Foto: Túlio Ratto

    Saindo do Marco Zero de Natal, a Praça André de Albuquerque, a Caminhada Histórica realizada no último dia 2 de dezembro levou mais de 2 mil pessoas às ruas com o objetivo de retomar o interesse e aproximar a população e os turistas do centro histórico da cidade. Para Alexandre Rocha, historiador que guia o passeio, o evento é uma oportunidade de se conhecer mais sobre o local em que vivemos, uma aula. “Houve um tempo em que esse era o Grande Centro. A cidade se desenvolveu a partir desse redor. Ruas, praças e avenidas que contam a História de Natal”.

    Foi bonito ver famílias inteiras aproveitando a tarde do sábado para saber um pouco mais sobre Natal e seus monumentos. As irmãs Josy e Irla Ribeiro participaram pela primeira vez da Caminhada Histórica a convite da mãe e estavam animadas com o passeio. “Venho geralmente pro Beco da Lama, pro Zé Reeira, já fui também para um evento na Casa Vermelha, na Pinacoteca… Eu acho o Centro lindo e é incrível o resgate da cidade. Infelizmente alguns pontos estão mortos por falta de investimentos do setor público, mas acho o Centro incrível e gostaria muito de vê-lo vivo”, conta Irla.

    Sede da Prefeitura é um dos monumentos do Centro Histórico – Foto: Ana Cadengue

    Aos 50 anos, o fotógrafo José Aldenir, o ‘Joinha’, lembra que sempre frequentou o lugar. “Aqui é bacana, gosto de almoçar no Beco da Lama. Infelizmente o comércio teve uma caída, principalmente após pandemia. Eu reparo também que os comerciantes reclamam que os preços dos aluguéis são muito altos e termina o pessoal migrando para outros locais. Antigamente, o final de ano todo mundo vinha comprar roupa pras festas aqui, no São João também. Hoje, o comércio mais popular deixou o centro e foi para o Alecrim”.

    José Aldenir é fotógrafo –
    Foto: T. Ratto

    A percepção de ‘Joinha’ é corroborada pelo colega de profissão, Fernando Pereira. Morador do Barro Vermelho, o fotógrafo fluminense radicado em Natal há 50 anos lamenta a falta de continuidade dos investimentos públicos no Centro da Cidade. “Moro perto, gosto de andar por aqui. Natal é uma cidade linda, infelizmente as praças não são bem cuidadas, entra ano sai ano, as praças continuam mal cuidadas, prédios mal conservados… também frequento o comércio do Centro que está em crise, todo mundo vê, muita coisa fechando”.

    Fernando acredita que deveria haver um incentivo para alavancar o turismo na região. “Natal não é só praia. Precisa reformar… Quem vem pra cá não conhece a cidade, não tem um ‘city tour’, não tem nada pra conhecer o Centro”, reclama. 

    A Cidade Alta e o bairro da Ribeira formam o conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade de Natal, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em 2010. O centro histórico possui um conjunto preservado com elementos urbanos do núcleo colonial e outros que evidenciam a trajetória de modernização da cidade. Os prédios mais conhecidos são a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação (Catedral antiga),  o Palácio do Governo, atual Pinacoteca, o Sobradinho (hoje Museu Café Filho), o Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura do Natal, Solar Bela Vista  e o Theatro Alberto Maranhão.

    A rua da Conceição é uma das mais belas do Centro Histórico – Foto: Ana Cadengue

    Para o historiador Thiago Henrique, o Centro não precisa só de comércio, eventos e turismo e sim de ocupação popular. “Aqui não é um bairro em que se vive, é um bairro que se consome comercialmente, mas ele é consumido até determinado ponto, no horário comercial. Na minha percepção, para que o centro comece a ser vivido 24 horas, precisa que exista um projeto de moradia popular para que as pessoas vivam realmente aqui e não só sobrevivam do comércio formal e de ambulantes”, defende.

    Com uma vivência desde a infância no bairro em que seus pais trabalhavam, Thiago costuma frequentar o Centro da Cidade profissionalmente e para lazer, além de desenvolver pesquisas na área para a universidade federal. “A cidade muda com o tempo, se renova e eu gosto de acompanhar essa dinâmica. Mas, sinto falta de pessoas vivendo aqui para além de momentos de transporte ou trabalho. Eu sinto falta disso 24 horas. Não existe segurança, não existe possibilidade de ter um tipo de turismo acessível no centro histórico… O caminho da Cidade Alta é a ocupação popular, principalmente dos prédios que estão à mercê da especulação imobiliária”, afirma o jovem historiador.

    A despeito do esvaziamento e fechamento de lojas, a comerciante Lindomar Medeiros costuma rebater quem fala que “o Centro está morto”. Dona de uma ótica no edifício Barão do Rio Branco, Lindomar lembra que dali vivem muitas famílias que se levantam cedo e trabalham duro todas as semanas. “Podem vir, não morreu, não. Aqui no Centro você consegue comprar de tudo. E os preços são os melhores”, convida ela.

    Acreditando nisso, o Sistema Fecomércio RN lançou o “Brilha Natal”, que será realizado entre os dias 13 e 23 de dezembro e promete movimentar o comércio de rua do Alecrim e da Cidade Alta com uma extensa programação cultural. “O Centro da Cidade está passando por um esvaziamento, as pessoas se afastaram. O ‘Brilha Natal’ é mais uma contribuição na tentativa de reverter essa situação, de chamar as famílias para passear e fortalecer o comércio de rua”, afirmou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, durante o lançamento do projeto, no último dia 24.

    Iniciativas como essa, junto com os diversos eventos culturais no Centro Histórico, talvez consigam trazer de volta a efervescência do bairro e seus inúmeros clientes e visitantes. A beleza dos longevos prédios e templos religiosos é um charmoso diferencial que costuma encantar gente de todas as idades e emociona quem já caminhou muito por essas ruas, como o senhor Jaime Rodrigues Magalhães, de 90 anos, que estudou na antiga Faculdade de Farmácia e fez questão de participar pela primeira vez da Caminhada Histórica de Natal. “Gosto dos prédios históricos, da antiga governadoria, do prédio da Prefeitura, a praça André de Albuquerque …”.

    – Do que o senhor tem saudade?

    – “Do Centro da Cidade”.  

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    Exposição relembra um dos piores períodos da história do Brasil

    Com o objetivo de evidenciar o impacto de momentos históricos e os seus aspectos políticos, será realizada nesta sexta-feira, 8, a Exposição Quem se lembra? Reflexões sobre memória e esquecimento. A ação é fruto de uma parceria entre a Biblioteca Estadual Câmara Cascudo; a disciplina Memória e Patrimônio Cultural, do curso de biblioteconomia da UFRN; e o Cineclube Natal. Este evento acontece na própria Biblioteca, a partir das 13h30, e irá tratar sobre a  ditadura militar, um dos períodos mais conturbados da história do Brasil, que vigorou por 21 anos, entre 1964 e 1985.

    Aos interessados que desejam participar da exposição, as inscrições seguem abertas até o dia do evento e podem ser realizadas pelo Sigaa. A ação é aberta para a comunidade interna e externa à Universidade. 

    Durante o evento, pôsteres que contém carimbos realizados pelo governo da época,  indicando a permissão para a circulação do material, serão expostos. Consta, ainda, na programação de abertura, a exibição do documentário Codinome Breno (2018). Logo após, às 14h30, será realizado um debate, mediado por membros do Cineclube Natal. Será exibido, às 15h30, o filme O ano em que meus pais saíram de férias (2006). Em seguida, às 16h30, será iniciada a exposição. 

    Patrícia Macêdo, professora do Departamento de Ciência da Informação (Decin/UFRN) e uma das organizadoras do evento, fala um pouco sobre a escolha do tema, a importância do evento e as consequências causadas pela ditadura em relação à memória coletiva e individual: “A escolha pelo tema se dá em virtude de memória e esquecimento ser um dos meus temas de pesquisa. Percebo a necessidade de evidenciar as relações entre memória e esquecimento, destacando o impacto de momentos históricos e o seu aspecto político, trazendo o tema da ditadura como uma contrapartida social de análise crítica desse período histórico. Dessa maneira, busco compreender como ela impactou a memória coletiva e individual.”

    Para mais informações sobre o evento, basta clicar aqui.

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    Ricardo Stuckert publica vídeo sobre barbárie dos ataques terroristas ao Palácio do Planalto

    Fotógrafo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há vinte anos, Ricardo Stuckert postou nesta segunda-feira, 09, em sua conta no Twitter um vídeo mostrando a destruição causada pelo ataque de terroristas ao Palácio do Planalto nesse domingo.

    “Sou fotojornalista há mais de 30 anos e nunca vi tamanha barbárie. A destruição está por toda parte. Levaram minhas máquinas fotográficas, lentes, drone. Levaram parte do meu trabalho. Não são apenas objetos subtraídos e outros depredados. É a nossa história, a nossa memória”.

    Um áudio do presidente Lula sobre a invasão de golpistas bolsonaristas narra as imagens estarrecedoras.  

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    Mestres populares da Vila de Ponta Negra são fotografados para o projeto AFETO CULTURAL

    O Projeto AFETO CULTURAL “UMA REVERÊNCIA AOS MESTRES DA VILA DE PONTA NEGRA” tem como principal objetivo reconhecer e valorizar os mestres vivos e in memoriam que fazem parte da história local do bairro Vila De Ponta Negra.

    A Vila é um reduto de rendeiras e pescadores que trazem em suas memórias ensinamentos populares e tradicionais, mas que estão sendo apagados pelo contexto social e pela massificação das mídias digitais. Sendo assim, o objetivo do projeto é apresentar a tradição local às novas gerações, se unindo à tecnologia através de oficinas e exposições de registros fotográficos dos reconhecidos fotógrafos do Rio Grande do Norte: Canindé Soares, João Maria Alves, Flávio Rezende e Maria Maré, fotógrafa da própria comunidade. Além da entrega de placas de cerâmica, elaboradas pelas artistas Vivi Fujwara e Clarissa Torres, que serão fixadas na Praça do Cruzeiro em uma exposição a ser realizada no mês de outubro, na segunda fase do projeto.

    As fotos do Mestre Sebastião Matias – Rei dos Congos, palhaço e brincante do pastoril e Mestre do Maçariquinho da Beira da Praia – serão cedidas pelo filho e fotógrafo Caubi Matias; e as fotos do  Mestre Severino do Coco de Roda, falecido no dia 6 de agosto,  foram afetuosamente cedidas pelo acervo do Grupo Coco de Roda de Mestre Severino, de autoria de Diogo Ferreira

    O projeto Afeto Cultural foi contemplado pelo edital de Economia Criativa do SEBRAE 2022. O mês de agosto foi dedicado para os registros fotográficos dos mestres, durante esse processo o projeto contou também com novas ações que somaram  para dar visibilidade aos mestres: Uma pintura realista de todos eles executada pela artista Bia Rocha no muro do terminal de ônibus da Vila e a pintura de 3 jangadas e duas Velas com a arte do Coletivo Aboio, com a imagens de dois  mestres falecidos recentemente. Essas atividades, que vieram para somar e dignificar nossos Mestres, contaram com o apoio das Tintas Iquine, Tintas Suvenil e a Ferreira Costa, que junto com o projeto AS CORES DA VILA reforçaram a importância da cultura popular através dessas homenagens.

    “É urgente a valorização desses mestres, queremos para além de homenagear, fazer um alerta a toda a sociedade para que enxergue e valorize essas pessoas. Nossos mestres são um patrimônio que não tem como ser guardado, ele está na pessoa, na sua grandiosidade de fazer de uma brincadeira um momento cheio de uma energia sagrada. Queremos reverenciar essa representatividade para a comunidade onde eles estão inseridos, para que esse reconhecimento transcenda ao tempo e ao espaço”, destaca Nathy Passos  – coordenadora do projeto as Cores da Vila.

    Sem a presença dos mestres populares não existe manifestação cultural e sem manifestação cultural não existe identidade de território. Sendo assim, é de suma importância valorizar e dar visibilidade aos Mestres da Vila de Ponta Negra pelo que eles representam: seus saberes ancestrais.  

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    Museóloga destaca pioneirismo do Complexo Cultural Rampa

    Com previsão de abertura para o primeiro semestre de 2022, o Complexo Cultural Rampa, em Santos Reis, segue com o trabalho para construção do acervo museológico. Quem coordena esta ação é Marília Bonas, profissional com reconhecido trabalho na área de Museologia, atual diretora do Conselho Internacional de Museus. Durante esta semana, ela está em Natal para acompanhar presencialmente o andamento do projeto Rampa – arte museu paisagem.

    Atualmente, o Núcleo Museológico do projeto conta com três pesquisadores dedicados à articulação social no território resgatando memórias, levantando informações em arquivos potiguares e nacionais e criando o glossário poético visual do imaginário no entorno da Rampa. A partir disso será construído o acervo museológico digital, que poderá ser acessado de qualquer lugar do mundo, com um banco de dados online colaborativo a respeito desse lugar de memória.

    Para Marília, o Complexo Cultural Rampa é algo inédito no Brasil em termos de escala e proposição. “O Complexo traz algo pioneiro, que é a discussão da paisagem, da regeneração e do sonho a partir de um lugar de memória. Existem muitas camadas de memória no espaço – a mais conhecida está relacionada com a Segunda Guerra Mundial -, mas há várias outras que nos levam a pensar o Rio Grande do Norte como um local de inventividade, inovação, conexão com a natureza, com a paisagem e com o território. Nosso trabalho vem para trazer diversas vozes e pontos de vista sobre esse patrimônio”, explica.

    Durante a passagem por Natal, Marília deve também dar continuidade a uma interlocução junto a Fundação Rampa, entidade potiguar que possui um acervo ligado ao espaço. “Queremos desenvolver parcerias que possam fortalecer o eixo turístico, ligando o Complexo Cultural Rampa e o Centro Cultural Trampolim da Vitória, em Parnamirim, que estão conectados pelo papel estratégico de Natal no contexto da Segunda Guerra Mundial”, aponta Marília.

    A pesquisa para o levantamento do acervo já conta com algumas parcerias. Uma delas é com a Smithsonian Institute – a maior rede de museus públicos norte-americanos, sediada em Washington. Também estão previstas parcerias com a Biblioteca do Congresso dos EUA – detentora do maior acervo arquivístico e iconográfico sobre as atividades da Rampa no período da 2ª Guerra Mundial – e com o Getty Institute, proprietária dos direitos de imagem de Hart Preston, fotógrafo da revista Life que documentou as atividades da Rampa em imagens icônicas.

    O COMPLEXO

    O Complexo é um equipamento cultural do Governo do Estado do RN; Rampa – arte museu paisagem é um projeto da Casa da Ribeira, instituição independente e com expertise na elaboração e gerenciamento de projetos culturais. A produção executiva é da House Cultura, com benefícios da Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura, Fundação José Augusto e Governo do RN.

    A construção do acervo museológico faz parte da fase 1 do projeto, orçada em R$ 999 mil. A elaboração de um programa educativo, a montagem de uma exposição temporária, além de estudos e consultorias para definir o mais adequado modelo de gestão do Complexo também fazem parte dessa etapa.

    Totalmente reformado pelo Governo do Estado, o Complexo Rampa tem 11 mil m² e conta com duas salas de exposição, salas educativas, espaço para café e restaurante, recepção, bilheteria, área externa para eventos com até 3 mil pessoas, estacionamento e a calçada Potengi, espaço com visão privilegiada do rio.

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    Fundação José Augusto lança Prêmio Glorinha Oliveira

    A Fundação José Augusto lançou nessa sexta-feira, 12, o Prêmio Glorinha Oliveira. Um concurso que vai selecionar 400 propostas caracterizadas como HISTÓRIAS DE VIDA de trabalhadores e trabalhadoras da cultura, destinadas a constituir um acervo da memória artística e cultural potiguar e também como forma de apoiar os que vivem de atividades culturais e que, em consequência da pandemia de Covid-19 tiveram privada sua fonte de sobrevivência.

    Com recursos da Lei Aldir Blanc, o Prêmio Glorinha de Oliveira tem um valor total de 1 milhão e 800 mil reais, sendo que 50% deste montante serão destinados para a Região Metropolitana de Natal/RN e 50%, para o interior do Estado. Cada história de vida selecionada receberá R$4.500,00.

    Podem participar pessoas físicas ou MEI (Microempresário Individual) que tenham relação direta com a cadeia produtiva de arte e cultura do Estado, com atuação mínima de 2 (dois) anos, comprovada através de portfólio anexado às informações do currículo e, preferencialmente, que não tenham sido contemplados em 2020 em editais estaduais financiados por recursos da Lei Aldir Blanc  ou tenham sido contemplados com até dois editais.

    As inscrições estarão abertas de 04 a 07 de dezembro. Cada proponente só poderá inscrever uma única proposta e deve preencher o formulário digital disponível no endereço eletrônico: https://bityli.com/StLzmU.

    Compreende-se como trabalhador(a) da cultura, além de criadores de produtos artísticos ou culturais, técnicos integrantes da cadeia produtiva da cultura (produtor, técnico de som, iluminador, assistente de palco, roadie, montador de estruturas cênicas, diagramador, entre outros), e também praticantes de manifestações ligadas à cultura popular de tradição, incluindo-se a gastronomia e a medicina popular.

    A história de vida deve ser, preferencialmente, registrada em vídeo de no mínimo 5 minutos e no máximo meia hora de duração, podendo ser gravada com telefone celular. São admitidas outras formas de registro da história de vida do(a) contemplado(a), mais conforme com a expressão cultural de seu domínio, devendo o(a) mesmo(a) entender-se com a coordenação do EDITAL antes de se decidir por um formato diferente.

    Todos os detalhes, critérios e documentação necessária podem ser conferidos no Edital.

    Glorinha Oliveira

    Falecida em fevereiro de 2020, aos 95 anos, a cantora potiguar Glorinha Oliveira fez carreira na Era do Rádio e era uma das maiores estrelas do Rio Grande do Norte. Apelidada de Rouxinol Potiguar, Glorinha, além de cantora, também atuou como atriz, fez radionovelas e programas de humor.

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    Descendo à Ribeira: documentário lança olhar afetivo para o Centro Histórico de Natal

    Preservar a memória do Centro Histórico da cidade de Natal através do resgate de fatos, prédios e personalidades ligadas afetivamente ao espaço é a proposta do Descendo à Ribeira, documentário disponibilizado até o dia 4 de outubro no Youtube.

    O vídeo é construído através das falas de onze personagens que vivenciam os bairros Cidade Alta e Ribeira, lugares banhados pelo Rio Potengi, de muita poesia, boemia, comércio e onde a cidade de Natal nasceu.

    São comerciantes, pescador, artesã, jornalista, estivador, entre outras profissões, que têm suas histórias interligadas pelo amor de percorrer, morar ou trabalhar entre esses bairros que são a origem da cidade e estão no DNA de todo natalense, que um dia já foram Xarias ou Canguleiros. Essa é, inclusive, uma das histórias curiosas contadas no curta-metragem.

    Daliana Cascudo, neta do folclorista Câmara Cascudo, é um dos personagens do Descendo à Ribeira e narra um pouco da sua ligação com o espaço em que tem todas as recordações de infância e adolescência.

    Da mesma forma, moradores mais recentes do Centro Histórico também falam sobre a decisão de se mudar para a Ribeira, mesmo com o processo de esvaziamento do bairro, como o jornalista Alexandre Gurgel e o produtor cultural Marcelo Veni.

    Quem ajuda a contar todas essas memórias são as jornalistas Carol Reis e Cleidi Vila Nova que tiveram a iniciativa de realizar o projeto, de forma independente, movidas pelo desejo de manter a história do Centro Histórico viva, pulsante e acessível a todos.

    “Minha ligação com essa região é intensa e gostaria que outras pessoas pudessem vivenciar um pouco disso. Que elas possam conhecer de onde viemos e que enxerguem com olhos de poesia a nossa cidade”, explica Cleidi Vila Nova, diretora do documentário.

    Também responsável pela direção do vídeo, Carol Reis além de vivenciar a região desde adolescente, quando frequentava as duas escolas públicas de balé que ficam na Ribeira, hoje mora no bairro. “Muita gente passa por aqui diariamente, mas muitos não entendem o que esse espaço significa para a cidade e para tantas pessoas que têm sua história entrelaçada com esse lugar. A ideia foi justamente dar voz a esses personagens”, conta Carol.

    Toda a narrativa é desenhada em uma linha espacial que segue da primeira rua da cidade, a rua da Conceição, na Cidade Alta, e desce até chegar ao bairro da Ribeira, passando por ruas e prédios importantes de Natal, que vão sendo inseridos ao vídeo de forma natural pela arquiteta Andréa Costa.

    O Descendo à Ribeira conta com a parceria da Barroca Box – Audiovisual, e tem recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte através da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

    SERVIÇO:
    Documentário Descendo à Ribeira
    Disponível no Youtube até 4 de outubro

    Teaser: https://youtu.be/ks1dY-3s0zU
    Documentário: https://youtu.be/5acmX-MeSkI