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    Espetáculo “Ubu: o que é bom tem que continuar!” tem apresentações gratuitas em Macaíba dias 15 e 16 de julho

    Os grupos de teatro Clowns de Shakespeare, Facetas, Mutretas e Outras Histórias e Asavessa iniciam, a partir deste mês de julho, a circulação do espetáculo “Ubu: o que é bom tem que continuar!”. A obra, que estreou nacionalmente em outubro de 2022, como parte da programação do Festival Campão Cultural em Campo Grande/MS, circulará por quatro cidades do Rio Grande do Norte (Ielmo Marinho, Canguaretama, Macaíba e João Câmara), com a realização de 2 apresentações com por município, com acesso gratuito, iniciando pelo município de Macaíba, nos dias 15 e 16 de julho.

    A peça tem como ponto de partida as personagens Pai e Mãe Ubu, da clássica obra Ubu Rei, de Alfred Jarry – Em 1888, o francês Alfred Jarry escreveu Ubu Rei, peça que trata de Pai Ubu e sua esposa, a Mãe Ubu, e suas rocambolescas armações em uma insaciável busca pelo poder. Situando-se como uma possível continuação do trabalho de Jarry, “Ubu: o que é bom tem que continuar! ” desloca esses personagens para um país/lugar-nenhum com ares latino-americanos. Nesse novo ambiente, em meio à influencers e cachos de bananas, Pai Ubu e Mãe Ubu continuarão sua saga alucinada e insaciável pelo poder.

    Assim como na obra original, a sátira política – centrada nessas personagens, mas presente no trabalho como um todo – pretende dialogar diretamente com o público, trazendo à cena temas como injustiças sociais e manipulação de informação. A pesquisa se deu a partir do trabalho de bufão, da música composta e executada pelo próprio elenco e da potência do teatro popular enquanto espaço coletivo de comunicação, troca e construção de pensamento crítico.

    Fernando Yamamoto, diretor do grupo Clowns de Shakespeare destaca ainda a importância da circulação pelos municípios potiguares: “Esse projeto é recheado de significados especiais pra nós do Clowns, assim como do Facetas, e do Asavessa, acho que em primeiro lugar porque é um projeto que vai viabilizar finalmente a gente realizar o principal intuito que tivemos ao montar o espetáculo.  Porque Ubu é uma obra que pode ser apresentada em qualquer lugar; ela é de muito fácil circulação, e a gente pensou com isso não só obviamente circular Brasil afora, como a gente tem conseguido circular, mas principalmente poder circular pelo interior do Rio Grande do Norte e levar teatro para onde nunca teve teatro antes ou para onde raramente o teatro vai. E nesse sentido a gente se sente muito privilegiado, porque tanto a Potigás quanto o Sebrae acreditaram no projeto, então a gente vai conseguir circular em condições mais dignas. A Prefeitura de Macaíba, no caso dessa primeira etapa, também nos acolheu de uma forma muito pronta e muito interessada, então tem sido uma relação muito especial com eles.”

    E ressalta ainda a relevância da passagem por comunidades indígenas e quilombolas: “A oportunidade da gente estar levando esse trabalho para comunidades indígenas e quilombolas nesses quatro municípios é de extrema importância. Eu acho que o mundo tem felizmente mudado muito, menos do que gostaríamos, mas o mundo tem mudado, o país tem mudado, a gente tem começado a olhar de uma outra forma para as nossas questões ancestrais, da forma como essas questões merecem. A gente precisa reparar todos os danos que foram feitos aos nossos povos ancestrais, e a gente tá tendo a oportunidade de levar o nosso trabalho para apresentar e conversar com essas pessoas nesse projeto. Vai ser uma etapa muito especial por poder ter essa oportunidade de estar nessas comunidades mostrando o trabalho e trocando com elas, então a gente está extremamente animado e ansioso para começar o projeto e poder estar junto do público dessas quatro cidades.”

    A circulação do espetáculo “Ubu: o que é bom tem que continuar!” conta com o patrocínio do Governo do estado do Rio Grande e Potigás, via Lei Câmara Cascudo, e apoio do SEBRAE RN, através do edital de Economia Criativa 2023. Em Macaíba o espetáculo conta também com o apoio da Prefeitura de Macaíba.

    FICHA TÉCNICA

    Direção e dramaturgia: Fernando Yamamoto

    Elenco: Caju Dantas, Deborah Custódio, Diogo Spinelli, Paula Queiroz e Rodrigo Bico

    Colaboração Dramatúrgica: Camilla Custódio

    Figurino e adereços: Marcos Leonardo

    Cenografia: Fernando Yamamoto e Rafael Telles

    Música: Marco França, com colaboração de Franklyn Novaes, Maria Clara Gonzaga, Júlio Lima e Caio Padilha

    Produção: Talita Yohana

    Coordenação do projeto: Renata Kaiser

    SERVIÇO:

    CIRCULAÇÃO DO ESPETÁCULO “UBU: O QUE É BOM TEM QUE CONTINUAR!”

    Macaíba

    Dia 15 de julho, sábado, às 15h30 – Praça Paulo Holanda Paz, em frente à prefeitura. Acesso gratuito

    Dia 16 de julho, domingo, às 15h30 – comunidade Aldeia Lagoa de Tapará, em frente ao CONCINT – Conselho Comunitário Indígena da Lagoa do Tapará – Acesso Gratuito

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    Projeto “Teatro em Pauta” leva alunos de escolas públicas da capital ao TAM

    A produtora potiguar Bobox Produções realiza a partir desta semana, no Teatro Alberto Maranhão, o Projeto “Teatro em Pauta”, com apresentações dos espetáculos “Meu Seridó” – da casa de Zoé – e “Abrazo” – do Grupo Clowns de Shakespeare – que já circularam o Brasil, foram destaque de público e crítica e agora serão apresentados para os alunos da rede pública municipal.

    Com o patrocínio da Prefeitura do Natal, Programa Djalma Maranhão e Colégio CEI, o Projeto tem como premissa a difusão e a formação de plateia a partir dessas duas obras teatrais relevantes do cenário artístico potiguar. “A BOBOX Produções já vem desenvolvendo nos últimos anos projetos pautados no diálogo entre arte e educação construindo possibilidades de fruições e reforçando a importância da formação de plateia, isso já vinha acontecendo através do projeto Música Instrumental nas Escolas, e agora por meio da linguagem das artes cênicas construímos mais um novo espaço de apreciação de obras artísticas e diálogo direto com a comunidade escolar”, destaca Arlindo Bezerra – Diretor da Bobox Produções.

    Serão realizadas dez apresentações, sendo cinco de cada espetáculo, voltadas exclusivamente para a comunidade escolar pública da cidade de Natal, alcançando na totalidade 5.000 alunos e professores. A proposta do projeto, é possibilitar uma experiência imersiva pelo teatro, oferecendo a oportunidade de os alunos adentrarem no universo dos espetáculos.  

    Alex Godeiro está produzindo uma cartilha sobre os espetáculos para ser entregue aos professores, como material a ser trabalhado em sala de aula após a experiência e ressalta a importância do projeto: “O Teatro em Pauta é importante por ser um convite a enxergar o mundo sob o prisma da invenção. A ida ao teatro, nessa premissa, é a oportunidade de despertar sensivelmente os estudantes. Imaginem quão potente será a vida desse aluno e aluna que terá a oportunidade de entrar no teatro, ser apresentado a arquitetura centenária, assistir à peça e ao final da apresentação, de forma mediada, conversar com os artistas? Será revolucionário, transformador. Será um despertar de consciência cidadã que tem o teatro como ponte. Pedagogicamente apostamos e cremos numa apreciação que marque a vida de crianças e adolescentes da rede pública de ensino ao ponto de ser uma experiência vivida em 2023 e que reverbere por muitos anos seguintes. Que a estudante criança, no futuro, já adulta, diga em roda de amigos: eu fui ao teatro na época da escola e nunca mais esqueci.”

    E a Secretaria Municipal de Educação atuará em parceria com o projeto para realizar o transporte dos alunos até o Teatro. “Essa é mais uma parceria que nos alegra e nos enche de expectativas. Levar jovens a uma casa de espetáculo significa aproximá-los dos conhecimentos da linguagem teatral com toda sua inteireza. Assistir ao ” Meu Seridó” é oportunizar aos estudantes e professores de escolas públicas municipais o contato com uma produção artística de qualidade socialmente referenciada. Ao mesmo tempo que promove a imersão na cultura seridoense, a experiência pedagógica, artística e cultural contribui com o processo de formar-se plateia e de interação entre público e elementos da linguagem teatral: atores, cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação e texto. Esse acesso à arte e à cultura é viabilizado pela Lei Djalma Maranhão que impulsiona a cultura no município de Natal. Para a Secretaria Municipal de Educação de Natal, ampliar as experiências pedagógicas, artísticas e culturais dos nossos estudantes e professores é exercício de cidadania, portanto, é currículo da escola”, ressalta Naire Capistrano – secretária-adjunta de gestão pedagógica de Natal.

    PROGRAMAÇÃO

    09/05/2023 (terça-feira)

    14h30 – Espetáculo Meu Seridó

    10/05/2023 (quarta-feira)

    08h30 – Espetáculo Meu Seridó

    14h30 – Espetáculo Meu Seridó

    11/05/2023 (quinta-feira)

    08h30  – Espetáculo Meu Seridó

    14h30 – Espetáculo Meu Seridó

    16/05/2023 (terça-feira)

    14h30  – Espetáculo Abrazo

    17/05/2023 (quarta-feira)

    08h30  – Espetáculo Abrazo

    14h30 – Espetáculo Abrazo

    18/05/2023 (quinta-feira)

    08h30  – Espetáculo Abrazo

    14h30 – Espetáculo Abrazo

    Sobre Meu Seridó

    “Meu Seridó” nasceu do desejo da atriz Titina Medeiros de investigar e versar seu lugar de origem, a região do Seridó, no sertão do Rio Grande do Norte. No início era um espetáculo solo, possível de caber numa mala e se apresentar em alpendres e terreiros de comunidades rurais. Com a chegada do dramaturgo Filipe Miguez e do diretor César Ferrário o espetáculo foi mudando de proposta e o que era solo passou a ser um espetáculo de 05 atores. Foram 09 meses de montagem, 36 profissionais envolvidos e mais de 70 apresentações, desde a estreia em 2017.

    O espetáculo vai lhe proporcionar um passeio imaginário e delirante por este lugar arcaico e mítico. Um território nostálgico de arengas e amores. Em apenas uma hora, dez mil anos passarão diante de seus olhos. Universal ao falar da própria aldeia, Meu Seridó versa, acima de tudo, sobre o mais atual (e eterno) dos temas. Trata da relação do Homem com a Terra – que neste começo de milênio chega a um grave impasse. Tudo, é claro, com muito humor, música e boas doses de reflexão.

    Sobre Abrazo

    A montagem, que tem direção de Marco França e roteiro de César Ferrario, conta a história de um menino que vive em um país onde não é permitido às pessoas se abraçarem ou demonstrarem qualquer afeto. Nesse contexto, personagens atravessam um quadrado contando histórias de encontros, despedidas, opressão, exílio e também afeto e liberdade. No elenco, os atores Camille Carvalho, Dudu Galvão e Paula Queiroz se revezam entre os vários personagens da fábula: um rapaz, uma florista, um soldado, um índio, uma avó, um general e um menino, o único capaz de encontrar brechas de humanidade entre tantos imperativos vigentes.

    O espetáculo conta com uma trilha sonora especialmente composta para a cena e com o vídeo de animação para narrar a aventura. A produção faz parte da Trilogia Latino-Americana dos Clowns, que conta ainda com os espetáculos “Nuestra Senhora de Las Nuvens” e “Dois amores y um bicho”.

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    Grupo Clowns de Shakespeare celebra 30 anos com “Um Filme Sem Fim”

    A trajetória do grupo Clowns de Shakespeare reflete a essência do teatro de grupo: uma jornada feita de descobertas, encontros, despedidas, desalentos, vitórias e muitos recomeços. Em 2013, o diretor Carito Cavalcanti acompanhou a trupe durante todo o ano, para fazer um documentário em comemoração ao vigésimo aniversário. A falta de verba impediu o grupo de concluir o filme. O projeto ficou suspenso por quase dez anos, até que em 2021 as atividades puderam ser finalmente retomadas. O documentário “Um Filme Sem Fim” será lançado neste mês de outubroem uma circulação por escolas públicas da capital, levando para os nossos jovens um pouco da história e do talento desse importante grupo de teatro potiguar.

    Carito fala com carinho sobre o projeto: “Esse é um filme dos Clowns que eu acompanhei, vivenciei, e me tornei parceiro e amigo. Sei que é apenas uma parte da história. Já diz um grande documentarista que recortes fortalecem um documentário. Fiz alguns recortes de forma orgânica, intuitiva, também muitas vezes racional, tantas vezes emotiva. Sempre guiado pelos depoimentos antigos misturados com os novos, pelas muitas imagens de apoio em todos esses anos onde eu estava ali como num big brother com eles, acompanhando, registrando, filmando, observando e também fazendo parte. Nesse documentário o tempo cronológico é quebrando e é invadido pelo tempo psicológico, os tempos se misturam, os depoimentos antigos e novos se misturam, vida e arte se misturam em um caldeirão sensorial. A narrativa do documentário algumas vezes se apropria da narrativa dos espetáculos do grupo numa ressignificação e comunhão de linguagem. Reflexões da arte vida, histórias de um grupo que vive o teatro de grupo e vive muitas mudanças, mudanças sem fim…”

    Durante os últimos anos o grupo Clowns de Shakespeare passou por várias transformações. O grupo circulou por todo o Brasil e vários países da América do Sul e da Europa. Em cerca de 1300 apresentações, 26 espetáculos e inúmeras ações pedagógicas e de pesquisa, mais de setenta integrantes entre atores, atrizes e técnicos participaram dessa jornada. “Um Filme Sem Fim” é um recorte pessoal de uma história que parece não ter fim. E talvez não tenha mesmo, pois já é memória enquanto ainda está sendo escrita: o registro de um trabalho coletivo que é feito da mesma matéria dos sonhos.

    Renata Kayser, atriz e produtora do Grupo, fala sobre a celebração desses 30 anos: “É um momento muito especial da história do grupo. Uma experiência que nasce de forma despretensiosa ainda no tempo de colégio e que com o passar dos anos se torna algo muito sério e definitivo para o rumo das vidas de alguns integrantes. Muitos aprendizados, muitos parceiros, muito a se aprender, muito a desejar. Muito feliz em poder ver um pouco dessa trajetória de quase 30 anos pelo olhar de Carito Cavalcanti, grande parceiro dessas últimas duas décadas. E mais feliz de compartilhar dessa experiência com crianças e jovens que podem se inspirar com essa história e assim despertar para novas possibilidades na trajetória da vida, através das artes.”

    E Fernando Yamamoto, diretor artístico do Grupo, complementa sobre o filme: “O filme conta, através do olhar sensível e poético de Carito Cavalcanti, uma história de três décadas, através de um passeio pelos seus últimos dez anos. Pra mim, é exatamente a poesia desse olhar a grande potência do filme. Apesar de ser um documentário, a narrativa vai conduzindo nossos sentidos de uma forma que, por mais que as informações históricas estejam lá, vamos nos envolvendo com o caminho escolhido por Carito, nos deliciando com essa trajetória. Pra nós, dos Clowns, é muito emocionante visitar tudo que passamos, e termos a oportunidade de compartilhar isso com as outras pessoas. Sendo um grupo de teatro que passou esses trinta anos dedicados à essa escolha de trilhar o caminho de fazer arte daqui, do Nordeste, do Rio Grande do Norte, para o país e o mundo, sabemos o quão importante é um filme como esse. É uma afirmação da memória de um teatro brasileiro que surge no Brasil profundo, fora dos centros econômicos que exclusivizam suas produções como o único teatro feito no Brasil na história oficial da nossa arte. Por isso, ‘Um Filme sem Fim’ é muito mais que um filme, que um documentário: é uma demarcação política de uma história possível.”

    “Um Filme Sem Fim” tem o patrocínio da Prefeitura do Natal e Colégio CEI, via Lei Djalma Maranhão, apoio do SEBRAE-RN, realização Clowns de Shakespeare e Praieira Filmes e coprodução Bobox Produções.