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    Morre aos 37 anos a paratleta potiguar Joana Neves

    O paradesporto potiguar está de luto. Morreu nesta madrugada, em São Paulo, a paratleta da natação Joana Neves. Ela estava na capital paulista realizando exames, em busca de um diagnóstico para episódios de convulsão que vinha apresentando recentemente. Na noite de ontem, após se sentir mal no Centro de Treinamento Paralímpico, foi levada ao hospital, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

    Joana Maria Jaciara da Silva Neves Euzébio, conhecida como Joaninha e Peixinha, nasceu em Natal com acondrosplasia, condição que afeta o crescimento dos ossos. Começou a nadar por recomendação médica, gostou do esporte e acabou virando uma das principais representantes do Brasil nas piscinas. No último Mundial que disputou, em 2022, conquistou quatro medalhas e quebrou dois recordes. Na carreira, ao todo, foram 15 pódios em Mundiais, entre 2013 e 2022.

    Em 2020, foi eleita Melhor Nadadora Paralímpica do Brasil no Troféu Best Swimming. Ao longo da carreira, disputou três paralimpíadas, nas quais conquistou cinco medalhas.

    A Sadef, clube onde começou a carreira e que representava atualmente, decretou luto oficial.

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    Morre Elza Soares, a cantora do milênio

    A música brasileira perdeu uma de suas vozes mais representativas. A cantora Elza Soares morreu hoje (20), em sua casa, de causas naturais, aos 91 anos. Ainda não há informações sobre o velório da artista.

    “É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais. Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação. A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”, destaca comunicado sobre a morte no Facebook da cantora e assinado por assessores e familiares.

    Nessa mesma data, em 1983, morria o jogador de futebol Mané Garrincha, que foi marido da cantora.

    Vida e obra

    Nascida no dia 23 de junho de 1930, no Rio de Janeiro, na favela da Moça Bonita, atualmente Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, zona norte da cidade, a menina Elza Gomes da Conceição veio de uma família humilde e ainda pequena mudou-se para um cortiço no bairro da Água Santa, onde foi criada.

    Elza Soares começou a carreia artística fazendo um teste na Rádio Tupi, no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso, e conquistou o primeiro lugar. Após o concurso ela fez um teste com o maestro Joaquim Naegli e foi contratada como crooner (cantor de orquestra ou conjunto musical) da Orquestra Garam de Bailes, onde trabalhou até 1954, quando engravidou. No ano seguinte, voltou a cantar na noite e em 1960 lançou seu primeiro disco, Se Acaso Você Chegasse e, em 1962, seu segundo LP, A Bossa Negra.

    Em 1962, Elza fez apresentações como representante do Brasil na Copa do Mundo no Chile, onde conheceu Louis Armstrong (representante artístico dos Estados Unidos), que lhe propôs fazer carreira nos EUA. Neste mesmo ano ela conheceu Garrincha, com quem se casaria e teria um relacionamento conturbado.

    Elsa Soares fez carreira no samba, mas também transitou do jazz ao hip hop, passando pela MPB, lançando 36 discos na carreira. Ela foi eleita, em 1999, pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milênio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts, da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000. Além disso, apareceu na lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.

    A cantora também ganhou diversos prêmios como três prêmios Grammy Latino e dois WME Awards e, em 2020, foi tema do enredo da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

    Agência Brasil

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    Psicóloga orienta como superar o luto e lidar com a perda

    Lidar com a perda de um ente querido não é fácil. Mas quando a morte é recente, a situação é ainda mais difícil. E, quando chegam datas como o aniversário da pessoa e o Finados, dia dedicado a orações aos que já se foram, é comum a dor se agravar. Sofrimento pela perda, tristeza causada pela ausência e saudade se misturam.

    A pessoa enlutada precisa enfrentar datas como Finados sabendo que é natural sofrer mais nestas ocasiões, que enfrentar a situação é passar por mais uma fase deste processo que é o luto. “O importante é não invalidar os sentimentos que surgem. Se você está passando por esta situação, não se isole. Fale o que sente, coloque para fora. Peça ajuda porque esse sofrimento, agravado nestas datas, é importante para, na medida do possível, lidarmos cada vez melhor com a perda. É importante para ressignificar o que aconteceu, dar um novo sentido àquela perda”, afirma Ivana Teles, psicóloga do Sistema Hapvida.

    E não é de um dia para outro que se consegue lidar bem com a perda. A psicóloga frisa que o luto tem várias fases que, não necessariamente, surgem na mesma ordem para todas as pessoas. Mas que é importante externar os sentimentos e angústias sabendo que o luto é um processo que, ao final, a pessoa está melhor e aceitando a morte daquele ente querido.

    Quando perdemos alguém que amamos muito, a primeira fase é a da negação. É um momento que não aceitamos o que aconteceu e até negamos que aquilo seja verdade. Em seguida, vem a fase da raiva, do questionamento do por que aquilo aconteceu e, depois, a fase da barganha, em que nos perguntamos “se eu tivesse feito isso ou aquilo” a pessoa querida ainda estaria aqui? A fase seguinte é a da depressão, em que a pessoa enlutada enfrenta um grande sofrimento e tristeza, que pode prolongar por semanas ou meses. A próxima fase é a da aceitação, que é o último estágio do luto. É quando a pessoa enlutada aceita o que aconteceu, compreende a sua nova realidade e passa a lidar melhor com a ausência de quem partiu.

    Além de falar sobre o que está sentido nas diversas fases do luto, Ivana orienta a pessoa enlutada a pedir ajuda profissional se o sofrimento for muito intenso, se perceber que não está conseguindo lidar com a situação. Quem está próximo também pode e deve ajudar. “Você que está próximo de alguém nesta situação de sofrimento do luto, acolha essa pessoa sem nenhum julgamento”, orienta.